Coluna Brasília-DF
A indicação de Renato Feder para o Ministério da Educação tira mais um posto da ala ideológica, abrindo espaço para um perfil mais técnico e com experiência em ensino a distância.
O perigo é escolher um ministro do setor de educação e entregar os cargos do segundo escalão para o Centrão acomodar seus apadrinhados. Dentro do governo, há quem esteja preocupado com essa abertura.
Caberá ao novo ministro, porém, pedir ao presidente uma certa carta branca para montar a sua equipe e Jair Bolsonaro aceitar. Na Saúde, Nelson Teich, o breve, não teve essa sorte.
Centrão quer isonomia
Embora o ministro das Comunicações, Fábio Faria, deputado pelo PSD, seja escolha pessoal de Bolsonaro, tem partido do Centrão que está com ciúmes por causa da indicação de Feder para a Educação. É que o fato de ocupar a secretaria de Educação do Paraná, governado por Ratinho Júnior (PSD), é visto como mais um cargo para o partido.
Davi, o imbatível/ Avaliação dos senadores é a de que não tem para ninguém. Se Davi Alcolumbre (DEM-AP) puder ser candidato à reeleição para comandar o Senado por mais dois anos, ganha. Não de lavada, mas com alguma folga.
A retomada da reforma…/ Em live sobre a reforma tributária, o presidente da Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite), Rodrigo Spada, defendeu a necessidade de colocar a mudança nos tributos como a prioridade para o pós-pandemia da covid-19. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), calcula que esteja tudo pronto para votação a partir de agosto.
…sob novos parâmetros/ A diferença é que, agora, os estados e municípios estarão mais unidos. Em live do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), o economista José Roberto Afonso (foto) lembrou que nunca os governadores estiveram tão juntos nas discussões dos temas. Antes era guerra fiscal. Agora, a dificuldade e a falta de coordenação federal da pandemia permitiram esse diálogo, que pode ser aproveitado para a discussão da reforma tributária.
Quem vai à praia e ao shopping…/ …pode perfeitamente ir votar em outubro. Ainda não há um consenso na Câmara sobre o adiamento das eleições municipais deste ano para novembro. Em especial, neste momento em que a população começa a relaxar as medidas de distanciamento social.