Categoria: Política
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, terá que decidir no escuro se fica no PSDB ou se busca outro partido para concorrer à Presidência da República. É que existe um grupo disposto a fazer as prévias para a escolha do candidato a presidente da República apenas seis meses antes da data de registro das candidaturas junto ao TSE, ou seja, quando já estará vencido o praz\o para troca de partido. O prazo de filiação partidária para quem deseja concorrer a mandato eletivo é de um ano, mas, em alguns casos, seis meses. Alckmin queria a prévia já em meados do ano que vem. Não vai rolar.
Rodrigo e o STF I
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara se prepara para dar ao presidente da Casa, Rodrigo Maia, o direito de concorrer a um mandato de dois anos, subsequente ao breve período que ele exerce agora. O problema é o Supremo Tribunal Federal, encarregado de analisar a liminar do Solidariedade contra a candidatura. E o STF só volta a funcionar a pleno vapor em fevereiro, simultaneamente à eleição no plenário da Câmara.
Rodrigo e o STF II
Alguns aliados de Rodrigo ponderam que, mesmo com uma liminar a favor da candidatura, será muito difícil levar a campanha por um instrumento jurídico que pode ser derrubado. Esse tema é que vai pautar os rodriguistas esta semana.
Reação fatiada
Diante da megadelação da Odebrecht, o governo decidiu que sua reação a ela será ao estilo “cada dia com a sua aflição”. Isso porque, em reunião interna no Planalto, concluiu-se que essa é melhor fórmula para permitir que o presidente tenha sempre alguém sujeito ao sacrifício para preservar o todo.
Pesque -pague
Fisgado na Operação Timóteo, Alberto Jatene não precisava de muito esforço para saber como andava a situação de cada cidadezinha paraense. Ele trabalhava justamente como assessor do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas dos Municípios do Pará, estado governado por seu pai. Há, no Ministério Público, quem considere que essa posição dava a Beto uma espécie de pescaria garantida.
Santo de casa
O pacote anunciado pelo governo para estimular a economia poderia ser mais ambicioso, avalia o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos. “Quanto ao aspecto de crédito, é preciso criar condições facilitadas para que as micro e pequenas empresas tenham acesso ao capital de giro nos bancos de varejo”, diz ele, sugerindo a regulamentação da Empresa Simples de Crédito, considerada uma forma simples de emprestar dinheiro com menos burocracia.
Calma, meu rei!/ O presidente Michel Temer quer o deputado Antonio Imbassahy (BA) na Secretaria de Governo quando conseguir acalmar o Centrão.
Por falar em Centrão…/ No bloco, a disputa pela presidência da Câmara virou uma gangorra. Até a semana passada, Jovair Arantes estava na crista da onda. Agora, quem subiu foi Aguinaldo Ribeiro, líder do PP. A largada oficial da campanha será em 5 de janeiro.
Há quatro anos…/ Quem tiver a curiosidade de fazer pesquisas no site do PSDB encontrará uma foto (abaixo) de 21 de novembro de 2012, quando o então líder do partido na Câmara, Bruno Araújo, hoje ministro das Cidades, homenageou o então vice-presidente de Relações Políticas e Institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho.
…A turma da Odebrecht reinava/ Bruno Araújo aparece entregando a Melo a Ordem do Mérito Legislativo. Para completar, definiu o executivo como um homem que rompeu fronteiras. “Ele ajudou a impulsionar um momento novo no Brasil levando uma grande empresa nacional a fazer importantes operações fora do país”, disse Bruno, à época.
O presidente do Senado,Renan Calheiros, está reunido com os líderes para definir a pauta de hoje. Dois senadores já me disseram que está em curso uma tentativa de colocar em pauta a lei do abuso de autoridade. Renan está convicto de que, se não for feito este ano, não haverá mais condições. Já são quase duas horas de conversa. Pela demora, as resistências são tão grandes quanto a vontade do presidente do Senado.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, conduziu a aprovação da PEC do teto de gastos, fez o balanço dos projetos apreciados esse ano e entrou no modo “é hora de dar tchau”. Porém, antes de se despedir de vez, marcou sessão ordinária para daqui a pouco. É aí que mora o perigo de tentar votar a lei do abuso de autoridade.
