Bateu-levou

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Os petistas estão cansados de ouvir desaforos dos adversários. Por isso, todos os deputados do partido, candidatos a vereador e prefeito já foram comunicados que qualquer ataque relativo ao envolvimento de integrantes do partido na Lava-Jato deve ser respondido na mesma moeda. Como PMDB, PP, PSB, PSDB e outros tiveram sua parcela de citações no elenco de delatores, a aposta é a de que ninguém vai quero entrar nessa seara.

O que tira o sono deles
Autoridades dedicadas às investigações da Lava Jato prometem para a semana que vem a delação de executivos da Odebrecht. É a realidade de volta à cena, logo depois dos jogos Olimpícos.

Nomeações em alta
O Diário Oficial da União todos os dias sai recheado. Estão na fila para nomeação a diretora de Atendimento do INSS, Ana Nedja Mendes Júnior, indicada pelo PSC, e o diretor de Engenharia e Meio Ambiente da Infraero, Ricardo Oliveira, escolhido pelo PR. A ordem é resolver o que der antes do Congresso voltar ao trabalho a pleno vapor.

2013 revisitado
O meio político viu na carta da presidente Dilma Rousseff a mesma estratégia usada em 2013, quando ela apostou numa reforma política para responder às manifestações das ruas. Não surtiu efeito. Até os petistas consideraram que a carta veio tarde. O Congresso está em recesso branco e, no com tanta decisão olímpica na telinha, a população não prestou muita atenção.

Renan olímpico
O governo Michel Temer não conta com o voto de Renan Calheiros no processo de impeachment. E o motivo para isso é muito simples. O atual governo já tem os votos, sem precisar que o presidente do Senado deixe de lado a aura de distanciamento do processo.

“O que despertou no Brasil a possibilidade de sediar o maior evento do planeta foi o trabalho feito em Brasília, a primeira cidade da América do ?Sul a apresentar uma candidatura aceita pelo Comitê Olímpico Internacional, em 1992”
Do ex-governador Paulo Octávio, o maior entusiasta do projeto na década de 90

CURTIDAS

A carta? Ih!/ Comentário do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, ao saber que a presidente afastada, Dilma Rousseff, havia divulgado uma carta à Nação: “Ah, é? Agora, vai a 64”. Referia-se ao número de votos pró-impeachment.

Jeito de debutante/ Candidato a prefeito de São Paulo, João Dória, seguiu a máxima de “Deus ajuda quem cedo madruga”. Às cinco da matina, estava na rua, em busca de votos. A ansiedade se justifica. Dos candidatos dos grandes partidos ele é o único estreante numa campanha majoritária.

Números de estreante/ Em conversas reservadas, os petistas reclamam que Fernando Haddad só está embolado porque não bateu bumbo sobre suas ações como prefeito. A maioria considera que a posição de desvantagem na largada não se deve aos problemas do partido e sim aos baixos investimentos em divulgação.

Enquanto isso, no Rio de Janeiro…/ Já tem gente apostando que o prefeito Eduardo Paes ganhou fôlego para levar Pedro Paulo à prefeitura. Lá, a campanha só terá alguma visibilidade quando terminar a Olimpíada.

Esta Dilma comemorou/ Dona Dilma comemorou muito a medalha de prata da canoagem olímpica. Ela não é mãe do PAC e sim do atleta Isaquias Queiroz.

