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Lula teme anestesia geral que será submetido em outubro

Publicado em coluna Brasília-DF

Por Denise Rothenburg – Lula não tem medo de enfrentar os bolsonaristas numa próxima eleição, seja a municipal, seja a presidencial, porque acredita que, até lá, a direita mais ligada ao ex-presidente terá diminuído. No papel de senhor do tempo da reforma ministerial, o petista está a cada dia mais disposto a abocanhar quantos votos conseguir, seja no Congresso, com uma reforma ministerial, seja no eleitorado, com medidas que ajudem a conquistar, em especial, a classe média. Esse é o caso, por exemplo, da sanção da correção da tabela do IR e do novo salário mínimo.

Ao mesmo tempo em que exerce o cargo — e o poder — sem medo, Lula está apavorado com o fato de ter que se submeter a uma anestesia geral, necessária para a cirurgia que fará em outubro (leia detalhes no blog da Denise, no portal do Correio Braziliense). Assessores já estão avisados para não chegar ao gabinete presidencial com histórias de complicações, ou coisa que o valha, por causa de anestesias. A alguns hipocondríacos que chegam ao gabinete já foi avisado que é melhor focar no trabalho e não puxar assunto sobre qualquer tema que possa remeter à cirurgia que o presidente fará em outubro.

O lançamento de Ratinho

2026 ainda está longe, mas os partidos vão começar a colocar os nomes na rua e nas redes. O PSD tem um encontro nesta quinta-feira, em Foz do Iguaçu, para apresentar a pré-candidatura do governador Ratinho Júnior à Presidência da República.

Pode ir, eu já chego

A coordenação do evento perante a bancada está a cargo do líder Antônio Brito e do deputado Domingos Neto. Brito planeja ser presidente da Câmara e quer contar com o apoio do PT. Domingos Neto constrói uma boa relação com o Planalto. A preços de hoje, nenhum dos dois colocará todas as fichas na candidatura de Ratinho Júnior.

“Mijoias”

O périplo do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro país afora não é mais nem para conquistar filiados ao PL. É para manter o próprio ativo eleitoral, trabalhar a defesa e evitar a dispersão dos votos. Enquanto o casal tiver um eleitorado expressivo, terá abrigo político. Michelle, por exemplo, ao mencionar que vai criar uma empresa “Mijoias” e, de quebra, uma vaquinha para arrecadar dinheiro, mostrou capacidade de reação. Se consegue aglutinar, o valor a ser arrecadado dirá. Tudo está sendo acompanhado bem de perto pelo estafe do PL.

CURTIDAS

Aécio voltou…/ Do alto de quem já foi presidente da Câmara, governador de Minas Gerais e presidente do PSDB, o deputado Aécio Neves retoma aos poucos o protagonismo. Abriu a semana chamando Lula para o ringue, referindo-se ao fato de o petista ter dito que o país deve reparação à ex-presidente Dilma: “O presidente Lula impede o Brasil de superar o antagonismo raivoso que se instalou na cena política”, diz Aécio.

…e quer jogo/ Ele cita que, no governo Dilma, foram “inacreditáveis três anos consecutivos de recessão, mais de 12 milhões de desempregados, corrupção na Petrobras e fundos de pensão”, afirma, falando em “prejuízos estratosféricos” na compra da refinaria de Pasadena e empréstimos do BNDES a “ditaduras amigas”, até hoje não pagos.

Aziz na roda/ O senador Omar Aziz (foto) será o palestrante do almoço-debate O Congresso e a agenda econômica: governabilidade & crescimento econômico. O evento é promovido pelo grupo Líderes Empresariais Brasília, sob o comando do empresário Paulo Octávio. Aziz será homenageado ainda por ter ajudado o DF a manter o Fundo Constitucional fora do arcabouço.

É hoje/ Esta terça-feira tem lançamento de livro no Museu da República, às 19h. O que vi dos presidentes, obra póstuma da jornalista Cristiana Lôbo, concluído pela jornalista Diana Fernandes.