Coluna Brasília-DF
Acostumados a tentar se antecipar aos fatos, os políticos agora passam a monitorar o quadro da pandemia causada pelo coronavírus, de olho no calendário eleitoral. Há, inclusive, quem cogite adiar as eleições e jogar tudo para 2022, prorrogando os mandatos dos atuais prefeitos. O assunto será abordado assim que o Congresso resolver as ações mais urgentes relativas às medidas provisórias e a outros projetos emergenciais relacionados ao combate à pandemia de Covid-19.
Nos bastidores, há quem diga que, com o país quebrado, a prioridade deve ser a destinação dos recursos eleitorais para o tratamento de pacientes. Para completar, não será possível sequer sugerir a retomada do financiamento empresarial para custear campanhas. Portanto, o melhor é esperar tudo se acalmar para poder, mais à frente, tratar de outros assuntos.
Desconfianças federais
No show de teorias da conspiração que ronda o país, o episódio envolvendo o deputado Eduardo Bolsonaro e a China foi visto por muitos parlamentares como uma possível sinalização aos Estados Unidos. Algo do tipo, se a coisa apertar para os Bolsonaros por aqui, eles esperam contar com a ajuda de Donald Trump para permanecer no poder. Os equilibrados avisam: tudo o que o Brasil não precisa neste momento é de instabilidade democrática para salgar ainda mais o quadro causado pela Covid-19. A população espera que se cuide da saúde, deixando de lado o jogo rasteiro do poder e as disputas políticas com qualquer país.
Entre Eduardo e a China
O ultimato do presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, Fausto Pinato (PP-SP), publicado ontem no Blog, indica que mais um grande aliado do presidente Jair Bolsonaro está a um passo de seguir o caminho trilhado por Santos Cruz, Alexandre Frota, Joice Hasselman e outros.
Nada é para já
Pinato, entretanto, não tomará qualquer atitude mais contundente em meio a essa crise do coronavírus, com as pessoas adoecendo e a economia em frangalhos, nem tampouco a Frente Parlamentar de Agricultura. A ordem é esperar.
Por falar em esperar…
Antes da crise do coronavírus, deputados já falavam em dar um puxão de orelhas em Eduardo Bolsonaro. Agora, quando esse furacão terminar, alguma sanção virá.
..o embaixador ajusta a mira
Em seus tuítes ontem à noite, o embaixador chinês, Yang Wanming, disparou contra o deputado Eduardo Bolsonaro, a quem o governo de Xi Jinping ainda não perdoou nem ao ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Eleição por videoconferência/ Pela primeira vez em seus 30 anos de história, a Federação Brasileira de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite) fez uma assembleia e elegeu a sua diretoria por videoconferência. O uso da tecnologia em conferências, que já é uma realidade em audiências em diversos estados e poderes da República, agora vai se espraiar diante da realidade do coronavírus. O auditor fiscal de São Paulo Rodrigo Spada (foto) estará no comando da Febra no biênio 2020-2022.
Hoje tem mais #Aplausosnajanela/ Via redes sociais, a população combina um gesto de apoio aos profissionais da área de saúde. Hoje, às 20h30, vamos novamente usar as mãos para aplaudir médicos, enfermeiros, agentes de saúde que trabalham diuturnamente por todos nós. Algumas cidades começaram ontem mesmo com esse gesto que representa muito. A eles, nosso muito obrigada.
Enquanto isso, em Paris…/ Quem for às ruas sem motivo expressamente autorizado está sujeito à multa de 135 euros. Esperamos que o Brasil não chegue a esse ponto. Por isso, quem puder trabalhe de casa.