… Fica com a melhor parte. Capitaneado pelo ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, o PMDB baiano acaba de indicar o presidente da Companhia Docas da Bahia (Codeba). Entra o técnico Pedro Dantas e sai José Rebouças, que havia sido indicado pelo senador Otto Alencar, do PSD. Otto é aliado ao PT e, em maio, votou contra a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff. O prefeito de Salvador, ACM Neto, havia indicado Luiz Carrera, ex-chefe da Casa Civil da prefeitura. Porém, depois que o DEM levou a Presidência da Câmara, estão todos tratando de dizer que está de bom tamanho.
Linear versus seletivo
A disputa no governo para o contingenciamento de R$ 20 bilhões, mais uma vez, contrapõe a ala política à econômica. A área política quer preservar saúde e educação. A econômica quer cortar igual em todos os setores.
Reflexo zero
Os aliados que aconselham Eduardo Cunha a renunciar para não serem constrangidos a votar a cassação dele no plenário não leram a Constituição. O §4º do artigo 55 é claro ao mencionar que uma renúncia só surte efeito depois da apreciação do parecer pela cassação em plenário. O dispositivo foi aprovado em 1994, depois que uma leva de parlamentares renunciou para escapar da cassação no escândalo dos anões do Orçamento.
Por falar em Cunha…
O deputado sabe que existe ainda um pedido de prisão pendente de análise por parte do ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki. Portanto, uma renúncia seria correr um risco antes da hora.
De si para si
Aliados da presidente afastada, Dilma Rousseff, consideram que os eventos dos quais ela tem participado não têm agregado novos votos contra o afastamento definitivo. Nem mobilizado liderança com capacidade de mudar a opinião de senadores. A partir da semana que vem, a ordem é investir numa programação que possa trazer esse efeito.
Ciro na roda
Enquanto a maioria dos políticos cuida das campanhas municipais, Ciro Gomes (foto) aproveita para percorrer o país com vistas a 2018. Com o PT desgastado, a cúpula pedetista está convicta de que o ex-ministro pode ter o apoio do partido de Lula na hora de buscar um candidato para chamar de seu.
Tour palaciano I/ O presidente em exercício, Michel Temer, aproveitou a calmaria da segunda-feira para transitar no Palácio do Planalto. Foi ao quarto andar, andou pelos gabinetes e avisou: “Eu não conheço o palácio. A partir de agora, farei isso mais vezes”.
Tour palaciano II/ Depois da passadinha na Casa Civil, Michel Temer foi ao segundo andar, onde almoçou com os ministros da Justiça, Alexandre de Moraes, e do Gabinete de Segurança Institucional, general Sérgio Etchegoyen, e aproveitou para discutir a segurança das Olimpíadas. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, só não foi porque está acamado com uma virose.
É a pesquisa!/ O bom humor de todos no Planalto tem uma explicação: os números do Datafolha, que indicaram no fim de semana que 50% dos entrevistados preferem Temer a Dilma.
Enquanto isso, na agenda oficial…/ O presidente em exercício recebe esta semana o apoio da maçonaria.