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Promessa de acabar com a reeleição pode aproximar Moro e Doria
Recém-chegado à seara da política, o ex-juiz Sergio Moro apresentará à disputa pré-eleitoral um trunfo de expectativa de poder para potenciais aliados: o anúncio, desde já, de que vai propor o fim da reeleição. Nesse cenário, qualquer candidato que venha a ocupar a vaga de vice na chapa do Podemos chegará com ares de presidenciável para quatro ou cinco anos depois, a depender da emenda que for aprovada no Congresso.
Há quem se refira a essa perspectiva como algo parecido com inquilino que tem direito de “compra”, em caso de venda do imóvel. Essa concertação, se levada adiante, interessará, inclusive, a João Doria, o pragmático governador de São Paulo, caso seus índices nas pesquisas continuem muito abaixo daqueles apresentados pelo ex-juiz da Lava-Jato. Até aqui, porém, a polarização permanece, e ainda há dúvidas se será possível quebrá-la.
Jogada no escuro
É bom o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin pensar duas vezes antes de topar ser vice de Lula. É que o PT não fechará o nome para vice tão cedo. Se o partido e Lula concluírem, em maio, que o melhor perfil para a vice é o de uma mulher ou de alguém do Nordeste, os petistas não terão a menor cerimônia em dizer a Alckmin que o cenário mudou.
E sem condições
Só tem um probleminha: será tarde demais para o quase ex-tucano garantir uma boa legenda para concorrer ao governo de São Paulo. Afinal, embora Geraldo Alckmin tenha muito prestígio no estado, as coisas estão adiantadas, e ninguém pretende ficar esperando que ele se movimente no cenário.
Blindado
Ao dizer no evento de Joe Biden que o Brasil está há três anos sem casos de corrupção, o presidente Jair Bolsonaro confia que, de qualquer coisa encontrada no seu governo, a culpa recairá sobre terceiros. O caso das emendas do relator, por exemplo, será idêntico ao que houve no escândalo do Orçamento da década de 1990, no qual o desgaste foi debitado da conta de deputados, senadores, governadores e prefeitos.
O contraponto
Com a visita à Argentina esta semana, Lula completou mais um país com o qual Bolsonaro apresenta dificuldade de relacionamento. O primeiro foi a França. Outros virão antes do período eleitoral para coleta de imagens a serem
usadas na campanha.
As “trajanistas”/ Ao participar do seminário Por estas e por outras — a Justiça pelo olhar de mulheres, a empresária Luiza Trajano recebeu uma declaração para a Presidência da República, por parte da economista Maria Sílvia Bastos Marques. “Sei que você não é candidata a presidente da República, mas é minha candidata, tá?”, comentou Maria Silvia.
As “trajanistas” II/ A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, sempre discreta e firme, não escondeu a sua preferência. “O ministro Edson Fachin vai assumir o eleitoral no ano que vem. Quem sabe uma prosa com ele não a faz mudar de ideia?”, comentou Cármen Lúcia.
A visão dela/ Luiza, entretanto, está firme na recusa de ingresso na política. “Não sou candidata, já estou avisando”, afirmou. “Nem a vice?”, quis saber a coluna. “Vice ainda é pior, você tem de concordar com tudo o que o outro fala.”
Agora é que vale/ Acostumados a desprezar as pesquisas que apontam o favoritismo do ex-presidente Lula, os bolsonaristas não tiram os olhos dessas medições. Acreditam que a popularidade do presidente tende a melhorar, por causa do Auxílio Brasil de R$ 400, pagos a partir desta semana.
Que ninguém se surpreenda se, na semana que vem, a última de funcionamento do Congresso Nacional este ano, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), cancelar a Comissão Especial encarregada de analisar a PEC da Segunda Instância. O regimento interno da Casa diz em seu artigo 202, parágrafo 2º, que as comissões especiais têm prazo de 40 sessões para “proferir parecer”. Esta comissão foi criada em novembro de 2019 pelo então presidente da Casa, Rodrigo Maia.
A avaliação de muitos é a de que, se Lira encerrar o colegiado agora, no final de 2021 será mais um desgaste para o Centrão, que trocou seu pessoal nesta comissão por esses dias para evitar a aprovação do texto. Por conta disso, vem aí uma nova tentativa de votação na semana que vem.
O vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), tem dito com todas as letras que não dá analisar esse projeto da segunda instância pensando nos políticos. É preciso ter em mente que assassinos, traficantes e outros terminam soltos por
causa das chicanas jurídicas.
Tiro no pé?
