Coluna Brasília-DF
Os ventos palacianos estão mudando em relação ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Se, há alguns dias, ele foi salvo por pressão de ministros da Casa, agora não há mais essa unanimidade. Enquanto os desafetos de Mandetta dizem abertamente ao presidente “mata” ou “esfola”, outros dizem que, antes de demitir, é preciso deixar o ministro exposto aos erros e às críticas ao setor de saúde, que certamente virão. Na semana passada, por exemplo, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, declarou ao programa CB.Poder, na TV Brasília, e nas redes sociais do Correio, que alguns testes rápidos da Covid-19, enviados pelo governo federal ao DF, estavam quebrados.
O que levou à mudança de humor entre os palacianos foi a entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, no domingo à noite. A avaliação é de que, por mais que Mandetta esteja certo ao defender o isolamento, as questões devem ser resolvidas internamente e não com reprimendas ao comportamento presidencial em frente às câmeras de tevê. Nessa linha, acabou que os aliados de Mandetta estão perdendo o moral para defendê-lo.
A lupa na Eletrobras I
O Tribunal de Contas da União fará uma auditoria completa nos planos de investimento da Eletrobras para os próximos cinco anos. O pedido foi feito pelo líder do PDT no Senado, Weverton Rocha (MA). Para o senador, não faz sentido que, diante dos dados apresentados no balanço da empresa, de lucro de R$ 10,7 bilhões e nível de endividamento reduzido, integrantes da equipe econômica sigam dando declarações em defesa da privatização da estatal, sob o argumento de que não há capacidade para investir.
A lupa na Eletrobras II
O senador Weverton Rocha considera o discurso contraditório e que levará à perda de valor da companhia, com prejuízo para seu maior acionista, a União. Ele defendeu que a Eletrobras tenha participação ativa na retomada da economia. “No momento de grave crise econômica pelo qual o país passa, mais do que nunca se faz necessária a consecução de investimentos em infraestrutura, que, no caso da Eletrobras, além de gerar e transmitir energia, fomentarão a geração de emprego, renda e desenvolvimento pelo país”, diz.
“Que seja filha única de mãe solteira. Não se pode aprovar emenda constitucional em plenário virtual”
Da presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Simone Tebet (MDB-MS)
Santos em suspense
Enquanto os funcionários do Porto de Santos se entregam ao trabalho, mesmo colocando em risco a própria saúde (a atividade no porto não para), a Autoridade Portuária e o Ministério da Infraestrutura não renovaram, até agora, concessões que estão por vencer. Tal insistência, na visão dos trabalhadores, sem nenhum amparo legal, pode dizimar pelo menos dois mil empregos diretos, justamente na área de contêineres, fundamental no atual momento e, sobretudo, no esforço de retomada da economia do país.
A porta da rua…/ …É a serventia da casa. Em conversas reservadas, a turma do DEM tem dito que, se o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni (foto), quiser deixar o partido, ninguém vai tentar segurá-lo.
Assunto para maio/ Os parlamentares querem postergar ao máximo a análise de adiamento das eleições. A ordem é, se for o caso, fazer pleito em dezembro. Mas deixar para 2022 não é considerado o melhor caminho.
Marca registrada/ Pré-candidato a prefeito de Salvador, o deputado Pastor Isidório (Avante-BA) tem feito as suas falas na sessão virtual da Câmara sempre com a Bíblia em mãos, mantendo a marca registrada com a qual ficou conhecido nas sessões presenciais. Agora, ainda canta: “Não deixe o coronavírus atrapalhar a nossa nação”. Até Rodrigo Maia sorri com a cantoria do deputado baiano.
Olha a dengue aí, gente!/ Com a dispensa dos caseiros, muitas piscinas no Lago Sul têm se transformado em criatórios de mosquitos. O Lago Sul, que já é o segundo bairro de Brasília em número de casos de Covid-19, corre o risco de liderar os casos de dengue.