Temer telefona para Rollemberg

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Já passava das 21h30, quando o presidente em exercício, Michel Temer, telefonou para o governador Rodrigo Rollemberg a fim de desfazer qualquer clima ruim entre eles e estancar qualquer perspectiva de crise entre o governo federal e o GDF. Temer foi logo dizendo ao governador que não o considerava desleal, apenas não podia se comprometer em encontrar uma solução para a crise entre o governo local e a Polícia Civil, mas está disposto a ajudar na análise das alternativas que forem colocadas à mesa pelo GDF.
O telefonema foi provocado pelo post publicado no blog (leia os dois posts abaixo) a respeito da nota Rollemberg sobre o encontro entre ele e o presidente hoje no início da tarde, quando discutiram a crise da polícia civil. A última frase da nota de Rollemberg deu a entender que o presidente se comprometera a estudar alternativas, sem esclarecer que essas alternativas seriam apresentadas pelo próprio GDF. Foi o suficiente para que o assessor do presidente Tadeu Filippelli alertasse a Temer sobre o risco de a crise da polícia civil cair no colo do presidente.
No telefonema há pouco, Rollemberg disse a Temer que em nenhum momento pensou em jogar a crise no colo do governo federal. “Só tenho palavras de reconhecimento e apreço pelo presidente e gratidão pela forma como ele tem tratado os problemas da capital”, disse Rollemberg ao blog.
Desfeito o mal entendido, o governo do Distrito Federal passará o fim de semana em reuniões para tentar buscar uma solução. As dificuldades são de toda a ordem, porque qualquer concessão aos policiais civis levará outros setores a buscarem equiparação. Hoje, Rollemberg termina o dia com os canais de diálogo reforçados com o governo federal. Dos males, o menor está resolvido.

GDF explica a nota

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A propósito do post publicado abaixo, o Governo do Distrito Federal explicou que não houve intenção por parte do governador Rodrigo Rollemberg de jogar o problema salarial da Polícia Civil no colo do presidente em exercício, Michel Temer. Ao dizer na nota que “o presidente se comprometeu a estudar alternativas”, afirma a assessoria do GDF, Rollemberg se referiu a alternativas a serem apresentadas pelo governo local.
O GDF não tem recursos para resolver o problema e tem esperanças de receber do governo federal parte dos recursos que ao longo dos anos deveriam ter sido repassados ao governo local em várias contas e não foram pagos. Os cálculos desse passivo variam de R$ 200 milhões a R$ 1 bilhão. Se receber parte desses recursos, o governo local teria algum extra para negociar com os policiais. O problema, entretanto, é para o futuro. Nunca é demais lembrar que salário termina virando despesa permanente. O saldo do dia de hoje foi o de que, apesar dos atropelos, GDF e governo federal começaram a conversar. Aguardemos os próximos capítulos.

Temer classifica nota de Rollemberg de “desleal”

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A nota divulgada há pouco pelo governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, dizendo que o presidente Michel Temer “se comprometeu a estudar alternativas” para resolver a greve da Polícia Civil abriu uma crise entre o GDF e o governo federal. Temer, que soube da nota por intermédio de um telefonema do assessor especial Tadeu Filippelli, classificou a declaração do GDF como “desleal”. Em nenhum momento, segundo Filippelli, Temer se comprometeu a estudar alternativas, uma vez que a busca da solução para o impasse cabe ao governo local.
Temer recebeu Rollemberg no início da tarde desta sexta-feira, extra agenda, a pedido do governador. Ele ouviu o relato de Rollemberg sobre as reivindicações dos policiais em greve, entendeu o problema, mas, de acordo com Filippelli, teria sido muito claro ao dizer que Rollemberg buscasse a solução.
A praxe nesses casos, aliás, é o governo local, após entendimento com os setores interessados, enviar uma minuta de mensagem ao governo federal, que, aí sim, passa a discutir o assunto e, se for o caso, encaminhar ao Congresso Nacional para apreciação. Não foi isso que terminou relatado na nota oficial do GDF.

Eis a íntegra:
“O governador Rodrigo Rollemberg esteve reunido nesta sexta-feira (12) com o presidente da República em exercício, Michel Temer, para manifestar a preocupação em relação a reivindicação da Polícia Civil de isonomia com a Polícia Federal. O objetivo foi buscar soluções conjuntas.

Embora reconheça a legitimidade do pleito, o governador reiterou que o governo de Brasília não tem capacidade de arcar com esses valores sem a ajuda do Governo Federal. Além disso, há a preocupação com as outras forças de segurança, como a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiro, que também desejam equiparação salarial com a Polícia Civil.

O presidente Michel Temer se comprometeu a estudar alternativas.”.

O que mais irritou Temer foi o fato de o governador jogar o problema no colo do governo federal, especialmente, na última frase. Temer vai apenas esperar o que vier de solução, a ser negociada entre o GDF e os policiais. Uma crise com o governo federal era tudo o que Rollemberg não precisava nesse momento.