A entrevista ao site da Gazeta do Povo, em que o presidente Jair Bolsonaro diz que o ex-juiz Sergio Moro não fez nada para que o Coaf e a Receita Federal não “bisbilhotassem” a vida do capitão e de milhares de brasileiros, está no Supremo Tribunal Federal. Advogados de Moro pediram para que o relato seja anexado aos autos do processo em que o presidente é suspeito de interferência na Polícia Federal. Se foi um tiro no pé, é o ministro Alexandre de Moraes quem vai dizer.
Por falar em Moraes…
Aliados do presidente estão em campo para deixar muito claro que o fato de Bolsonaro ter criticado Moraes, esta semana, não significa que virá uma nova guerra entre ele e o ministro.
Termômetro
O que vai ditar o comportamento do presidente é o seu público. Se houver uma cobrança muito forte do segmento do eleitorado que o apoia, Bolsonaro é bem capaz de retomar a artilharia.
O pior dos mundos
Os petistas não querem saber de Moro no segundo turno. Seria a memória viva da Operação Lava-Jato no mano a mano com Lula, sem que o ex-presidente possa dizer que não irá a debates.
CB Debate/ O debate promovido pelo Correio Braziliense sobre o que esperar de 2022, apontou para a difícil necessidade de separar a campanha eleitoral do elenco de medidas que o país precisa, conforme bem colocou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A senadora Simone Tebet (MDB-MS), que subiu ao palco logo depois de Pacheco, foi na mesma linha. Sinal de que pode vir aí uma trégua depois do entrevero entre eles na quarta-feira, no plenário do Senado.
Até aqui…/ Na saída do evento, eles se cumprimentaram, mas nada efusivo. Embora aliados de ambos garantam que a trégua virá, a briga por causa da promulgação da PEC dos Precatórios ainda não foi totalmente esquecida.
Elas e a Justiça I/ O Supremo Tribunal Federal será palco, hoje, do seminário Por estas e outras — A Justiça pelo olhar das mulheres. Será um dia inteiro de debates mediados por três ministras da STF, Cármen Lúcia, Rosa Weber e Ellen Gracie, que já se aposentou. A presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Cristina Peduzzi, participa do primeiro painel, junto com a empresária Luiza Trajano e a economista Maria Silvia Bastos Marques.
Elas e a Justiça II/ Outras personalidades, como a cantora Zélia Duncan, a embaixadora do Canadá, Jennifer May, a presidente da Rede Sarah, Lúcia Willadino Braga, e a historiadora Heloísa Starling confirmaram presença.
PEC dos Precatórios é teste de confiança no Congresso Nacional
Depois de um ano de idas e vindas na relação entre as duas Casas do Legislativo, a votação da terça-feira, na Câmara, sobre a parte da PEC dos Precatórios que não foi promulgada será um divisor de águas. Se os deputados não cumprirem o acordo de manter os recursos oriundos do espaço fiscal vinculados às causas sociais, como o Auxílio Brasil, vai ser difícil os senadores votarem propostas polêmicas oriundas da Câmara.
A relação não está boa há tempos. Em setembro, por exemplo, o Senado derrubou a minirreforma trabalhista porque não confiou nas promessas da Câmara de que as mudanças propostas pelos senadores seriam mantidas. Na semana passada, o senador Ângelo Coronel (PSD-BA) anunciou o arquivamento do projeto do Imposto de Renda e a discussão voltará só em 2022, ano eleitoral. Pelo andar da carruagem, o clima de tensão na política não dará trégua.
Moro incomoda o Centrão
A defesa que o ex-juiz Sergio Moro fez da prisão em segunda instância, durante a entrevista ao Correio, foi o motivo político que levou o Centrão a trocar seus integrantes para tentar derrotar a PEC da Segunda Instância — o que levou o relator a retirar o parecer e adiar a votação. O Centrão não quer dar mais palanque ao ex-juiz. Porém o motivo real é jurídico: tem muita gente com medo da prisão mesmo.
O bicho vai pegar o terceiro pelotão
A reclamação da senadora Simone Tebet (MDB-MS) sobre falta de cumprimento de acordo por parte do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), justamente no dia em que seu partido fez um evento para apresentá-la como pré-candidata à Presidência da República, foi vista como um ensaio do que vem por aí em 2022.
Riscou o chão
Rodrigo Pacheco, também pré-candidato ao Planalto, respondeu no ato, dizendo que não havia feito qualquer acordo com a senadora e que não era possível transformar tudo em discussão política “talvez de cunho eleitoral”. Os senadores diziam, na saída do plenário, que o tom de Pacheco foi o sinal de que 2022 arrisca atropelar um fim de ano pacífico na Casa. Até aqui, Simone e Rodrigo estão na casa dos 1% e 2% nas pesquisas registradas.
