Por Denise Rothenburg — Muitos petistas ficaram meio atônitos ao ver o presidente Lula chamando Jair Bolsonaro de “covardão” quando comentou a tentativa de golpe. A avaliação geral é a de que, em suas falas de governo, Lula precisa esquecer o seu antecessor, que está inelegível e não pode ser candidato em 2026. O melhor é guardar os ataques pessoais para os palanques Brasil afora, na temporada oficial de campanha. No governo, porém, é preciso dedicar discursos para falar dos programas em curso e, nos estados, mostrar o que o governo vem fazendo. Afinal, não adianta, avaliam os próprios petistas, convocar uma reunião ministerial para tratar dos projetos do governo e Lula jogar tudo por terra, falando do adversário e da tentativa de golpe.
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Em tempo: com Bolsonaro percorrendo o país em pré-campanha, a ala mais à esquerda do PT considera que não dá para o presidente Lula esquecer o ex-presidente. Afinal, alguns petistas consideram que a polarização ajudará a eleger os seus filiados tal e qual ajudou Lula em 2022.
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O timing do governo
Na reunião ministerial desta semana ficou claro que o Planalto espera uma melhoria da avaliação da gestão Lula a partir do próximo semestre. Coincidentemente, é quando o PT estará mais focado na batalha eleitoral.
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Ajuda, mas…
Não é apenas a questão eleitoral deste ano que leva o governo a agir para tentar elevar os índices de aprovação. É que, quanto melhor estiver o governo, menos os adversários do governo (e alguns aliados) vão se animar em concorrer em 2026.
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Nísia sob pressão
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, continua com todo o apoio do presidente Lula e não será por causa do choro na reunião ministerial que haverá troca de comando por ali. No governo, tem muita gente convicta de que parte das pressões sobre a ministra vêm justamente porque ela está fazendo o certo, cortando os ralos de recursos.
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Diferenças
Ronaldo Caiado e Tarcísio de Freitas foram a Israel justamente para marcar diferença em relação ao governo federal. Com os respectivos partidos detendo ministérios no governo Lula, a hora é de sedimentar a distância como oposicionistas.
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Curtidas
Vai um vinho aí?/ O deputado Eduardo Bolsonaro usou as suas redes sociais para fazer propaganda das variedades de vinho que levam o nome da família “Tem muitas variedades do vinho tinto Bolsonaro, tem rosé, da Michele. Tem para todos os gostos”, comentou, como um verdadeiro garoto-propaganda da marca.
Um tema necessário/ A decarbonização é assunto do seminário Esfera, hoje, em Brasília, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), a partir das 9h. A abertura está a cargo do vice-presidente Geraldo Alckmin (foto), do secretário de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, e do economista Luciano Coutinho. O encerramento terá os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado,
Rodrigo Pacheco.
Almoço-debate/ O Lide Brasília recebe, hoje, o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Antonio Vieira Fernandes, para uma palestra sobre habitação com empreendedores do Distrito Federal capitaneados pelo empresário Paulo Octávio. Hoje, a Caixa é quase um banco de fomento do governo federal.
Dia de São José/ Depois de José Dirceu e Jaques Wagner, em 16 de março, hoje é dia de abraçar o ex-senador José Serra, que completa 82 anos.