Efeito Dominó

Publicado em coluna Brasília-DF

A decisão do ministro Dias Toffoli de suspender a execução da condenação bilionária que a Justiça do Trabalho impôs à Petrobras põe na roda do Poder Judiciário a responsabilidade pela saúde financeira de empresas e preservação geral de empregos. Em seu despacho, o ministro afirma serem “notórios os efeitos econômicos que a implementação dessa decisão poderá acarretar aos cofres da requerente”. Daria uma despesa extra de mais de R$ 15 bilhões, valores que representam muito até mesmo no endinheirado setor do petróleo.
A área empresarial comemorou como se fosse título da Copa do Mundo. Os empresários consideram que, a partir de agora, há luz no fim do túnel no tema reclamação trabalhista. E o STF, ao que tudo indica, está mais na linha do equilíbrio financeiro do que na concessão de indenizações milionárias, no caso, bilionária.

Ficou pesado…

A briga interna entre os integrantes do
PSL de Jair Bolsonaro é sinal de que o partido começa a sentir cheiro de fumaça na candidatura, asfixiada pela ausência de alianças.

…e desmistificado

No meio político, já existe a certeza de que Bolsonaro não é o candidato preferido das Forças Armadas. Se fosse, teria um vice saído diretamente da caserna.

A maior incógnita eleitoral

Dos partidos de centro aos de esquerda há a avaliação geral de que a maior interrogação da eleição presidencial hoje é a candidatura do senador Álvaro Dias, do Podemos. No PT, por exemplo, há quem diga o seguinte: “Sem Álvaro Dias no páreo, Alckmin estará no segundo turno em agosto. Com Álvaro Dias, o tucano só terá certeza da vaga na final a partir de meados de setembro”.
A influência dos astros

O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, bem que gostaria de ter Álvaro Dias como seu candidato a vice, porém está difícil. É que, além de considerar a candidatura presidencial um desafio, o senador tem um outro motivo para permanecer no páreo: um vidente previu que ele será presidente da República. Se não for candidato, jamais saberá se a previsão estava correta.
Por falar em vice…

O presidente do PTB, Roberto Jefferson, partido que hoje faz convenção em Brasília com a presença de Alckmin, avisou ao tucano que, por ele, quem o candidato escolher para vice estará de bom tamanho.

Marcos Palmeira em cena/ Com a dificuldade em fechar alianças, a Rede de Marina Silva passou a trabalhar com o nome do ator Marcos Palmeira (foto) para candidato a vice na chapa da ex-ministra de Lula à Presidência da República.

Artistas por Lula/ O festival Lula Livre hoje nos Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro, com Gilberto Gil, Chico Buarque e outros papas do mundo da música, vem sob encomenda para mostrar que o ex-presidente consegue mobilizar a população em prol da sua liberdade. Até aqui, o PT tentou sem artistas e o resultado ficou aquém do esperado.

Eleitor arredio/ A contar pela pesquisa Idea Big Data divulgada ontem, o cidadão que não lida com o dia a dia da política só vai tratar da eleição quando começar o horário eleitoral: na pesquisa espontânea, 21% dos entrevistados declaram voto branco ou nulo e 43% ainda não sabem em quem votar. No cenário sem Lula, Bolsonaro lidera. E ambos são os mais rejeitados pelo eleitorado.

Temas eleitorais/ Saúde e combate à corrupção são os temas mais citados pelos eleitores como importantes para discussão na campanha eleitoral. Ou seja, quem fizer qualquer menção em “estancar a sangria” terá problemas.