Categoria: Política
Ninguém do núcleo duro do governo federal está entre os 50 parlamentares com mais alcance e engajamento nas redes sociais, segundo estudo inédito feito pelo instituto FSB Pesquisa. O mais bem colocado da tropa de choque temerista é o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), em 87• no ranking do Congresso. O líder do FSB Influência é o senador Lindbergh Faria (PT-RJ) A FSB divulgará os detalhes nesta terça-feira.
O estudo dá o tom do que vem por aí na campanha eleitoral de 2018, quando a maioria dos parlamentares estará na disputa, seja pela reeleição, seja em busca de um cargo majoritário. Há um consenso entre os analistas sobre o aumento da importância das redes no próximo ano eleitoral. Com o dinheiro curto para as campanhas e o período restrito na tevê, é na internet que a mensagem do parlamentar terá mais alcance.
Porém, avisam isxespecialistaz, não dá para quem é meio alheio às redes banhar influência do dia para à noite, é preciso construir essa relação com seguidores. Quem demorar muito s ingressar nesse mundo virtual, terá mais dificuldades de levar a mensagem ao eleitor. E, a levar em conta o resultado do estudo da FSB, a base do governo já está em desvantagem na largada dessa corrida.
A decretação hoje da prisão preventiva do ex-presidente do Banco do Brasil Aldemir Bendine e do empresário André Gustavo Vieira deixa o grupo do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) em estado de alerta. André Gustavo Quem conhece André Gustavo garante que o dono da Arcos Propaganda não terá a mesma fleuma de Marcos Valério, que aguentou anos de cadeia e só partiu para a delação anos depois. André Gustavo está mais para João Santana e Mônica Moura, que falaram logo. Se o marqueteiro optar por uma delação e confirmar tudo o que foi dito por Ricardo Saud, da JBS, Fernando Bezerra Coelho será chamado a explicar se recebeu R$ 2 milhões em dinheiro vivo. Não será o primeiro politico a ter que se explicar por caixa dois. Porém, um politico nessa condição a menos de um ano da abertura da campanha eleitoral é um incômodo para ninguém botar defeito.
Embora tenha sido ministro de Dilma Rousseff, Fernando Bezerra Coelho integra hoje a ala do partido mais próxima do presidente Michel Temer. É pai do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, que tem sido muito elogiado pelo setor. Já receberam inclusive para ingressar no DEM do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, caso o clima no PSB fique insustentável. Rodrigo Maia fez questão de ir ao casamento do irmão do ministro em Pernambuco.
Hoje, todo o grupo do senador está com problemas na direção partidária, que já recomendou o voto a favor da denúncia contra o presidente Michel Temer. Fala-se inclusive na criação de um novo partido, que abrigaria no futuro o DEM, os dissidentes do PSB e, ainda, uma parcela do PSD. Esse movimento só ganhará corpo, entretanto, depois das eleições, uma vez que revolucionar os arranjos partidários a praticamente um ano das eleições não é considerado um caminho seguro, por causa das alianças regionais. Primeiro, cada um cuidará de si onde está para, depois, pensar num projeto partidário com os sobreviventes das urnas.
Enquanto o deputado Sílvio Costa (PSC-PE) está mais rouco do que é de tanto gravar vídeos pedindo aos deputados que não registrem presença na quarta-feira, o governo faz de tudo para levar os oposicionistas a uma posição inversa. Nesse jogo, a tropa de choque do presidente Michel Temer está decidida a provocar os petistas até que eles não suportem mais e corram aos microfones do plenário. Só tem um probleminha: para falar na sessão é preciso registrar presença. Logo, quem cair à tentação de dar o troco aos governistas vai ajudar no quorum para que o presidente da Casa, Rodrigo Maia, comece a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer.
Em suas conversas mais reservadas, os aliados de Michel Temer consideram uma jogada de mestre a estratégia de atribuir à oposição a obrigatoriedade de garantir o quórum para a votação de 2 de agosto sobre a denúncia envolvendo o presidente em investigação de corrupção passiva. Isso significa que todos aqueles interessados em votar a favor do pedido do Ministério Público terão que registrar presença logo, para não deixar dúvidas da posição de que não jogam para postergar a decisão da Câmara, ainda que o placar final não lhes seja favorável.
Prata da casa
Cacá Diegues, um ícone do cinema brasileiro, foi para lá de festejado na posse do novo ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão. Ao lado dele, estava sentado um produtor de Brasília Christian de Castro, irmão do cineasta Erik de Castro. Christian está para lá de cotado para comandar a Ancine.
Vem mais
O outro evento no Planalto foi a transformação do Departamento Nacional de Produção Mineral em agência. O mesmo será feito com a Embratur, de forma a permitir que a instituição possa captar recursos para promoção do Brasil no exterior. Antes, porém, virá a abertura de capital das empresas aéreas.
Por falar em Embratur…
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Wellington Moreira Franco, aproveitou um rápido encontro com o presidente da Embratur, Vinícius Lummertz, no corredor do Planalto, e foi direto: “Vamos montar um projeto conjunto para o Rio de Janeiro”. Explica-se: o Rio é considerado o cartão-postal do Brasil. Esse problema da violência por lá prejudica não só a cidade, como a imagem do país no exterior. O projeto, dizem as autoridades, “é para ontem!”.
É matar ou morrer
Dentro da base governista, todos os movimentos para postergar a votação da denúncia foram abandonados. “Foi tudo marcado com 20 dias de antecedência, o país está esperando. Não há justificativa para não votar”, diz o líder do PMDB, Baleia Rossi.
Fica esperto, Rodrigo!
Ok, que o DEM do Rio, capitaneado por Rodrigo Maia, espera contar com o apoio do PMDB para concorrer ao governo estadual. Só tem um probleminha. Até aqui, os peemedebistas não admitem abrir mão da disputa. O nome hoje é Eduardo Paes mesmo se “não der praia”. É que o partido precisa se reinventar por lá e tirar a imagem de presidiário e corrupto criada pelo ex-governador Sérgio Cabral.
Habeas Corpus preventivo/ Na conversa com Geraldo Alckmin, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, foi logo dizendo: “Prometo que, se eu assumir a presidência da República interinamente, não serei candidato à reeleição”. Eis que Alckmin respondeu: “Claro, claro…”
Ahã…/ Essa parte do diálogo entre Alckmin e Rodrigo Maia foi traduzida assim: “Ok, Maia, você finge que me engana e eu finjo que acredito”.
Na alegria e na tristeza/ Se tem algo que o ex-presidente José Sarney (foto) não faz é abandonar os amigos. Ele fez questão de ligar para Lula a fim de lhe prestar solidariedade pelos problemas com a Justiça.
Namoro ou amizade?/ O ministro da Educação, Mendonça Filho, resumiu assim a conversa do seu partido com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin: “O momento atual não é de fazer casamento com ninguém. É só para ficar flertando”.
Maíza Santos
A senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), foi hostilizada durante o voo 6077, da Avianca, de Brasília para São Paulo. Enquanto os passageiros se preparavam para descer da aeronave, um homem que se disse advogado dirigiu impropérios à senadora. Exaltado, acusou o PT de acabar com o país e xingou Gleisi. A senadora respondeu pedindo respeito.
Incomodados, outros passageiros intercederam, dando início a uma discussão acalorada. “Que o PT acabou com o país é verdade, mas não é o momento para isso, o brasileiro não tem educação”, comentou um passageiro. “Eu sou cidadão, advogado, pago meus impostos”, continuou o homem que acusava a senadora.
Na saída do avião, Gleisi pediu para falar com o comandante e apontou o responsável pelos insultos. “Eu acho que esse tipo de coisa não pode acontecer”, disse. Os funcionários acalmaram pedindo que
Gleisi é o advogado desembarcassem separadamente, em ônibus diferentes.
Gleisi foi a São Paulo cuidar de assuntos partidários e participar do velório de Marco Aurélio Garcia, ex-assessor internacional de Lula e de Dilma Rousseff no Planalto. Marco Aurélio morreu hoje, vítima de infarto.
O encontro entre o presidente Michel Temer e a deputada Cristiane Brasil foi para dizer que, na hipótese de o PSDB decidir deixar o governo, ela será chamada oara o primeiro escalão. É que, para o Ministério da Cultura, o presidente optou por Sérgio Sá Leitão, jornalista, escritor, chefe de gabinete de Gilberto Gil e secretário de políticas culturais do Minc.
Sérgio Sá estava cotado para a Ancine, em maio, quando da saída de Roberto Freire do cargo. Na época, conforme divulgado com exclusividade pelo blog, o então ministro interino da Cultura, João Batista de Andrade, bateu o oé e diss que não nomearia Sá Leitão para o comando da Ancine.
A escolha de Sá Leitao contou com as bênçãos do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. O deputado do DEM e Temer nunca foram tão cheios de amor um com o outro. O novo ministro nao pode ser considerado, entretanto, uma indicação do DEM. Mas é apontado como um nome que conta com o apoio de Rodrigo.
A condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva caiu como uma bomba no partido, que, nesse primeiro momento, parte para o ataque ao juiz Sérgio Moro, com argumentos muito parecidos com aqueles que o PMDB usa hoje para defender Michel Temer. O líder do PT, Carlos Zarattini, foi enfático ao dizer que não há provas de que o triplex é de Lula, a não ser a delação de um empresário que está preso e diria qualquer coisa para se livrar da cadeia. Da mesma forma, os peemedebistas afirmam dia e noite que não há nada que ligue o presidente Michel Temer aos R$ 500 mil recebidos pelo ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, a não ser a delação de um empresário que recebeu o direito de viver nos Estados Unidos e ficar livre da cadeia, depois de gravar o presidente.
É nesse pé que a política chega a esta tarde de quarta-feira, o primeiro dia de debates da denúncia contra o presidente Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. A cada dia, a cena politica fica mais conturbada, sem sinais de clima ameno para ninguém. Da parte do governo, continua a busca de votos. Certamente, o fato de o PMDB e o PSD fecharem o apoio a Michel Temer dá fôlego para o presidente enfrentar essa primeira denúncia, uma vez que o PP e o PR devem seguir pelo mesmo caminho.
Nesse momento, o principal obstáculo é o tempo. O governo vai forçar a votação esta semana, mas há um grupo interessado em deixar para agosto, quando outras denúncias virão. Na verdade, os deputados não querem ter que colocar a cara agora no microfone para votar a favor do presidente e ter que repetir o gesto em agosto. Preferem esperar as próximas denúncias e fazer tudo de uma vez só, no mês que vem. Temer, entretanto, prefere votar logo e joga para isso. A ordem é, com o fôlego dessa primeira denúncia, aproveitar o recesso para se organizar a fim de enfrentar as novas turbulências. Quer viver a cada dia, ou melhor, a cada hora a sua aflição. Aliás, o país não tem feito outra coisa nos últimos anos. Vejamos as próximas horas, o que nos reservam. De tédio, como disse certa vez o ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello, não morreremos.
De seu gabinete no Planalto e com poucos ministros na sala, o presidente Michel Temer acompanhou a leitura do relatório do deputado Sérgio Zveiter na Comissão de Constituição e Justiça. Ele esperava esse desfecho, ou seja, o voto pela autorização ao STF para processar o presidente por corrupção passiva. Porém, dizem seus aliados na Câmara, não imaginava que o relator praticamente repetiria a denúncia de Rodrigo Janot em seu parecer. Até por ser do PMDB, Zveiter, na avaliação dos amigos do presidente, deveria ter, ao menos, buscado uma neutralidade, dando respaldo a algum argumento da defesa. O relator, porém não teve essa “sensibilidade” e, na visão de aliados de Temer, ainda ultrapassou os limites da Comissão, ao sugerir que o plenário da Câmara acolha o seu voto, antes mesmo de a CCJ decidir. Por essa, o presidente Michel Temer não esperava.