Lula, o cerco

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Há poucos dias, o ex-presidente Lula traçava os planos para as eleições municipais. Iria percorrer o Brasil, num estilo bateu-levou. O plano era mostrar que o PT podia até ter errado, mas, não era o único pecador no mar poluído da política. Com esse discurso, a ordem era apontar os erros de cada um. Porém, agora, a Lava Jato, mais uma vez, joga sua luz e faz derreter esse castelo de gelo que o PT planejava para as eleições. Ao fazer de Lula réu no processo sobre obstrução de Justiça e tentativa de compra do silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, o juiz Ricardo leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, dá hoje aos adversário do PT munição e um antídoto a qualquer movimento de Lula no sentido de acusar A, B ou C.
Para o PT, a notícia não poderia ser pior. Todas as pesquisas apontam lula como um player importante não só para esta campanha, para alavancar o que ainda resta do PT, bem como para 2018. Sob a ótica petista, os detalhes sobre a influência de Lula e Marisa para obras no sítio e no apartamento do Guarujá, associados ao fato de o ex-presidente virar réu num processo de obstrução da Justiça, tiram mais uma camada de tinta da imagem de Lula. A hipótese de transformá-lo em vítima, diante de tantos processos judiciais, também parece difícil. O partido e seu maior líder estão na linha do “a cada dia a sua aflição”. A esperança hoje do PT é a de que o cerco a Lula arrefeça antes de 18, de forma que ele, possa, no mínimo, preservar seus direitos políticos. Afinal, se for condenado em segunda instância, nem agora, nem 18. Nesse caso, o desfecho, na melhor das hipóteses, será a aposentadoria.

Um líder sob teste

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O governo não vai trocar seu líder, André Moura, assim, de sopetão, só porque o candidato Rogério Rosso, defendido pelo deputado, perdeu a Presidência da Câmara para Rodrigo Maia, do DEM. “A hora é de juntar, e não de espanar”, comenta-se no Palácio do Planalto. O líder, entretanto, terá que entregar o que o governo deseja: resultado nas votações. Se não der, aí sim, estará sob risco. A aposta é de que Moura é bem capaz de se “adaptar”. Resta saber se terá prestígio diante do novo eixo de poder, deslocado da sua “turma”, aquela que seguia o comando de Eduardo Cunha e agora está pulverizada. O Centrão, aliás, acabou enquanto grupo político com poder de dominar a cena na Câmara, haja vista a pequena quantidade de votos destinada a Rosso, comparada com os quase 300 que compunham o grupo.

Nova temporada
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, não pretende estimular, tampouco barrar, as comissões parlamentares de inquérito (CPIs) e pode, inclusive, se chamuscar nesse campo com a sua base eleitoral, no Rio de Janeiro. É que está para ser instalada a CPI da Lei Rouanet, que dificilmente deixará de chamar para deporem artistas radicados no Rio.

O dia em que o PTdoB…
A primeira pessoa a chegar à reunião do PT defendendo o voto em Rodrigo Maia no segundo turno foi o deputado Sílvio Costa (PTdoB-PE): “Vocês enlouqueceram? Querem ficar isolados? É um erro político! Isso aqui é o parlamento, não o governo!! Vocês querem dar a vitória a Eduardo Cunha?”, disse Sílvio, com sua verve tradicional.

…Mandou no PT
A partir daí, a tendência de seguir o PSol e não votar no segundo turno esmoreceu. O PT ontem à noite, logo depois do resultado, comentava que o lance da hora é ver como reagirá o Centrão.

Abaixo da cintura
Uma das mágoas do grupo que apoiou Rogério Rosso é com o deputado Alberto Fraga (DEM-DF). Há quem aposte que o zun-zun-zum das fitas de Durval Barbosa — aquelas que derrubaram José Roberto Arruda — influenciou alguns deputados. O fato de Fraga ser do DEM foi um agravante.