Na terça-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros, mandou dizer que não aceitaria o afastamento do cargo até que o pleno do Supremo Tribunal Federal decidisse seu destino. Paralelamente, o governo passou a trabalhar para preservá-lo no posto. As duas ações deflagraram a formação da trilha de pólvora que levou ao bombástico vazamento agora à noite da delação preliminar dos executivos da Odebrecht, especialmente, a de Cláudio Melo, responsável pelo setor de Relações Institucionais da empresa. Nos bastidores do Ministério Público, estava dada a senha para mostrar ao país e, no horário nobre, o material que a força-tarefa tem em mãos para, a partir de agora, debulhar junto com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki. Os executivos prometem detalhar a distribuição de dinheiro aos políticos, que, segundo o Jornal Nacional, era feita para garantir a atuação deles em projetos de interesse da empresa. No Senado, mencionou o JN, o delator teria citado nesta ordem: Romero Jucá, Renan Calheiros, apelidado de “Justiça”, e Eunício Oliveira. Na Câmara, o núcleo era formado por Eliseu Padilha, Moreira Franco e Michel Temer com atuação “discreta”.
O governo foi pego de surpresa. Temer soltou nota, repudiando de forma “veemente” as acusações. Moreira Franco idem: “É mentira. Reitero que jamais falei de política ou de recursos para o PMDB com o senhor Cláudio Melo Filho”, disse. O mesmo fizeram os demais citados, muitos deles atônitos.
Ao que se verifica, o país a partir de agora entrará num período de desgaste politico profundo, uma vez que não há prazo para que a delação seja destrinchada. O certo, num país interessado em passar tudo a limpo, seria o Judiciário cancelar o seu recesso e trabalhar para dar celeridade às apurações, a fim de colocar tudo às claras na maior brevidade possível. Afinal, o que não falta pela frente é serviço.
As primeiras horas desta manhã depois de uma noite de conversas, reduziu a raiva que alguns ministros do Supremo ficaram ontem, quanto Renan descumpriu a decisão judicial __, ainda que fosse apenas uma manifestação monocrática do ministro Marco Aurélio Mello. Assim, a perspectiva de dar uma lição a Renan, afastando-o do cargo, promete ser substituída por um afastamento apenas da função de integrante da linha sucessória da Presidência da República. A ideia é a de que, considerando o pouco tempo que falta para Renan deixar a presidência da Casa, em 1 de fevereiro, seria possível permitir que ele termine esse período, desde que fique explícito que o senador não pode assumir a Presidência da República. Logo, por ser réu, Renan, se instado a assumir o comando do país, teria que repassar essa função para o próximo, ou, seja o presidente do Supremo Tribunal Federal, atualmente capitaneado pela ministra Cármem Lúcia.
A solução, se confirmada, desmoraliza as instituições brasileiras um pouquinho mais. Passa ao cidadão comum a ideia de que qualquer um pode dizer ao oficial de Justiça que não precisa atender monocrática de um juiz. Porém, numa visão macro da crise brasileira, com a economia frágil e precisando de votações urgentes no Congresso, em especial, no Senado, permite a retomada da agenda, sem os sobressaltos de deixar o Senado comandado por um PT indisposto a seguir o cronograma fixado para votar a PEC de gastos. Esse acerto, dizem alguns, inclui Renan segurar as suas ironias e não tripudiar mais em cima do Judiciário nesses dias que restam, sob pena de retomar o agravamento da crise entre os Poderes. Resta saber se o indomável senador, presidente do Senado, e, nessa condição,ainda que o presidente do Senado seja integrante da linha sucessória da Presidência da República, Renan ficaria fora. É a crise transformada num suco de Jabuticaba velho jeitinho brasileiro.