Por falar em pesquisa…
A senadora ainda falava no lançamento de sua pré-candidatura quando alguns políticos do MDB diziam à coluna que, se ela não se mostrar competitiva, até março, com dois dígitos nas pesquisas, o MDB vai começar a se colocar nas negociações para vice. Ou deixar o partido solto para fazer bancada nos estados, apoiando os candidatos mais afinados com cada região do país. A maioria dos nordestinos, por exemplo, prefere Lula.
Até aqui…
Quem mais se consolida como terceira via é o ex-juiz Sergio Moro, o único desse grupo com dois dígitos. Lula lidera com ampla margem e Jair Bolsonaro está na segunda posição, ou seja, segue a polarização. Porém, o ex-ministro da Justiça começa a incomodar à direita os bolsonaristas e, à esquerda, Ciro Gomes (PDT).
Diferenças/ Enquanto o ex-presidente Lula defende uma regulamentação da mídia e da internet, Bolsonaro vai aproveitar a cúpula pela democracia, organizada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para defender a “internet livre”.
Promessas cumpridas?/ A presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Kátia Abreu (PP-TO), recebeu os senadores para jantar em sua casa. A confraternização foi considerada uma comemoração antecipada da indicação para ministra do Tribunal de Contas da União (TCU). Os governistas prometeram votar nela. E como foi ministra da Agricultura de Dilma Rousseff, também tem a simpatia do PT.
E agora, Anastasia?/ O vice-presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Antonio Anastasia (PSD-MG), que também disputa a vaga do TCU, já avisou a amigos que só ficará em Brasília a partir de 2023 se for escolhido ministro da corte de Contas. Caso contrário, vai largar a política quando terminar este mandato no Senado, no final de janeiro de 2023.
Correio debate/ O Correio Braziliense realiza hoje, a partir de 15h, seu tradicional debate “Desafios 2022: para onde vai o Brasil?” Nunca é demais refletir sobre o Brasil.
Depois do Auxílio Brasil, governo prepara ajuda à geração ”nem nem”
Depois da medida provisória para garantir os R$ 400 no programa que substituiu o Bolsa Família, o governo prepara um programa para ocupação de jovens que estão no “nem-nem” — nem trabalham nem estudam. A ideia é batizar de Voluntariado Brasil, mas o nome ainda não está totalmente fechado. O programa consiste em dar às prefeituras interessadas uma forma de contratar jovens entre 18 e 24 anos, com dificuldades de colocação no mercado, com meio salário mínimo. O beneficiado ficaria vinculado à permanência na escola no outro turno, de forma a garantir uma qualificação e alguma experiência de trabalho.
Politicamente, o programa pode ajudar o governo a abarcar mais um naco do eleitorado jovem. O Planalto, obviamente, não faz qualquer menção aos benefícios eleitorais que a iniciativa pode proporcionar ao presidente Jair Bolsonaro. Mas, para quem está precisando melhorar seus índices junto à população, será mais um projeto promissor.
Nem Mourão nem Braga Netto
Bolsonaro comentou com aliados, recentemente, que Hamilton Mourão não será mais vice e que o atual ministro da Defesa, Walter Braga Netto, não agregaria tantos votos quanto o presidente necessita. Por isso, a inclinação é por uma mulher na vaga de vice em sua chapa à reeleição. No topo da lista está a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. A ideia é segurar o agro e pegar um pedaço do União Brasil.
Por falar em União Brasil…
Bolsonaro vai, aos poucos, tentando dinamitar o futuro partido de Luciano Bivar (PSL) e de ACM Neto (DEM). Além de Tereza Cristina como vice, ele colocou abertamente o deputado Vitor Hugo, que irá para o PL, como candidato ao governo de Goiás.
…A vida não será fácil
Bolsonaro jogou a candidatura de Vitor Hugo da mesma forma que mencionou, há meses, a de Tarcísio de Freitas, ministro da Infraestrutura. No caso de Goiás, comentando com apoiadores na porta do Palácio da Alvorada, o presidente irritou o PL, que tem a deputada federal Magda Mofatto como pré-candidata a governadora e, ainda, o atual governador Ronaldo Caiado (DEM), criticado por manifestantes.
Reciprocidade
A ideia inicial da Anvisa era exigir o passaporte da vacina a todos os estrangeiros que desembarcassem no Brasil. Alguns técnicos ainda não desistiram de fazer com que Bolsonaro adote essa ideia para países que cobrarem esse documento dos turistas brasileiros.
Agora é, invariavelmente, assim/ O fatiamento de propostas de emendas constitucionais, para promulgação imediata apenas da parte consensual, já era pedra cantada pela coluna há dias, conforme informação apurada junto aos líderes governistas. O anúncio oficial demorou porque era preciso cumprir o ritual de conversas, processo que já virou moda em relação às emendas constitucionais.
