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PT e Lula buscam o apoio do Republicanos, de Damares Alves

Publicado em coluna Brasília-DF

O Republicanos foi pedir o apoio do PT para garantir a vice-presidência da Câmara para Marcos Pereira e a vaga no Tribunal de Contas da União (TCU) para o deputado Jhonatan de Jesus (RR). Ouviu a seguinte resposta: “Se vocês vierem para a base do governo, está fechado”. A legenda terá 41 votos na próxima Legislatura. Ainda que tenha em sua bancada bolsonaristas convictos, como Diego Garcia (PR), a sigla tem um grupo disposto a apoiar o governo. Que ninguém se surpreenda se, mais à frente, o Republicanos, partido da senadora eleita Damares Alves (DF), faça parte do governo Lula. É com parte desses deputados que o governo pretende compensar aqueles votos do União Brasil — que não virão de jeito nenhum.

O que importa

Além da conversa para acertar os ponteiros e afinar a equipe, a reunião ministerial de hoje alertará a todos sobre a necessidade de ter em mente que este governo é uma frente ampla. E a democracia é o maior valor. Portanto, não dá para brigar por “miudezas”.

Saiu, mas pode voltar
Será o momento ainda de dizer com todas as letras que todos devem trabalhar pelo sucesso do governo e em harmonia. Afinal, se a gestão não tiver sucesso, Jair Bolsonaro terá uma avenida aberta rumo a 2026.

Ministra iogurte
Nos restaurantes de Brasília, os deputados começaram as apostas sobre quanto tempo a ministra do Turismo, Daniela do Waguinho, vai se segurar no cargo. Quem menciona mais tempo, fala em 90 dias. Se nas primeiras votações, o União Brasil não estiver coeso, será a senha para o seu afastamento.

Segurança pública
Recém-empossado no cargo de Secretário Nacional de Segurança Pública, o ex-deputado Tadeu Alencar (PSB-PE) tem como meta principal tirar do papel o Sistema Único de Segurança Pública (Susp). O tema será discutido com os secretários estaduais ainda neste mês. A ideia é promover um trabalho conjunto das polícias federal, militar, civil e guardas municipais, porém, sem unificação das polícias e, sim, de políticas.

Planejamento é bom, mas…
Depois da eleição de 1994, o então presidente eleito, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), havia reservado o Ministério do Planejamento para o economista e educador Paulo Renato Souza — que havia montado todo o governo e o esboço das reformas necessárias. O tucano José Serra, que podia escolher aonde iria, preferiu o Planejamento, para estar no centro das discussões econômicas. Só virou candidato a presidente da República, porém, quando assumiu a pasta da Saúde.

Sempre palaciano/ Vice-líder do governo de Jair Bolsonaro, o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), fez questão de comparecer à posse de Simone Tebet no Palácio do Planalto e ainda trocou cumprimentos com a deputada Maria do Rosário (PT-RS), que chegou a encaminhar uma ação contra Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal porque, numa discussão, o ex-presidente chegou a dizer “jamais iria estuprar você, porque você não merece”.

Área restrita/ Quando foi convidado para ser ministro da Justiça, Flávio Dino, negociou antes todos os cargos do seu ministério. Assim, a equipe assumiu junto a ele. Logo, está fora da distribuição de espaços entre aliados.

A partilha dos santos/ Nem todas as imagens sacras que foram retiradas do Alvorada no início do governo Bolsonaro devem voltar. A de Santa Bárbara, do século XVIII, está hoje no Palácio do Jaburu. Como o vice-presidente Geraldo Alckmin é muito religioso, ainda não está decidido se todos os objetos voltarão.

Por falar em volta…/ Os bolsonaristas farão o primeiro teste de mobilização depois da posse neste fim de semana, em Brasília. A ideia é tentar angariar mais pessoas para os acampamentos a fim de evitar a desocupação.