Quem defende a contratação de um técnico estrangeiro para a sucessão de Tite na Seleção Brasileira não substituiria o uruguaio Paulo Pezzolano por um profissional do país. Sócio majoritário da SAF do Cruzeiro, Ronaldo foi coerente ao anunciar o português Pedro Miguel Marques da Costa Filipe, o Pepa, como novo dono da prancheta celeste.
Sou a favor de um nome estrangeiro (na Seleção). Não entendo este tabu de que um estrangeiro não poderia contribuir. Temos grandes exemplos atuando no Brasil. O meu treinador no Cruzeiro é uruguaio e nos ajudou a tirar do buraco em que estávamos há três anos. Existem muitos nomes no mercado internacional. Tem o Carlo Ancelotti, o Abel Ferreira, o José Mourinho… São nomes incríveis. Eu apoiaria um técnico estrangeiro na Seleção”, opinou o Fenômeno três dias depois da eliminação diante da Croácia.
Ronaldo admira o trabalho de apenas um técnico brasileiro, mas como não conseguiria tirá-lo do Fluminense, segue fiel aos profissionais importados. “Não vejo muitas opções de técnicos brasileiros. O Fernando Diniz é um dos brasileiros que mais me agrada no momento. Não diria que ficamos para trás, mas é um momento propício para arriscar e trazer essa novidade para o cenário nacional”, argumentou o Fenômeno.
Não há problema algum em apostar no trabalho de Pepa. Sou contra xenofobia. Em contrapartida, a cor do passaporte não pode ser o balizador da competência de um treinador para assumir (ou não) uma seleção ou time, porém, ao que parece, virou moda. Pepa é o oitavo técnico lusitano entre os 20 empregados na Série A do Brasileirão.
A preferência por profissionais estrangeiros reduz o espaço para treinadores brasileiros em desenvolvimento. Consequentemente, eles começam a usar cada vez mais a Série B como rota para figurar na elite. Ronaldo poderia ter recrutado Alex de Souza, por exemplo. Alex foi o camisa 10 do Cruzeiro na conquista da tríplice coroa em 2003. Hoje, comanda o Avaí. O time está nas quartas de final do Campeonato Catarinense contra o Criciúma. Alex passou pela base do São Paulo, comanda pela primeira vez um elenco profissional, mas nem mesmo essa trajetória foi capaz de sensibilizar Ronaldo a dar uma chance ao ídolo celeste. A moda no futebol brasileiro é ter um técnico importado. De preferência, português.
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