Ranking na área/ Hoje tem cerimônia de premiação do Ranking dos Políticos 2021, que reconhece os melhores deputados estaduais, federais e senadores. Este ano, 200 parlamentares serão agraciados, depois de uma seleção com base nos critérios de combate a privilégios, ao desperdício
e à corrupção.
Minas, o objetivo de todos/ Pré-candidato ao Planalto pelo Novo, Felipe D’Ávila desembarca, nesta sexta-feira, em Belo Horizonte para almoçar com o governador Romeu Zema — que, dia desses, almoçou com Sergio Moro, mas declarou apoio total ao candidato do partido.
A terra dele ninguém tasca/ Quem tem esperança de sair com os votos fechados dos mineiros para garantir um espaço e tentar se firmar como candidato é o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Hoje, ele estará no almoço do grupo Lide Empresarial do DF, ao lado do comandante do colegiado por aqui e presidente do PSD local, o ex-governador Paulo Octávio.
A aprovação do nome de André Mendonça para a 11ª cadeira do Supremo Tribunal Federal (STF) foi vista como uma demonstração de resistência de Jair Bolsonaro e de seu ex-ministro, que agora completará o quadro da Corte. Para os políticos, ficou a certeza de que o presidente não verga fácil quando alguém resolve “bater o pé” contra alguma indicação dele. Isso porque, diante de todas as pressões para que desistisse de Mendonça, o presidente não recuou. Ficou também a certeza de que o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) não tem mais aquela liderança toda no Senado. Jogou contra o governo e perdeu.
Só tem um probleminha: Alcolumbre tem tudo para atrapalhar o governo. Afinal, 47 votos é um placar que não dá a Bolsonaro a tranquilidade para aprovar emendas constitucionais no Senado. As PECs precisam, no mínimo, de 49 votos.
PSB discute federação…
O presidente do PSB, Carlos Siqueira, reuniu a bancada para discutir 2022 e saiu dali a ideia de discutir uma federação com partidos de esquerda, inclusive o PT. “Há uma predominância em favor da federação dentro da bancada, porém a decisão cabe ao diretório nacional”, disse o deputado Tadeu Alencar (PSB-PE).
... no campo da esquerda
A avaliação é a de que se for para fazer uma federação, a fim de garantir a eleição de seus deputados, não se pode descartar o PT, que hoje é o maior partido desse campo. Só tem um problemão no meio desse caminho: a federação com os petistas exigirá uma aliança de Norte a Sul do Brasil. E, nesse momento, na maioria dos estados ninguém quer ceder a cabeça de chapa.
Onde moram os problemas
Em São Paulo, berço do PT, o partido de Lula considera que não dá para deixar de ter candidato. E o PSB joga todas as fichas numa candidatura do ex-governador Márcio França. Em Pernambuco, os socialistas também terão candidato a governador e não cogitam apoiar um nome do PT.
Polêmica amortecida
A aprovação de André Mendonça para o STF vem num momento em que o mundo jurídico se debruçava sobre os empates em julgamentos de ações penais. A posição de Luiz Fux sobre os empates não beneficiarem os réus, foi rebatida por muitos advogados. “Fux está equivocado. A presunção de inocência tem garantia constitucional e, havendo empate, prevalece o favorável ao réu”, diz o advogado Renato Stanziola Vieira, mestre em Direito Constitucional pela PUC de São Paulo.
Alckmin e Lula no Prerrô/ O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin já confirmou presença na festa de fim de ano do grupo Prerrogativas, que reúne advogados progressistas ligados a partidos de esquerda. Será mais um encontro dele com Lula, que deve ir.
E o Joaquim, hein?/ Sergio Moro telefonou para Joaquim Barbosa. Quer ouvir as avaliações do relator do mensalão no STF sobre 2022 e a respeito dos projetos necessários para ampliar as medidas de combate à corrução no Brasil.
Por falar em Moro…/ Um dia depois de o livro do ex-ministro chegar às livrarias em defesa da Lava-Jato, o ministro Jesuíno Rissato, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), entrou em cena para anular as condenações do ex-ministro Antonio Palocci e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.
Pelo andar da carruagem…/ Daqui a pouco, será como se nunca tivesse ocorrido qualquer malfeito na Petrobras, apesar de apenas um diretor, Pedro Barusco, ter devolvido US$ 97 milhões.
A fala do senador Flávio Bolsonaro no ato de filiação do presidente Jair Bolsonaro ao PL foi propositalmente colocada depois do discurso presidencial com o objetivo de apresentar a linha que seguirá a campanha reeleitoral do ano que vem. O tratamento que será dado aos dois adversários que os bolsonaristas consideram perigosos está definido: o ex-juiz Sergio Moro é apresentado como o traidor, que, na visão de Flávio, humilhou Carla Zambelli, de quem foi padrinho de casamento, e não descobriu quem mandou matar o presidente Jair Bolsonaro; e Lula, “um ex-presidiário, preso por roubar o povo brasileiro”.
