O presidente da Rússia, Vladimir Putin, envio um telegrama ao presidente Lula nesta segunda-feira, para registrar suas “mais sinceras condolências” decorrentes das inundações no Estado de São Paulo (leia íntegra abaixo). O gesto vem num momento em que as iniciativas do Brasil, de se colocar como voluntário para tentar ajudar no conflito entre Rússia e Ucrânia foram muito bem recebidas. Além do telegrama, o chanceler russo, Sergei Lavrov, telefonou para o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, a fim de parabenizá-lo pela posse em janeiro e aproveitou para dizer que vem ao Brasil em abril.
O telegrama de Putin a Lula ocorre dois dias depois da participação do chanceler Mauro Vieira na Conferência de Seguranca da ONU, em Munique, na Alemanha. O Brasil não participava desde 2016 desse encontro, considerado de suma importância, uma espécie de Davos da política externa na área de segurança. Lá, o chanceler brasileiro participou de 21 reuniões e dois painéis.
A guerra na Ucrânia dominou os debates e a conclusão é a de que o conflito ainda levará alguns meses. Na semana que vem, a ONU vota uma resolução que conclama as partes a cessarem hostilidades, sugestão, aliás, feita pelo Brasil. Obviamente, o governo brasileiro e a diplomacia presidencial que o país exercerá daqui para frente não ditarão o ritmo das negociações para o fim de guerra. Mas o canal de diálogo com os russos __e também com aqueles contrários ao governo de Vladimir Putin __, põe Lula no papel de um parceiro importante para ajudar, se for chamado.
Eis a íntegra da mensagem de Putin a Lula: