E o PT vai pagar para ver e transferir

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Uma reunião do PT hoje em São Paulo reafirmou a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a um novo mandato presidencial. Ou seja, não tem essa de buscar um novo candidato a toque de caixa. O encontro do partido contou com a presença de todas as frentes em que o PT atuará no sentido de garantir a candidatura de seu maior líder. O ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão, ao que tudo indica, ajudará a cuidar da defesa nessa nova fase, de evitar a execução da sentença tão logo termine o período dos embargos de declaração dentro do TRF-4. Enquanto isso, o representante da central dos movimentos populares em São Paulo, Raimundo Bonfim, falava em rebelião e desobediência civil.

Na área penal, o PT seguirá os conselhos de Eugênio Aragão, que fez carreira no Ministério Público. Porém, as palavras de Raimundo Bonfim não ecoam entre todas as alas do Partido dos Trabalhadores. Os petistas sabem que não dá e nem querem seguir no caminho proposto por Bonfim. O partido tentará criar um movimento nas ruas para arregimentar os seus e levar Lula no papel de candidato até quando for possível. Mas não pretende __ e considera que nem pode __ se embrenhar na desobediência civil.

A estratégia de seguir com Lula é porque, no momento, o partido não enxerga alternativa. Lula deixou claro que deseja ser candidato. E seguirá nessa batida para tentar agregar votos no papel de vítima e, depois de reunir esses votos, jogará na transferência desses eleitores para o nome que o PT escolher. O tempo de Lula na linha de frente será ainda aproveitado para verificar quem tem mais condições de agregar, seja o governador da Bahia Jaques Wagner, seja o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.