O contraponto ao discurso de que o presidente não se preocupou com a saúde dos brasileiros na pandemia também está posto: o governo Bolsonaro, conforme anunciou Flávio, forneceu todas as vacinas que protegeram os brasileiros contra a covid-19. Para completar, em plena pandemia, o país conseguiu gerar empregos, quando, no governo Dilma, houve demissões. Agora, com o alívio que recebeu, ontem, do Supremo Tribunal Federal, Flávio estará cada vez mais solto na pré-campanha do pai.
Os incomodados que se retirem
Ex-presidente do partido e ex-ministro dos governos Dilma e Lula, o ex-senador Alfredo Nascimento foi direto quando a coluna quis saber se ele apoiará o PT de seus antigos chefes: “Eu estou com Bolsonaro. No PL, quem não apoiar o presidente está fora”.
Os 12 do Senado
Com Flávio Bolsonaro, eram 12 os senadores presentes à filiação de Bolsonaro. O PL, porém, tem apenas cinco. Os planos, agora, incluem levar os demais para o partido, por exemplo, o líder do governo, Eduardo Gomes (MDB-TO), e Fernando Collor (PTB-AL). Se vingar, ficará do tamanho do PSD, partido do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), outro pré-candidato a presidente da República.
Moro escreve I
Chega às livrarias o livro de memórias de Sergio Moro, Contra o sistema da corrupção, da editora Sextante. Ali, ele tenta resgatar o serviço que a Lava-Jato prestou ao país, lembra que o Supremo Tribunal Federal autorizou a prisão de Lula e aborda, de forma crítica, a decisão da Corte de soltar o petista: “É difícil entender que o STF venha, posteriormente, dizer que a execução (da sentença) não deveria ter ocorrido e que o ex-presidente não teve direito a um julgamento justo”, escreveu.
Moro escreve II
O ex-ministro conta o episódio do Coaf, que, retirado do Ministério da Justiça, terminou no Banco Central. Moro lembra que jamais tratou do mérito das investigações contra o senador Flávio Bolsonaro e relata conversas com Paulo Guedes, ministro da Economia; e Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, para salvar o Coaf: “O que não se poderia admitir era a destruição do sistema nacional de prevenção à lavagem de dinheiro com o propósito de salvar o filho de alguém, mesmo sendo ele o filho do presidente da República”.
E o Lula, hein?/ A proximidade que ele busca com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin é para entrar na seara de votos da terceira via, fundamental para derrotar Bolsonaro, se a polarização for mantida. Lula tem sido muito direto nas conversas com antigos adversários: “Os meus (aliados e votos), eu já tenho. Quero que você traga os seus”.
Só em março/ O deputado Eduardo Bolsonaro disse à coluna que se filiará ao PL quando houver a janela para troca de partido. “Se eu sair agora, eles podem pedir o meu mandato”, disse ele, que continua no PSL.
Ele não vai/ Muito assediado por apoiadores de Bolsonaro no auditório do ato de filiação ao PL, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, informou à coluna que não vai se filiar a partido político. “Minha área é técnica”, avisou.
Ômicron e recursos/ Quinze capitais já cancelaram suas festas de réveillon por causa do risco da nova cepa da covid-19. Obviamente, os prefeitos não querem ser acusados de promover aglomerações e, mais à frente, ver o aumento do número de mortes, mas o fator econômico também contou. À exceção de Brasília, que não teve eleição no ano passado, muitas cidades enfrentam problemas de caixa.
O governo informará ao Supremo Tribunal Federal (STF) tudo o que foi liberado a partir das emendas do relator ao Orçamento, as famosas RP9, mas, nas respostas, o “padrinho” será o responsável pela relatoria e não o parlamentar que indicou os municípios, serviços e obras beneficiados. Foi a forma que a Casa Civil e a cúpula do Congresso definiram para preservar os seus e ganhar tempo, enquanto trabalha para evitar uma nova CPI do Orçamento.
Os dois grupos da terceira via
Em conversas reservadas, deputados dividem os postulantes que desejam quebrar a polarização entre Jair Bolsonaro e Lula sob o ângulo da capacidade de articulação política. Já levaram o apelido de “os desagregadores” o ex-juiz Sergio Moro; o governador de São Paulo, João Doria; e o ex-ministro Ciro Gomes.
Com eles tem jogo
No rol daqueles que “têm conversa” para composições, ou seja, “os agregadores”, estão o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite; o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco; e a senadora Simone Tebet. A parlamentar, aliás, é vista como a vice dos sonhos para a maioria dos “desagregadores”. Só não tem jogo ali com Ciro Gomes, porque bate demais no MDB.
