Após longa negociação, evento religioso cede e Fla-Flu está confirmadíssimo para o Mané Garrincha

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Depois de uma longa negociação com os organizadores de um evento religioso, o secretário de Esporte, Turismo e Lazer do Distrito Federal, Jaime Recena, e o ex-jogador Roni, confirmaram a realização do Fla-Flu no Estádio Mané Garrincha, em 7 de junho, às 20h, pela décima rodada do Campeonato Brasileiro. A partida estava sob risco por causa da montagem de uma megaestrutura para o evento religioso G12 Brasil — Venha Teu Reino, nos dias 8 e 9 de junho. Os organizadores aceitaram levar os dois dias de culto para o Ginásio Nilson Nelson. Com o fim do impasse, falta apenas o departamento técnico da CBF oficializar o local da partida na tabela da Série A. Os dois clubes e as federações do Rio e do DF já haviam concordado com a realização do clássico na capital — conforme determina o regulamento geral das competições.

O blog apurou que os responsáveis pela logística e a infraestrutura do G-12 Brasil não aceitavam ceder o estádio para a partida. Alegavam que não teriam tempo suficiente para montar o palco contratado — inclusive com a instalação de telas de LED. Argumentavam, ainda, que nem trabalhando durante a madrugada inteira do dia 8, ou seja, imediatamente depois do Fla-Flu, conseguiriam entregar a encomenda. Para alegria dos torcedores do Flamengo e do Fluminense, os dois lados se entenderam, houve ajuste na agenda e o acordo foi fechado na manhã deste sábado.

Na última quarta-feira, a Secretaria chegou a comunicar o impasse ao presidente da FFDF, Daniel Vasconcelos, por meio de um ofício. “Informamos para os devidos fins, que o jogo “Fluminense vs Flamengo”, solicitado pela Federação de Futebol do Distrito Federal e previsto para 7 de junho de 2018, está pendente de confirmação por parte desta Secretaria, devido a ocorrência de outro evento pré-agendado no mesmo período e as suas características operacionais”, assinou o subsecretário Juliano de Freitas Costa.

Na sexta, um documento complementar foi enviado determinando que o jogo definitivamente não seria na capital do país. “Informo da impossibilidade operacional para a realização do jogo devido à ocorrência de outro evento pré-agendado”, assina Juliano de Freitas Costa. No entanto, depois de uma longa negociação comandada por Jaime Recena, a Secretaria, os organizadores do evento religioso e os promotores do jogo entraram em um acordo.

Por telefone, um dos organizadores do evento religioso alegou ao blog, na sexta-feira, que seria impossível remarcar o evento. Motivo: “O grande lance do G12 Brasil é que ele ocorrerá simultaneamente, em 8 e 9 de junho, no Mané Garrincha; no Mineirinho, em Belo Horizonte; e no Ginásio Poliesportivo de São Bernardo do Campo (SP)”. Além disso, segundo a mesma fonte, estava marcado um ensaio no palco, na véspera do evento, ou seja, na mesma data do Fla-Flu. Uma das propostas apresentadas para que o estádio fosse liberado para o clássico era a mudança do local do evento religioso. Jaime Recena apontou o Ginásio Nilson Nelson como alternativa. Os dois lados chegaram ao acordo e houve até vistoria neste sábado.

Não foi só o G12 Brasil que teve de se adaptar ao Fla-Flu. Na última segunda-feira, o blog publicou que o Banco do Brasil foi flexível e aceitou adiar um evento marcado para a véspera do clássico. Consequentemente, a Secretaria deu sinal verde ao promotor do Fla-Flu, o ex-jogador Roni, para organizar o clássico em Brasília. O empresário inclusive tinha solicitado a locação do estádio formalmente na sexta-feira passada.

No Conselho Técnico deste ano do Campeonato Brasileiro, os clubes votaram pela liberação da realização de jogos fora do estado dos clubes e estabeleceram regras. Cada time pode vender no máximo cinco mandos de campo. É proibido negociá-los nas últimas cinco rodadas.

Não é a primeira vez que o novo Mané Garrincha receberá o Fla-Flu. Em 21 de fevereiro de 2016, a arena abrigou a vitória rubro-negra por 2 x 1, gols de Willian Arão e de Paolo Guerrero. Em fevereiro, a realização do primeiro Fla-Flu do ano, pela Taça Rio foi vetada pelo GDF. Na época, as dependências do Mané Garrincha estavam cedidas ao Fórum Mundial da Água. Consequentemente, o clássico foi disputado na Arena Pantanal, em Cuiabá.

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Marcos Paulo Lima

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