O presidente tem consciência de que a gora a sua batalha ficou mais difícil, uma vez que muitos podem aproveitar o voto de Zveiter para se afastar do Planalto e ainda tem a reunião do PSDB agora em São Paulo. O encontro promete ser mais um “jab” no queixo de Michel Temer, apesar da carta do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto. A carta aliás, foi o único alento que o presidente da República obteve nesta segunda-feira.
Arthur chama o partido a uma reflexão. Insiste que o tema agora não é a Lava Jato “que deve existir” e sim a “decisão tucana de manter _ ou não _ o compromisso de prosseguir dando suporte ao governo que interrompeu o mais longo processo recessivo da história econômica, domou a inflação, colocando-a abaixo do centro da meta; aprovou a tão necessária reforma do ensino médio e está a um passo de consolidar a inevitável reforma das leis trabalhistas (…)”. E prossegue: “A força do PSDB sempre residiu no compromisso com o país, a preço de quaisquer sacrifícios”. “O PSDB nunca foi o partido de mocinhos forjados artificialmente em horas de crise”, diz Virgílio, que termina afirmando que desembarcar do governo não soaria como um ato de coragem. Abaixo, a íntegra da carta:
“MENSAGEM AO PSDB
Fiquei sem entender os critérios de convocação para a reunião de hoje, segunda feira, em São Paulo. Tempo de militância e lealdade ao PSDB? Número de mandatos parlamentares e executivos? Passagem por estratégico ministério, por liderança de governo e por oito anos consecutivos de liderança de oposição encarniçada ao presidente mais popular de nossa história republicana? Direção do partido por três anos inteiros? Solidariedade a tantos companheiros, alguns certamente presentes à sessão desta noite, em momentos delicados de suas vidas políticas, cercados pelo barulho ensurdecedor da omissão, sempre cômoda, de tantos?
Mas que meus companheiros sejam sábios e corajosos em hora de desafio tão exigente. E é nesse sentido que lhes dirijo estas linhas.
O PSDB precisa entender que a política, tal qual se a praticou, da redemocratização até aqui, simplesmente morreu… sem deixar saudades. O Congresso se apequenou, instituições como, por exemplo, o Ministério Público, se agigantaram a partir da desmoralização da instituição parlamentar. O Judiciário, igualmente, assumiu certos protagonismos que, em condições normais de temperatura e pressão, não lhe caberia empalmar. Tudo porque a política morreu, levando com ela os partidos, as velhas práticas e muitas biografias.
Hoje, não existe mais a disputa PSDB X PT. Temo que nem um e nem outro tenham percebido isso. O PSDB foi a estrela da derrubada da presidente Dilma Rousseff e o PT, em lamentável amnésia cívica, supõe purificar-se investindo contra o governo Michel Temer, que tem a missão essencial de recompor a economia e entregar um país reorganizado a quem se eleger no pleito de 2018.
O presidente Fernando Collor caiu em 1992, sendo depois absolvido, por unanimidade, pelo STF. A presidente Rousseff foi apeada do poder, em 2016, menos pelas “pedaladas “, tão fortemente usadas como argumento definitivo e saneador, e mais, muito mais, porque perdeu as condições, parlamentares inclusive, de prosseguir governando o país. Pretendem agora interromper o mandato de Temer, sem provas concretas de crime, numa campanha obsessiva de certos setores da imprensa livre e, muitas vezes, positivamente instigante que, modestamente ajudei a erigir, nas pelejas de 21 anos contra o regime de exceção constituído, pela força, em 1964.
Resumindo: exatamente 25 anos entre Collor e a investida sobre Temer. Se exitosa essa intenção, teremos a média de pouco mais de 8 anos entre o impeachment de um mandatário e outro. Recibo de imaturidade política. Imagem de república de bananas. Teatro bufo, que abre espaço para os heróis de uma “resistência” inglória, mesmo se os antecedentes desses heróis de ocasião não forem claros e límpidos como a água de puras nascentes.
