Os caciques do PSDB tanto se desrespeitaram uns aos outros que conseguiram o que ninguém queria: Emfraquecer totalmente a legenda e qualquer candidato a presidente que saia dali nesse momento. Hoje, o nome mais forte é Geraldo Alckmin, que promete sair de São Paulo muito bem posicionado, se conseguir contornar as pretensões daqueles que hoje o cercam, a fim de evitar uma rachadura tã grande quanto a que hoje assola o PSDB.
O resultado da disputa de poder interno no PSDB é que nenhum partido vai querer se acoplar a esse saco de gatos que virou o ninho tucano. Os primeiros reflexos da decisão de hoje são uma guerra sem precedentes daqui até a convenção. A não ser, óbvio, que surja um terceiro nome como salvador da lavoura. Porém, ainda que esse nome surja, em vez de focalizar a energia futura para atrair aliados e construir alianças capazes se alavancar o candidato a presidente da República nos estados, o vitorioso na convenção de 9 de dezembro terá que se dedicar a apaziguar o partido internamente.
O alento dos tucanos é que os nomes mais visíveis em campo no momento não estão com a vida ganha. Lula tem problemas a resolver na Justiça e Jair Bolsonaro entrou em rota de colisão com seu partido e começa a se aproximar do PR de Valdemar Costa Neto, que não tem um currículo lá muito recomendado para para desfilar ao lado de um pré-candidato que se diz praticar a tolerância zero no quesito corrupção, seja passiva ou ativa. O cenário de 2018, em vez de clarear, mostra-se cada vez nubladom tal e qual o céu de Brasília. Oxalá nos proteja.