Dá um refresco, Arthur
A vontade do governo de prorrogar a desoneração da folha de pagamentos em troca da reforma administrativa ainda não está garantida para este ano. É que, depois da confusão dos precatórios, os deputados vão pedir ao presidente da Câmara, Arthur Lira, uma “pauta mais light” para esta reta final de 2021.
Temporada de ensaios
O momento é de testar e de especular à vontade para ver o que agrada ao eleitor. Lula com ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin de vice, Eduardo Leite com Sergio Moro de vice. Só tem um probleminha: Alckmin gosta da especulação, porque acredita que isso amplia a possibilidade de chamar a atenção dos eleitores e se mostrar capaz de dialogar com todas as forças políticas, quando assumir aquilo que deseja: o governo de São Paulo. E os tucanos preferem esperar para ver se o ex-juiz emplaca.
Por falar em tucanos…
A sete dias das prévias do PSDB, os dois lados consideram que a disputa está acirrada entre Eduardo Leite e João Doria, e todos adotam muito cuidado para apostar em um ou outro. A única certeza é de que, independentemente do resultado, o PSDB não será o mesmo e tende a encolher.
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Pense num problema/ Dia desses, um político que se aposentou, mas acompanha tudo a distância, definiu assim a situação do país: “A coisa está tão ruim que deveria inverter: quem perder assume”.
Depois dos precatórios e da CPI…/ A turma aproveitou para relaxar um pouco nas homenagens pelos 70 anos do advogado Inaldo Leitão, ex-deputado federal e ex-presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) aproveitou o sábado de tempo fechado em Brasília para passear no shopping com a namorada. É um político que consegue andar nas ruas. Algo que não é para todos nessa atividade.
Fez sucesso…/… o reality show “O Político”, promovido e idealizado pelo ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB), em que jovens interessados no assunto debateram temas polêmicos ao longo de toda a semana. Estiveram em pauta a legalização da maconha e do aborto, simulando um debate eleitoral. No total, foram mais de 10 mil inscritos e 12 escolhidos, com jurados de peso, como o ex-governador Geraldo Alckmin e o ex-ministro Ciro Gomes. O programa será exibido em breve no canal de Márcio, no YouTube.
Tirada de Cristiana/ A crise no governo Dilma Rousseff estava cada vez maior no setor econômico, e eis que Aloizio Mercadante, então ministro da Casa Civil, passa no corredor do Planalto, em frente a uma sala de espera, onde aguardávamos uma conversa no quarto andar. Cristiana Lôbo, na hora, o abordou. Ele tentando dizer que ainda tinha esperança na derrota do pedido de abertura do processo de impeachment e coisa e tal. Cristiana foi direta: “Ministro, agora você vai virar ‘Mercarrezante’, porque só milagre para evitar a aprovação do pedido na Câmara”. A passagem de Cristiana, na semana passada, sem dúvida, deixou o jornalismo político mais triste. A nós, que tivemos o privilégio de conviver com ela, restam as histórias. Bom domingo e bom feriado a todos.
Oficialmente, a campanha eleitoral só começa daqui a oito meses, mas já tem muito político preocupado com os cenários. E com Sergio Moro filiado ao Podemos e na posição de terceiro colocado em muitas pesquisas, já tem muita gente calculando que, se o ex-juiz da Lava-Jato ganhar fôlego e conseguir quebrar a polarização, tirando o presidente Jair Bolsonaro do segundo turno, os integrantes do Centrão vão correr para apoiar Lula.
O “plano de emergência” não se restringe ao segundo turno. Tem deputado no grupo calculando que, se houver algum “risco de Moro vencer”, o jeito será fazer essa transferência para o petista ainda no primeiro turno, para tentar liquidar a fatura e não dar a menor chance ao ex-ministro. Falta combinar com o eleitor, o senhor da razão e do destino do Brasil.
Guedes foge da Câmara…
O ministro da Economia, Paulo Guedes, quer encerrar 2021 sem ser obrigado a comparecer à Câmara dos Deputados e responder sobre a offshore nas Ilhas Virgens Britânicas. Esta semana, ele faltou à convocação feita pela Comissão do Trabalho. Por intermédio de seus advogados, pediu que a documentação encaminhada à comissão encerre o assunto.
…e a offshore volta à baila
O presidente da Comissão do Trabalho, Afonso Motta (PDT-RS), não aceitou e marcou nova data para 23 de novembro. Só não agendou para a semana que vem porque o ministro respondeu que estará em Dubai, com Jair Bolsonaro. Na Comissão de Fiscalização e Controle, porém, onde o presidente não marcou nova data, o autor do pedido de explicações do ministro já recorreu ao Supremo Tribunal Federal.
