Pesquisa favorável aumenta pressão interna pelo auxílio emergencial

Publicado em Política

Os números do Datafolha levam os aliados do presidente Jair Bolsonaro a entoar a velha máxima do futebol para o cenário atual: Em time que está ganhando, não se mexe. No caso, eles não se referem nem à equipe de governo e sim aos programas em curso, em especial, o auxílio emergencial. A pesquisa que indicou uma recuperação da popularidade presidencial no Nordeste, onde o auxílio emergencial aumentou e muito a renda dos beneficiários do Bolsa Família. Lá, a rejeição do presidente caiu 17 pontos percentuais, de 52% para 35%. O volume dos que consideram o governo ótimo e bom subiu para 33%, seis pontos em relação a junho.

A festa da popularidade, porém, terá um preço, ou seja, o aumento do gasto público. E é aí que mora o perigo para o ministro da Economia, Paulo Guedes. Bolsonaro, por enquanto, joga nas duas frentes: Defende o teto de gastos, o ministro e diz que não é possível manter o auxílio emergencial por muito tempo. Porém, Rogério Marinho, ministro do Desenvolvimento Regional, já está a postos dizendo que é preciso manter o teto, mas sem deixar de mostrar serviço.

Para os mais observadores, não há mais dúvidas: Quanto mais o governo for aprovado pela sociedade com base em gastos ampliados, mais pressão haverá para que esse gasto continue. E, nesse sentido, o espaço de Guedes dentro do governo, vai ficar a cada dia mais apertado.