Três anos depois de ficar fora da Copa da Rússia, a Itália está na decisão da Eurocopa. Conseguiu ir além de outras duas potências protagonistas de reviravoltas parecidas. Explico: França e Inglaterra não se classificaram para o Mundial dos Estados Unidos em 1994. Envergonhadas, sacudiram a poeira e quase deram a volta por cima na Eurocopa de 1996.
Há 25 anos, França e Inglaterra chegaram à semifinal da Euro, mas foram eliminadas, respectivamente, por República Tcheca e Alemanha na decisão por pênaltis. As duas seleções tiveram o plano de chegar à final da Euro dois anos depois de ficar fora da Copa frustrado. A Itália, não. Foi além. Três anos depois da humilhação, em Milão, é exaltada em Londres.
Em 13 de novembro de 2017, Bonucci, Chiellini, Immobile, Belotti, Bernardeschi e o brasileiro naturalizado italiano Jorginho passavam vergonha, no San Siro, na eliminação por 1 x 0 no placar agregado da repescagem para a Copa de 2018 contra a Suécia.
Quatro deles cobraram pênalti contra a Espanha. Belotti, Bonucci, Bernardeschi e Jorginho acertaram. Eles sabiam o peso da decisão. Autor da primeira cobrança, o jovem Locatelli errou, mas foi salvo pela casca grossa do quarteto marcado pela ausência na Copa da Rússia. Além deles, Donnarumma defendeu uma cobrança e viu outra ir para fora.
A vitória nos pênaltis é quase sempre uma sessão de exorcismo para a Itália. Das 12 decisões da marca da cal, a Itália venceu sete e perdeu cinco. Na Euro-2016, caiu nas quartas contra a Alemanha. Era freguesa da Espanha. Em 2013, caiu nos pênaltis no Castelão, em Fortaleza, na semifinal da Copa das Confederações. Na Euro-2008, tomou nas quartas de final contra a Fúria no Estádio Ernst-Happel, na Áustria.
A sorte ou competência, como queiram, mudou de lado dessa vez. A Itália começou errando, mas encerrou a série celebrando a classificação para a decisão contra Dinamarca ou Inglaterra depois da cobrança debochada de um brasileiro, o decisivo Jorginho.
Aliás, que temporada do catarinense de 29 anos. Em 29 de maio, conquistou ajudou o Chelsea a conquistar o bi da Champions League contra o Manchester City. Pouco mais de um mês depois, pode colaborar com o bi da Itália na Euro. A abstinência vem desde 1968!
A tetracampeã voltou mais forte, mas essa Euro ensina que não se deve abusar da sorte. A França foi eliminada nos pênaltis pela Suíça. A Suíça foi despachada nos pênaltis pela Espanha. A Espanha deu adeus nos pênaltis contra a Itália. Logo, que a Itália fuja da decisão por pênaltis no domingo contra Inglaterra ou Dinamarca. A corrente dos pênaltis é forte.
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