O afastamento do presidente do Senado, Renan Calheiros, depois da prisão do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e do impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, são ingredientes para fechar 2016 com chave de fel, ainda que não venha mais nada daqui para frente. Isso sem contar a sucessão de ministros que caíram ao longo do ano, suspeitos de irregularidades. Chegamos ao fundo do poço? Não. Ainda tem o listão da Odebrecht pra debulhar.
Baixar essa poeira na política não será fácil. O primeiro passo é esperar o desfecho da crise que envolve o presidente do Senado, Renan Calheiros. Conforme antecipado aqui ontem, Renan vai recorrer. E esse recurso, se analisado ainda este ano, tende a repor Renan na cadeira de presidente do Senado. O pior que poderia acontecer se Renan continuasse presidente da Casa, passou. O tal projeto que estabelecia o abuso de autoridade tinha votação prevista para hoje. Não será mais votado. Nem hoje, nem nos próximos dias de 2016. Sob pena de se agravar a crise e chegarmos à guerra entre os Poderes. Renan jogou alto, contra o Judiciário, e perdeu. Dificilmente, a Casa se fechará em sua defesa, por causa dos processos que ele enfrenta e do que vem pela frente, dado o desconhecimento que ainda se tem de tudo o que está sob apuração.
O fato de Jorge Viana, o presidente em exercício do Senado, entrar na Casa mais cedo ao lado de Renan foi um gesto visto como um apoio do PT às desventuras do presidente afastado. A ordem no Parlamento será esperar a apreciação do recurso encaminhado ao STF. Ocorre que o país tem pressa. Enquanto os políticos travam sua guerra contra o Judiciário, a frágil economia perde mais alguns dias para se recuperar. No Rio, a frente da Assembléia Legislativa virou uma praça de guerra, numa revolta daqueles que assistiram ao desfile de gastança do hoje detento Sérgio Cabral enquanto as contas do Estado ficavam cada vez mais comprometidas. A manifestação agora no Rio é um termômetro do que vivemos.
No Palácio do Planalto, a reforma da Previdência entra em cena e já não era sem tempo. É o governo, embora frágil, tentando fazer a sua parte no que se refere a contas públicas. Ocorre que para discuti-la é preciso serenidade e dedicação. Algo que, no momento, falta ao Congresso Nacional, mais preocupado com a própria pele. Há quem proponha antecipação das eleições de 2018. Se continuarmos nessa toada de 2016 em 2017, será a única saída. E vamos em frente, que o dia está apenas no meio…
Tudo o que o Palácio do Planalto queria na semana que vem era aprovar a proposta de emenda constitucional do teto de gastos sob o comando de Renan Calheiros. Agora, diante da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Melo essa possibilidade é remota. Quem assume a Presidência do Senado é Jorge Viana (PT-AC), primeiro vice-presidente da Casa. A base do governo já correu para dizer que há o compromisso dos senadores em aprovar o teto de gastos __ uma forma de evitar que o mercado fique muito nervoso amanhã cedo.
Renan brincou com a própria sorte ao tentar impor a votação do abuso de autoridade para esta terça-feira, depois do espetáculo da semana passada, quando colocou para votar um pedido de urgência para apreciar a proposta votada na Câmara que incluiu o abuso de autoridade entre as medidas de combate à corrução. O pedido de urgência foi rejeitado, mas Renan ficou marcado como alguém que defendia um pé no acelerador. Foi essa manobra e a intenção anunciada de Renan de pautar uma lei de abuso de autoridade para amanhã que levaram a Rede Sustentabilidade a pedir o afastamento de Renan, concedida em caráter liminar pelo ministro Marco Aurélio. Agora, com um recurso de Renan, o assunto deve ir para o pleno.
Marco Aurélio considerou que quem é réu não pode estar na linha sucessória da Presidência da República. Embora essa matéria ainda não tenha sido apreciada em definitivo pelo STF, sabe-se que seis ministros, número expressivo, já manifestaram seu voto contrário à permanência de réus em processos judiciais na linha sucessória da presidência da República. Ou seja, a semana, que havia começado morna com “só” mais uma fase da Lava Jato, agora ferve. Vejamos os próximos episódios.
Os políticos não tiveram tempo de digerir o recado das manifestações de ontem, quando a tônica foi o combate à corrupção e o “fora Renan”. Logo cedo, lá estava a Policia Federal batendo à porta do ex-presidente da Câmara Marco Maia (PT-RS) e do ex-senador Vital do Rego (PMDB-PB), hoje ministro do Tribunal de Contas da União. Eles são suspeitos de terem recebido vantagens indevidas por proteger agentes públicos e privados na CPI da Petrobras. A ação tende a aumentar a pressão interna no Parlamento para aprovação da lei do abuso de autoridade, enquanto o recado das ruas foi justamente o inverso: Deixem a Lava Jato trabalhar.
A operação Lava Jato só termina no ano que vem e tem agora que desdobrar a colaboração premiada da Odebrecht. Conforme bem lembrou a coluna Brasília-DF no domingo, essa delação dos executivos transborda o Petrolão e se espalha ao setor elétrico e grandes obras do governo federal e estaduais, especialmente, no Rio de Janeiro. Ao colocar um holofote ali, as investigações devem comprometer ainda mais o ex-governador Sérgio Cabral e puxar outros personagens. A tendência dos parlamentares envolvidos, ou mesmo com medo, é agir como aquele sujeito que está se afogando: Se debater, puxando para baixo os colegas. Daí, a tentativa de alguns senadores na semana passada, de dar urgência à proposta de abuso de autoridade aprovada na Câmara __ algo que acabou rejeitado por ampla maioria.
A batalha campal
Nesta terça-feira, o clima no plenário do Senado não estará diferente. Um grupo capitaneado por Renan Calheiros tentará votar o projeto de abuso de autoridade, uma proposta que ninguém conseguiu analisar direito porque o relatório do senador Roberto Requião ainda não foi distribuído. Será a mesma batalha da semana passada num plenário que deverá apreciar ainda o fim da reeleição.
E a economia, hein?
A reunião do presidente Michel Temer no fim de semana com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, funcionou como um recado aos mais impacientes com a lentidão da recuperação econômica: Não adianta bater no ministro, porque o presidente não irá substituí-lo. Mexer na equipe agora será catastrófico,dizem autoridades do governo, uma vez que nem as primeiras medidas geradas pelo governo tiveram sua tramitação concluída no Congresso. A PEC do Teto de gastos, por exemplo, ainda precisa ser votada em segundo turno no Senado, o que está previsto para a próxima semana. A reforma da Previdência sequer foi enviada. O governo pretendia esperar essa última votação para enviar ao Congresso a reforma da Previdência. Mas, como o mercado tem pressa, a reforma previdenciária deve chegar ao Congresso esta sexta-feira.
É pra já!
O mercado espera medidas mais urgentes que possam dar um novo fôlego à economia, em especial, um respiro à produção e aos salários, de forma a reduzir o aperto das famílias e da índústria. Até aqui, todas as medidas do governo foram no sentido de conter os gastos públicos. A taxa de juro caiu pouco, os bancos continuam com seus lucros enquanto vem por aí a reforma da Previdência. Há quem defenda que o momento é de dividir a conta do déficit com todos, sob pena de o governo perder apoios e terminar transformando o “fora Renan” num “fora Temer”, hoje restrito aos movimentos que lutaram contra o impeachment de Dilma Rousseff. A ordem no governo é aproveitar janeiro para reorganizar o jogo a fim de entrar fevereiro com mais musculatura para a reforma previdenciária. Renan Calheiros tem apenas mais dois meses de mandato, na prática, duas semanas. O governo torce para que, nesse desespero para não se afogar, ele não puxe todos para o redemoinho da Lava Jato com medidas que denotem desespero. O momento exige calma e muito trabalho. Resta saber se, com a Lava jato batendo à porta, os políticos terão serenidade para isso.
Ao receber ontem cinco senadores que foram alertar para a necessidade de medidas econômicas de curto prazo, o presidente Michel Temer deu sinal verde para que eles conversem com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, na próxima semana a fim de tratar desse tema. Do PSDB, estavam José Aníbal (SP), Ricardo Ferraço (ES) e Tasso Jereissati (CE). Do PPS, Cristovam Buarque (DF). Do PTB, Armando Monteiro Neto (PE), ex-ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio do governo Dilma e ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), hoje relator dos projetos relacionados a dívidas dos estados. No encontro, publicado hoje pela coluna Brasília-DF, na edição impressa do Correio Braziliense (leia post abaixo), os senadores fizeram um relato das preocupações do grupo que sempre se reúne informalmente, pelo menos uma vez por semana, para avaliar o cenário econômico e politico.
A avaliação deles, conforme informou a coluna, é a de que a fixação de um teto de gastos e a reforma previdenciária, um texto que deve seguir na semana que vem para o Congresso, não são suficientes para destravar a economia. Além disso, os indicadores do momento, como a retração do PIB do terceiro trimestre em 0,8%, ainda não apontam um caminho seguro no futuro. Para completar, Meirelles tem jogado um balde de água fria quando destaca que os sinais de recuperação virão apenas no segundo semestre de 2017. O diagnóstico do grupo é o de que é preciso que venha algo mais imediato, capaz de aliviar a produção e os salários, leia-se o trabalhador de carteira assinada, considerados os segmentos mais tributados do país, enquanto o lucro, em especial, do setor bancário paga menos e cobra juros altos a uma classe média que segue endividada, sem condições de auxiliar no aquecimento da economia.
Temer mais ouviu do que falou, mas deu sinais de que o governo não está parado e que novas medidas virão. Na semana que vem, os senadores vão se reunir com Meirelles para levar propostas e discutir alternativas. A ideia é agir já, não esperar a chegada do próximo ano. Sinal de que, nos próximos dias, os olhos do presidente estarão voltados a essas medidas.
A cada movimento brusco do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ele perde um pouco mais o verniz. Hoje, vira réu no Supremo Tribunal Federal. Não significa que seja culpado, mas é acusado de desvio de dinheiro proveniente da verba indenizatória do Senado, um processo que, ao que tudo indica, tem tirado a serenidade do senador. Nos últimos dias, ele tem abusado da ironia, chamando inclusive o relator das dez medidas de combate à corrupção na Câmara, Onyx Lorenzoni, como o que “parece nome de chuveiro” (na verdade, o chuveiro tem outro nome). Ontem, colocou o projeto das dez medidas em pauta sem combinar nem com o próprio partido, uma vez que o líder peemedebista Eunício Oliveira jura não ter assinado o pedido de urgência para votar a proposta que Renan mencionou como apoiada pelo PMDB. Para completar, o consultor legislativo Fabiano Silveira esteve ontem no Supremo Tribunal Federal conversando sobre a denúncia contra o senador, algo que não está diretamente relacionado com a Casa e foge às atribuições da consultoria. Silveira foi ministro de Michel Temer e saiu logo no início quando surgiram as gravações de Sérgio Machado e ele estava numa reunião que ficou famosa por dar a entender que tratava de formas para impor limites à Lava Jato.
Os senadores mencionam que haverá uma “guerra campal” em torno do projeto que institui mudanças na lei do abuso de autoridade. Renan insiste em pautar a matéria para a próxima semana, embora o relatório do senador Roberto Requião ainda não tenha sido apresentado e haver um grupo de senadores defendendo o adiamento. Considerado o número um do seleto grupo de políticos tarimbados na Casa, Renan tem errado aos olhos de quem o conhece bem. E, se brincar, terminará, dizem alguns, vítima do próprio projeto que defende.