Entre 9 e 10 de agosto
Diante do resultado de ontem na Comissão de Constituição e Justiça, ninguém duvida que a cassação de Eduardo Cunha será um dos primeiros temas quando o Congresso voltar do recesso, mas não deve ser na primeira semana. Isso porque a legislação eleitoral deixou a temporada de convenções das eleições municipais aberta até 5 de agosto. Logo, vai se esperar esse período para garantir o quórum alto prometido por Rodrigo Maia.

CURTIDAS

É por aí/ Antes de fechar o apoio a Rodrigo Maia na madrugada de ontem, o líder do PR, Aelton de Freitas, telefonou para o ministro dos Transportes, Maurício Quintela, para saber se a bancada poderia seguir por esse caminho. Quintela pediu 10 minutos e, depois, ligou para Freitas dando sinal verde.

Quem te viu, quem te vê/ Enquanto Luiza Erundina fazia seu discurso de candidata pelo PSol na disputa pela Presidência da Casa, alguém do PT cochichava: “E o governo Itamar?”, citando o período em que o partido, numa posição radical, proibiu Erundina de ser ministra e ela terminou punida por aceitar o cargo.

Essa cadeira tem dono/ Na Presidência da Câmara, a cadeira de espaldar mais alto tem uma placa sobre a mesa colocada estrategicamente à sua frente: “Favor não sentar”. Ontem, uma pessoa distraída terminou ocupando esse posto. Delicadamente, uma representante do cerimonial se aproximou e pediu que aquela cadeira ficasse vazia. “É preciso respeitar a liturgia e a simbologia do cargo.”

Por falar em simbologia…/ A visita do presidente Rodrigo Maia ao chanceler José Serra foi um gesto para agradecer o esforço do ministro de Relações Exteriores na véspera, quando, depois de duas horas de agonia, a Embaixada do Brasil em Santiago finalmente localizou o registro de nascimento, provando que Rodrigo Maia tem nacionalidade brasileira, embora nascido no Chile, nos tempos do exílio de seu pai, César Maia.

Rodrigo Maia e os primeiros reflexos

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A vitória de Rodrigo Maia (DEM-RJ) é tratada nessas primeiras horas como uma construção para tirar de cena Eduardo Cunha, o maior derrotado da noite. Rogério Rosso, considerado o candidato do centrão, e os 170 votos que obteve num pleito secreto indicam que, quando a cassação de Eduardo Cunha chegar ao plenário, o ex-presidente será despachado sem dó. O próprio Centrão esfarelou. Haja visto o semblante de seus maiores líderes quando anunciado 115 votos de diferença em favor de Maia, algo que nem o DEM esperava.
O líder do governo, André Moura (PSC-SE), que apostou no Centrão e é um dos maiores aliados de Cunha, também entra na corda bamba e não terá mais tanto prestígio. Se vai permanecer, o tempo dirá. Porém, está enfraquecido. Resta saber se a derrota de Rosso respingará no ministro Geddel Vieira Lima, apontado nos bastidores como alguém que teria trabalhado por Rosso.

Quanto à oposição, depois de tanta cabeçada no primeiro turno, parece ter corrigido o rumo e terá algum ganhou na vitória de Maia. A CPI da UNE, por exemplo, é considerada natimorta. Maia também terá que ceder algum outro ponto aos oposicionistas. Um deles é o ritmo da votação da reforma da previdência. Que ninguém espere que venha uma tratorada, tipo a que Cunha protagonizou no impeachment. A Casa andará no ritmo do que for acertado pelo líderes, sem canetada. Paralelamente à reforma previdenciária, vem ainda o teto de gastos e a tentativa por parte da presidência da Casa de auxiliar os oposicionistas a empreender algum ganho aí para as áreas de saúde e educação.

No geral, ninguém tem mais dúvidas: O Planalto ganhou, mas a oposição também não se considerou derrotada. Se isso resultar num Parlamento voltado ao diálogo já estará de bom tamanho.

