Deixa quieto

Publicado em coluna Brasília-DF

Aliados do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, tentaram fazer correr um manifesto de apoio entre os deputados que estariam dispostos a fazer campanha para o ex-capitão em seus estados. A ideia era apresentar algo desse tipo na convenção do partido para mostrar que ele tinha apoio. Não conseguiram juntar sequer um terço dos 110 que ele diz ter. Alguns pediram que isso ficasse para um segundo turno, caso o candidato esteja na final.
Em tempo: é bom os candidatos a presidente não esperarem muito pela ajuda dos deputados. Agora, estão todos voltados ao pragmatismo de cuidar da própria eleição. Depois, no segundo turno, só quem estiver com o governo estadual a perigo é que vai se mexer para fazer campanha.

Redução à frente
Se tem um espaço onde a bancada feminina passará aperto é no Senado. Das 13 senadoras que exercem o cargo, cinco têm mais quatro anos de mandato. Das oito restantes, duas não tentarão a reeleição: Gleisi Hoffmann, do PT, e Lídice de Mata, do PSB, que saiu da chapa do governador Rui Costa (PT).

DEM marca data…
Antes da convenção que selará o apoio a Geraldo Alckmin, o DEM reunirá a Comissão Executiva Nacional nesta quarta-feira, para o que a direção partidária está chamando de “nivelamento de informação”. A ordem é obter logo o aval das bancadas da Câmara e do Senado para evitar surpresas mais adiante.

…e lança empreendimento “na planta”
A mesma reunião deverá ainda sacramentar a saída de Rodrigo Maia da corrida presidencial. Afinal, ele entrou na disputa com uma festa no auditório Nereu Ramos, da Câmara, e não dá para sair à francesa. Alguns mais animados dizem que será a hora de aproveitar para dizer que Maia é o candidato do partido a presidente da Câmara no ano
que vem. Nesse caso, só tem um probleminha: Combinar com o eleitor do Rio de Janeiro, em outubro, e com os demais parlamentares em fevereiro do ano que vem.

Campanhas descoladas
A demora em organizar os palanques nacionais fará com que praticamente todos os partidos cheguem à campanha com seus apoiadores misturados nos estados, e não há mais tempo para buscar alianças simétricas e verticalizadas. Na Paraíba, por exemplo, o DEM estará com o PSB, do atual governador Ricardo Coutinho, que torcia por um apoio dos socialistas ao PT.

Toffoli, o discreto/ Estes dias de Dias Toffoli no comando do Supremo Tribunal Federal serão muito diferentes do plantão de Rogério Favreto no TRF-4. Conforme antecipou a coluna há mais de um mês, a tendência é ele não se expor com decisões polêmicas na interinidade.

Sai Gleisi, entra Dilma/ O PT não está achando muito ruim as dificuldades eleitorais das senadoras. É que o partido considera favas contadas a eleição de Dilma Rousseff em Minas Gerais.

Democracia cristã/ José Maria Eymael (foto), que era PDC e agora é DC, está de volta. No fim de semana, em Manaus, ele lançou a pré-candidatura a presidente ao lado de três políticos que já têm presidenciáveis. Eduardo Braga (MDB), Alfredo Nascimento (PR) e o governador Amazonino Mendes (PDT).

Nem tô/ Ali, Braga cuidará da própria campanha à reeleição, sem dar a menor atenção a Henrique Meirelles. Alfredo Nascimento, do PR, fará o mesmo em relação a Geraldo Alckmin.