Paulo Guedes cintra
Paulo Guedes cintra Paulo Guedes cintra

Saída de Cintra é sinal de que Bolsonaro não aceitará tudo que vier da equipe econômica

Publicado em coluna Brasília-DF
Coluna Brasília-DF

Dias antes de embarcar para São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro comentou com alguns ministros mais chegados que “quem tem que aparecer” no governo é o presidente da República. Completou dizendo que “não tem nenhum problema em demitir quem quer que seja”. O recado não foi para Paulo Guedes.

No entanto, o ministro anda meio de lado e olhando onde pisa. A saída do secretário da Receita, Marcos Cintra, lastreada na gota d’água da nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), foi um sinal de que o presidente Jair Bolsonaro não aceitará tudo o que vier da equipe econômica. A história de vender toda e qualquer empresa da União, dizem alguns, daqui a pouco entra nessa lista de “alto lá”.

» » »

Em tempo: o presidente tem razão quando diz que não tem problemas em demitir ministros. Afinal, todos foram da sua lavra, sem consulta formal aos partidos políticos ou agentes de mercado, algo inédito na formação de um governo que entra agora no modo “manda quem pode e obedece quem tem juízo”.

Avisos importantes

A ida do ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, ao Congresso no dia em que o presidente reafirma o compromisso de não recriar a CPMF foi vista pelos líderes partidários como um sinal de quem entendeu a conversa: não adianta tentar empurrar projetos goela abaixo do parlamento. O mesmo destino terá a tal PEC Paralela que quer aumentar os impostos do agronegócio.

“Talkey, Macron”?

Assim, aliados do presidente Jair Bolsonaro têm se referido ao discurso que ele fará na Organização das Nações Unidas daqui a 12 dias. No que tange ao meio ambiente, focará na capacidade brasileira de cuidar das suas florestas.

O fim da hegemonia

O MDB bem que tentou ampliar a bancada de senadores, mas quem está conseguindo essa façanha é o Podemos, do senador Álvaro Dias (PR). Com Reguffe, o partido vai a 10 senadores e quer chegar a 15. O MDB tem 13.

Curtidas

Simon na área/ Considerado uma das reservas morais do país, o ex-senador Pedro Simon esteve em Brasília para influir na troca de comando do MDB, marcada para 6 de outubro. Seu primeiro movimento foi um encontro com o líder do partido na Câmara, deputado Baleia Rossi, para ver se é possível conseguir um consenso em torno do nome da senadora Simone Tebet (MDB-MS).

“Bolsonaro é um alvo para algum fanático, ou para alguma coisa que esteja além da nossa compreensão, é um alvo compensador. E isso sempre nos preocupa muito”

Do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, em entrevista à Rede Vida de Televisão, referindo-se à tarefa primordial que tem hoje, a segurança do presidente. No Planalto, segue a linha de que todo o cuidado é pouco.

E na lida/ Simon topa, desde que seja consenso. Baleia Rossi, idem. Ocorre que o deputado é o preferido da bancada da Câmara. Novamente, o MDB caminha para uma disputa Câmara versus Senado, que persiste desde os tempos de FHC.

Imagens para a campanha/ O pano de fundo do bate-boca entre os deputados Diego Garcia (Podemos-PR) e Boca Aberta (PROS-PR) em pleno Salão Verde da Câmara é a Prefeitura de Londrina. Ambos são pré-candidatos. A intenção é subir o tom nos próximos meses, fazer uma pausa para o Natal e voltar com carga total no ano eleitoral.

Quando o amor termina/ Lembra daquela nota da casa do advogado Roberto Caldas, que foi depredada, e o mistério sobre quem teria feito o estrago? Pois é. A ex-mulher dele, Michella, e duas assistentes foram indiciadas pela depredação. O caso agora seguirá para o Ministério Público para que dê parecer. A triste história de um casal que se separou parece não ter fim.