O problema é político
A documentação informa que Guedes não fez nada ilegal nem cometeu crimes. Mas os deputados querem mesmo é saber por que o ministro da Economia do Brasil mantém seu dinheiro no exterior. Além disso, a legislação diz que, convocados, os ministros devem ir pessoalmente dar explicações. A queda de braço só termina quando Guedes resolver comparecer, ou seja, não tem conversinha.
Hora das contas
Os presidentes de partido aproveitam o fim de semana prolongado para fazer as contas das nominatas de deputado federal rumo a 2022. Tem muita gente desesperada atrás de puxadores de votos, que agora interessam mais do que alianças partidárias.
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Dois contra um/ Saiu de Arthur Virgílio um dos maiores petardos contra Eduardo Leite no debate das prévias tucanas. João Doria levantou o tema da votação da PEC dos Precatórios, que contou com o apoio de deputados do PSDB gaúcho, e Arthur completou: “Líder tem de liderar a bancada. Não deixe que lhe preguem na testa a tarja de bolsonarista. Não faça isso”, disse Arthur a Eduardo.
Almoço com política I/ Com as vacinas em dia, voltam as mesas animadas, como a da sexta-feira, em homenagem ao arquiteto Carlos Magalhães, falecido em maio. As conversas, porém, já estão focadas em 2022, fazendo pontes para o futuro de Brasília. À mesa, quase 20 pessoas, dos mais variados partidos e tendências. Tanto é que juntou o pré-candidato a governador do Distrito Federal pelo PSDB, Izalci Lucas, com dois dirigentes do MDB, Tadeu Filippelli e Luiz Pitiman, e um do PV, Gastão Ramos.
Almoço com política II/ Por essa mesa já passaram muitos governadores, senadores e líderes políticos. Nesse reencontro pós-vacina, na foto, de pé, Pitiman, Gastão Ramos, Silvestre Gorguho (ex-secretário de Cultura do DF), senador Izalci e o ex-presidente do Tribunal de Contas da União José Múcio Monteiro. Sentados, o advogado Paulo Castelo Branco, Filippelli e o consultor Jack Corrêa, autor do livro Lobby Stories, que teve um lançamento para lá de concorrido esta semana em Brasília.
Com Moro, Lava-Jato entra na campanha contra Lula e Bolsonaro
A chegada de Sergio Moro à arena da política leva a memória da Lava-Jato para a campanha presidencial de 2022, gerando um constrangimento tanto para o PT de Lula — que ensaia um discurso sobre não ter havido corrupção na Petrobras — quanto para Jair Bolsonaro, que hoje marcou seu ingresso no PL, de Valdemar Costa Neto, para 22 de novembro. No caso do presidente, os constrangimentos irão mais além, uma vez que o ex-ministro tem a simpatia do vice Hamilton Mourão, que definia o ex-juiz como “uma reserva moral do governo”. Na Polícia Federal, Ministério Público e militares, segmento nos quais Bolsonaro reinou em 2018, os ventos dos votos tendem a soprar para Moro. O ex-juiz não está a passeio.
Simone, a vice dos sonhos
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) é vista no Podemos como um nome a ser procurado para vice de Moro. Além de atrair o eleitorado feminino, reforça o ex-juiz no Centro-Oeste, onde o presidente Jair Bolsonaro é forte.
Implodiu…
O União Brasil foi lançado com o desafio de eleger parlamentares no Distrito Federal praticamente cumprido, uma vez que a fusão do DEM com o PSL lhe daria Bia Kicis (PSL), Alberto Fraga e Luís Miranda (ambos do DEM). O grupo, porém, vai esfacelar. “Eu já tenho candidato a presidente, mas ainda não tenho partido”, disse Miranda à coluna.
… e encolheu
Bia Kicis vai esperar a filiação de Bolsonaro ao PL para definir seu destino. No União Brasil não ficará. Resta Alberto Fraga, que está decidido a concorrer a um mandato de deputado federal.
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Alckmin quer união/ O ex-governador Geraldo Alckmin voltou a conversar com o União Brasil, onde a conversa de vice de Lula não está nos planos. Alckmin, hoje, tem a certeza de que o PSD o apoiará ao governo de São Paulo, em qualquer hipótese. O União Brasil já avisou que o quer como candidato ao governo, mas apenas se ele estiver filiado à legenda. As conversas voltam depois das prévias do PSDB, onde Alckmin trabalha por Eduardo Leite.
