Coluna Brasília-DF
Depois da conquista do Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas), o Centrão de partidos como o Progressistas (PP) e o Republicanos (PR) vai jogar a fim de ver se consegue, pelo menos, um naco forte do Ministério da Saúde. Não por acaso, o atual secretário-executivo da pasta, Eduardo Pazuello, nomeou uma série de militares para cargos na pasta. É a forma de tentar evitar que os políticos terminem emplacando seus apadrinhados.
Entre os deputados do Centrão, entretanto, prevalece a avaliação de que Teich ainda não disse a que veio. Para completar, com o número de casos e mortes em crescimento, o confronto com Bolsonaro não tarda, porque o ministro tem apoiado a maioria das atitudes dos governadores estaduais, de apertar as medidas de isolamento social onde a situação é de colapso do sistema de saúde.
A jogada de Moro
O ex-ministro da Justiça Sergio Moro preferiu evitar caracterizar a ação do presidente Jair Bolsonaro como um crime porque, se o fizesse, poderia ser acusado de prevaricação. Afinal, era autoridade e teria conhecimento de algo ilegal dentro do governo.
Cada um lê como lhe agrada
O depoimento de Moro, aliás, permite qualquer discurso. Os defensores do presidente afirmam que não comprova a interferência na Polícia Federal. Já os opositores dizem que é caso para impeachment, porque Bolsonaro queria mandar na superintendência da PF no Rio. Avaliação de um expert da política: enquanto estiver nesse nível, Bolsonaro está salvo.
O teste deles
Bolsonaro terá uma prova da fidelidade do grupo, que fará tudo o que estiver ao alcance para evitar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigue as denúncias do ex-ministro da Justiça Sergio Moro. Para um presidente que se encontra em desgaste político perante o eleitorado, já é meio caminho.
O teste dele
O governo, entretanto, tem colocado outro teste na roda: o fim da CPMI das Fake News. Ao CB.Poder, por exemplo, o líder no Senado, Eduardo Gomes (MDB-TO), afirmou que a comissão não foi prorrogada automaticamente e que aguarda a resposta da Mesa Diretora a respeito.
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Hidroxicloroquina…/ Ciente da escassez de hidroxicloroquina no mercado brasileiro, a Fundação Ana Lima fez uma doação limitada do medicamento para as operadoras do Sistema Hapvida. Assim, desde terça-feira, o sistema disponibiliza a medicação gratuitamente para os pacientes com prescrição médica para uso em casa. A novidade permite a realização do tratamento com as dosagens indicadas pelo médico nas próprias residências.
… para tratamento em casa/ Ou seja, o uso não se dá mais apenas para quem está entubado, hospitalizado. “A percepção clínica de nossos médicos é de que o uso da hidroxicloroquina, em associação com outras drogas, na fase inicial da doença, tem sido um elemento essencial para evitar a gravidade da covid-19 em nossos pacientes”, explica o presidente da Hapvida, Jorge Pinheiro.
Salários, a próxima crise/ A sessão da Câmara da última terça-feira estava quase no fim quando o presidente da Casa, Rodrigo Maia, que ainda ouvia propostas de alguns parlamentares, saiu-se com esta: “Vamos parar com essas ideias (de tirar mais categorias do congelamento de salários) porque, senão, vamos escancarar a divisão entre o Planalto e a equipe econômica”.
Depois da Cultura…/ A frase de Maia soou para muitos como um sinal de que as divergências de projeto entre Bolsonaro e Paulo Guedes não estão totalmente sanadas. Porém, dado o volume de confusões que o presidente coleciona com suas falas, essa crise ainda demora algum tempo em banho-maria.
#EuNãoMeCalo/ “Sem imprensa livre, não há liberdade de expressão e de informação. Sem imprensa livre não há democracia”, do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli.
Colaborou Renato Souza