Senadores e deputados formaram praticamente um consenso sobre o foro privilegiado. Com o Supremo Tribunal Federal prestes a terminar com esse benefício aos parlamentares, a ordem entre os congressistas será estender aos demais cargos que hoje desfrutam desse tipo de foro. O próprio STF, entretanto, pretende tratar desse tema. Para muitos ministros, tornou-se inevitável acabar com o foro para todos os atos não-funcionais, seja de juízes, promotores, e quem mais chegar. O contribuinte agradece. Há quem diga que passou da hora de resolver o caso de juízes que, quando flagrados em atos ilícitos, são simplesmente aposentados.
Em tempo: para o Congresso acabar com o foro das demais categorias, precisaria primeiro terminar a intervenção federal no Rio de Janeiro. É que esse assunto é tratado numa proposta de emenda constitucional, que não pode ser votada em caso de intervenção nos estados.
Aécio bate o martelo
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) aguarda apenas a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o foro para comunicar em breve
seus planos eleitorais. Já decidiu, entretanto, que não concorrerá a um novo mandato de senador. Falta definir se buscará uma vaga na Câmara dos Deputados.
Batmania versus
Super-Homem
O Código de Processo Penal, em análise na Câmara, é um pote de guerras. Além das já detalhadas aqui, sobre prisão em segunda instância, o Ministério Público tenta, por exemplo, passar a comandar as investigações e, por tabela, mandar na Polícia Federal. A guerra está feia nos bastidores da comissão especial, que não consegue se reunir. Mais um tema em atraso na Casa, para se somar a tantos outros.
Álvaro e o tempo
Pré-candidato a presidente da República pelo Podemos, o senador Alvaro Dias passa o mês de maio dedicado a tentar uma aliança com o PRB, de Flávio Rocha, ou Democratas, de Rodrigo Maia. Tudo por causa do tempo de tevê. É que, se permanecer restrito ao Podemos, o senador ficará praticamente apagado quando a campanha começar no rádio e na tevê.
Risco calculado
Essas alianças que Álvaro Dias procura, entretanto, deixam o senador com um problema: a união a partidos da chamada “velha política”, algo que ele tem evitado. Mas é a única forma de ampliar o tempo de tevê e, com isso, o alcance da campanha.
Ela vai/ Danielle Dytz, a filha mais velha de Eduardo Cunha (foto), será mesmo candidata a deputada federal pelo MDB, e as apostas dos partidos são as de que ela tem tudo para ser eleita, uma vez que herdará a comunidade evangélica que apoiava o pai.
Se brincar…/ Se Danielle for eleita, talvez tenha tempo de inaugurar a foto do pai na galeria de ex-presidentes da Câmara. Até agora, os retratos de Henrique Eduardo Alves e Eduardo Cunha, ambos presos, não foram colocados na parede onde estão lembrados Ulysses Guimarães, Nereu Ramos e outros tantos ilustres.
Dia Mundial da Liberdade de Imprensa I/ Na Casa Thomas Jefferson da 606 Norte, a Missão Diplomática dos Estados Unidos promove o painel “Mantendo o poder sob controle: a mídia, a Justiça e o estado de direito”, com a participação da diretora de redação do Correio Braziliense, Ana Dubeux; do criador do site Boatos.org, Edgar Matsuki; do diretor da Faculdade de Comunicação da UnB, Fernando Paulino, e Gisele Rodrigues, que representará a Secretaria de Comunicação Social da Câmara dos Deputados.
Dia Mundial da Liberdade de Imprensa II/ No período da tarde, o tema será objeto de debate no 10º Fórum Liberdade de Imprensa e Democracia, no auditório da OAB.