O PT se porta como se 2016 não tivesse existido. E, neste estranho Brasil, não se critica quem se traveste de “honrado” da hora. A ordem é delenda Temer… a qualquer custo. Delatores “premiados” são efetiva e muito discutivelmente premiados. A instituição saudável da prisão preventiva é usada abusivamente, em moldes psicologicamente semelhantes às torturas físicas empregadas pela ditadura de 1964. O senador Aecio Neves é retirado do exercício do seu mandato pela decisão de um ministro da Suprema Corte…para ser devolvido às suas funções não pela soberania da Casa a que pertence, mas pela decisão, pura e simples, de outro membro dessa mesma elevada corte de justiça.
A operação Lava Jato, com sua destinação saneadora e alguns exageros, será bem reconhecida pela história. Se existe e subsiste é porque há razões sobejas para tal. Logo, deve prosseguir sim, limitada pela Constituição e pelo conjunto de leis que sustentam a democracia neste país.
Condenações derivam e derivarão do papel que a Lava Jato necessariamente cumpre. E as instâncias da Justiça estão aí mesmo para sanear eventuais e inevitáveis equívocos.
Mas o tema agora é a decisão tucana de manter – ou não – o compromisso de prosseguir dando suporte ao governo que interrompeu o mais longo processo recessivo da história econômica; domou a inflação, colocando-a abaixo do centro da meta; aprovou a tão necessária reforma do ensino médio e está a um passo de consolidar a inevitável reforma das leis trabalhistas; insiste em votar a reforma previdenciária, em meio, em meio a uma tempestade de acusações e demagogia; aponta para crescimento positivo ainda neste ano e crescimento bem mais vigoroso em 2018, abrindo um ciclo de expansão, que poderá ser virtuoso, nos anos imediatamente seguintes.
Comecei dirigindo-me aos companheiros, opinando que a luta não é mais PSDB X PT e sim a luta para evitar a morte inglória da própria política e, por consequência, da democracia. A força do PSDB sempre residiu no compromisso com o país, a preço de quaisquer sacrifícios. O PSDB nunca foi o partido de “mocinhos” forjados artificialmente em horas de crise. E nem sobreviveria ou cresceria encarnando esse papel.
Mais ainda: não existe essa dicotomia entre “cabeças brancas” e “cabeças pretas”. E nem é possível que o PSDB se “purifique”, migrando do governo Temer, ao qual servem quatro ministros tucanos competentes e valorosos, para alguma “solução” simplória em torno de alguma outra “bola da vez”, contra a qual nossos “brios” terminariam por se voltar em algum outro momento dessa tragicômica história que estamos presenciando ser descrita.
Minha definição pessoal é clara: “desembarcar” do governo, a pretexto de continuar apoiando as reformas – na verdade abrindo espaço real para o impedimento do presidente – não soaria como ato de coragem. Sinceramente, não! Definitivamente não!
A história não nos privilegiaria por isso. Nem o Brasil tampouco, no máximo a médio prazo.
ARTHUR VIRGÍLIO NETO”
O Instituto Paraná Pesquisas quis saber como está o humor dos paraenses para definir o candidato a governador e ao Senado. Descobriu que o senador Jader Barbalho praticamente lidera a corrida para mais oito anos defendendo-nos interesses do Pará no Senado. Em todos os cenários, Jader tem 30%. O unico com mais intenções de vote do que ele é o deputado Éder Mauro (PSD), com 36%.
De quebra, ainda tem o filho, o ministro da Integração, Hélder Barbalho, liderando a corrida para o governo do estado. Na pesquisa estimulada, Hélder tem 34,4% das intenções de voto seguido pela ex-governadora Ana Júlia Carepa, do PT, que aparece com 15,3%, o que representa o renascimento do PT no Pará. Por enquanto, a renovação passa longe.
A prisão do ex-deputado e ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) foi vista como um aviso aos aliados do presidente Michel Temer. Se os governistas não tiverem muito equilíbrio na hora de cabalar votos favoráveis a Temer na Câmara, ninguém está livre de ter o mesmo destino de Geddel. Para aliados do governo, Geddel ir para a cadeia por obstrução da Justiça foi um primeiro sinal de alerta para lembrar que o fato de o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures estar em casa, ainda que seja com um acessório no tornozelo, não significa que estão todos bem. Embora o presidente tente passar a ideia de que está tudo muito bom, o momento é para lá de delicado, dizem alguns.