Senado em chamas

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Ontem, o presidente da Casa, Renan Calheiros, e o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) que se estranharam. Ontem, o caso foi mais grave. Numa discussão sobre aumento salarial, o deputado Lindbergh Farias, do PT, e Ronaldo Caiado, do DEM, quase foram as vias de fato, quando, criticado por Lindbergh, Caiado atacou: “Vou responder como médico”, disse Caiado, completando que o colega chegava com as “pupilas dilatadas” e deveria fazer exame “antidoping”. Lindbergh, furioso, respondeu: “Quem sabe de você é o Demóstenes e o Cachoeira”, disse, referindo-se ao senador do DEM que perdeu o mandato por envolvimento com Carlinhos Cachoeira, o empresário preso há alguns dias sob acusação de participar de esquema de desvio de dinheiro público. Segunda-feira começa o recesso branco e a esperança dos senadores que assistiram a cena é a de que o descanso sirva para acalmar os ânimos em plenário.

Marcelo “Cavalo de Troia”

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Sem condições de carimbar o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) no papel de anti-impeachment na briga pela Presidência da Câmara, o Centrão foi buscar no PMDB o nome para, num segundo turno, fazer valer a sua tese, de colocar como pano de fundo da disputa uma batalha entre contrários ao impeachment e favoráveis. E o nome é o do deputado Marcelo Castro que, numa votação secreta, foi indicado no final da manhã candidato do PMDB à sucessão de Eduardo Cunha. Castro votou contra o impeachment de Dilma. Portanto, chega sob encomenda para ganhar esse carimbo e tirar do candidato do DEM, Rodrigo Maia, os votos que lhe garantiriam o bilhete premiado para o segundo turno contra o Centrão, que tem vários candidatos, mas um grupo maior pende a Rogério Rosso (PSD-DF), que presidiu a comissão do impeachment com distinção.
A candidatura de Castro anima o PT e o PCdoB, leva uma parte do PDT e segura os votos do PMDB para levá-lo ao segundo turno. Mas, por ser um nome que votou contra o impeachment, afasta, na batalha final de amanhã, o centrão e grande parte daqueles que foram favoráveis ao afastamento de Dilma. Assim faz valer a tese impeachment/não-impeachment, em vez de grupo de Eduardo Cunha versus partidos que hoje desejam resolver logo o caso de Eduardo Cunha __ tese que Rodrigo Maia tentava emplacar. Por ser um nome que votou contra o impeachment, Maia era visto como o ideal para reunir as oposições de ontem e de hoje contra o grupo de Eduardo Cunha. Agora, está dependendo de obter o apoio do PSDB para tentar fazer frente aos centristas.
Enquanto essa briga cresce no seio da base governista __ com alguns vendo dedos palacianos nessa disputa que fez de Marcelo Castro candidato apenas para chegar ao segundo turno, mas não levar __ outros candidatos vão silenciosamente se organizando. Lá vem, por exemplo, o segundo vice-presidente da Casa, Fernando Giacobo, que fechou o PR em torno do seu nome. Em 2015, quando candidato a segundo vice-presidente da Câmara, Giacobo obteve 322 votos, derrotando o deputado Lúcio Vale, candidato oficial da bancada. Agora, Giacoco sai do PR com 44 votos e está buscando apoios da mesma forma que conquistou da última vez: no varejão que se tornou o Parlamento. Vale lembrar que Giacobo ganhou 12 vezes na loteria. Talvez a Presidência da Câmara seja a 13ª.

Rosso, o candidato

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O líder do PSD, Rogério Rosso, acaba de anunciar que será candidato a presidente da Câmara. Embora tenha dito que só sairia candidato se houvesse consenso, o deputado foi convencido por parlamentares e apresentar logo o seu nome, de forma a segurar os votos daqueles que estão fechados com ele. Rosso cresceu na Casa ao comandar a Comissão Especial do Impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ali, tornou-se respeitado por todas as forças da Casa, inclusive a oposição. No centrão, ele concorre ainda com o deputado Beto Mansur, primeiro-secretário, que passou a ter mais visibilidade recentemente,por presidir sessões polêmicas e se sair bem. Mansur leva a vantagem de estar no quinto mandato, o que não lhe deixa o carimbo de candidato de Eduardo Cunha. Esse carimbo hoje está com Rosso e é o maior problema do candidato do DF à Presidência da Casa.