Novo balança/ O partido Novo, que não se uniu em torno da candidatura do Luís Felipe D’Ávila à Presidência da República, marcou presença forte na filiação de Sergio Moro ao Podemos. Os deputados Marcel Van Hatten (RS), Alexis Fonteyne (SP) e a distrital Júlia Lucy fizeram questão de ir até o Centro de Convenções dar um abraço no ex-juiz.
Discretíssimo/ O procurador aposentado Carlos Fernando dos Santos Lima, que integrou a força-tarefa da Lava-Jato e, hoje, é advogado especialista em compliance, fez questão de ir à filiação de Moro ao Podemos. Porém, preferiu ficar bem distante do palco. “Sem a mudança do sistema político, o Judiciário não consegue impor a lei aos poderosos. As grandes empresas e os empresários estão preocupados e não se envolvem mais. Agora, se não seguirmos em frente com mudança na política, voltará ao que era antes”, disse à coluna.
João Roma na lida/ Quem não saiu do Congresso nos últimos dias, cabalando votos, foi o ministro da Cidadania, João Roma. A todos dizia que votar contra a PEC dos Precatórios era votar contra os R$ 400 do Auxílio Brasil. Fará o mesmo discurso no Senado.
Enquanto a Câmara se dedicava à PEC dos Precatórios, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, chamado reservadamente por muitas parlamentares de “o bonitão”, pedia um jantar fechado com um grupo suprapartidário e que “tivesse juízo”, para, numa conversa franca, apresentar a real situação da economia. Ontem (9/11) à noite, 24 deputados o receberam para o encontro olho no olho, sobre inflação, câmbio e o cenário macroeconômico. Antes mesmo de ouvir o diagnóstico, muitos deputados prometeram ajudar, embora não sejam os mais fiéis aos projetos do governo de Jair Bolsonaro. No Executivo, esse encontro é visto como uma das brechas para que o governo consiga evitar as “pautas bombas” neste final de ano.
Só tem um probleminha: de antemão, muitos avisaram a Campos Neto que a desoneração da folha de pagamentos, que termina em dezembro e tem um projeto de prorrogação parado na Câmara, tem tudo para ser aprovado. Afinal, é dinheiro que o atual governo nunca viu, uma vez que a medida vigora há cinco anos. O empresariado, somado aos sindicatos, está em plena campanha junto aos parlamentares para que a desoneração seja mantida.
Eles comemoraram
Os ministros do governo comemoraram reservadamente a suspensão das emendas de relator pelo Supremo Tribunal Federal. É que muitos já estavam cansados de ter de recorrer ao Congresso implorando por recursos para conseguir aplicar nas prioridades elencadas pelo Poder Executivo. A batalha, porém, ainda não acabou. Até aqui, as emendas foram suspensas e não extintas.
Promessas continuam
A suspensão das RP9, aliás, não tirou de cena a expectativa de liberação no futuro. Tanto é que, na votação da PEC dos Precatórios, muita gente continuava negociando um naco desses recursos.
A aposta dos empresários
Empresários que participaram do seminário do Instituto Unidos Brasil (Iub), que faz os estudos e projetos para a Frente Parlamentar do Empreendedorismo, avisaram aos parlamentares que ainda não acreditam na quebra da polarização entre Jair Bolsonaro e Lula. E, nesse caso, a maioria, pelo menos, garantia nas conversas reservadas que vai de Bolsonaro.
Se acabar a desoneração da folha, o governo terá nas mãos o imposto-desemprego, com mais um milhão e meio de desempregados para se somarem aos 14 milhões
Do presidente da UGT, Ricardo Patah, aplaudido num evento de empresários
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Juntos e misturados/ Dispostos a fazer bancada no próximo ano, PP e PL não descartam totalmente uma federação. Essa decisão, porém, só será tomada mais perto das eleições. Até março, vão jurar que cada um cuidará de si.
Moro pelo Brasil/ Ao se filiar ao Podemos, hoje, o ex-ministro Sergio Moro se apresentará “à disposição do povo brasileiro, pelo Brasil”, conforme contam seus aliados. A fala indicará a estreia de um político com jeito e cara de candidato à Presidência da República. Tal e qual Rodrigo Pacheco em sua filiação ao PSD.
Por falar em Pacheco…/ No meio da tarde, quando o governo venceu a maioria dos destaques à PEC dos Precatórios em primeiro turno, a oposição já olhava para a correlação de forças do Senado. Lá, acreditam os líderes oposicionistas, que o presidente Rodrigo Pacheco não terá o mesmo empenho que Arthur Lira em prol da emenda constitucional.
Quem diria/ Com a decisão do Superior Tribunal de Justiça, de anular as provas do caso das “rachadinhas” do tempo em que Flávio Bolsonaro era deputado estadual, o filho de Bolsonaro entra no mesmo barco de Lula. Ambos os processos voltaram à estaca zero.