Coluna Brasília-DF
O presidente Jair Bolsonaro não pretende entrar com os dois pés na eleição deste ano, mas vai preparar o caminho para tentar recuperar os eleitores quando o pesadelo da pandemia acabar. No sábado, fará um pronunciamento de rádio e TV para explicar a prorrogação do auxílio emergencial por mais dois meses e falar da inauguração do Eixo Norte da transposição do São Francisco, obra que levou 13 anos para ficar pronta. A ordem no governo, agora, é tocar bumbo para as boas notícias, de forma a deixar todas as crises nos bastidores.
Bolsonaro quer passar aos eleitores a ideia de que, apesar dos percalços, seu governo funciona. Quer reforçar essa visão a fim de tirar fôlego dos opositores e das ações contra a chapa Bolsonaro-Mourão, que, contrariando as expectativas do Planalto, continuam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A negociadora
Depois de uma conversa por videochamada com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o embaixador da China, Yang Wanming, disse em suas redes sociais que eles trocaram opiniões sobre cooperação agrícola bilateral durante e após a pandemia. “Sobretudo para estabilizar e ampliar as exportações dos produtos agropecuários brasileiros à China”, escreveu.
Alívio geral
O tom foi considerado uma boa notícia para o governo brasileiro. Afinal, depois de tantos problemas, ficou a certeza de que a suspensão da entrada de produtos de diversos países na China é temporária.
Nem tudo está perdido/ O líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), saiu animado da conversa presencial com o embaixador dos Estados Unidos, Todd Chapman. Ouviu dele que há mais de 200 empresas americanas interessadas em explorar a base de Alcântara.
Ela enxerga longe/ Aliás, vale lembrar, a Amazon Web Services (AWS) aproveitou sua conferência para o setor público, esta semana, para anunciar o Aerospace & Satellite, que levará os dados em nuvem às missões espaciais.
Promessa é dívida/ Adiadas as eleições, vem agora a fase de combinar os pontos mágicos que permitiram a aprovação, em tempo recorde, da prorrogação dos repasses do fundo de participação dos municípios, algo em torno de R$ 5 bilhões, e a volta da propaganda partidária.