Fachin fica

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A notícia do dia hoje está no Supremo Tribunal Federal, que se prepara para manter o ministro Edson Fachin como relator do caso JBS. Porém, a ordem impor por lá alguns limites ao trabalho dos procuradores no que se refere á concessão de perdão total a quem delata. Aliás, vale lembrar, Joesley Batista e sua trupe foram os únicos a ganhar um salvo-conduto geral e irrestrito depois de anos corrompendo autoridades dos mais diversos governos. Nem Marcelo Odebrecht obteve essa marca. Para completar, enquanto outros delatores recolheram os flaps e ficaram quietos, Joesley concedeu uma ampla entrevista à revista Época para reforçar sua posição de corruptor e delator-mor, portanto, merecedor dos benefícios que obteve.

A decisão de hoje do STF também pode mexer com todo o sistema montado até agora para desvendar a lava jato, que até aqui, prende e o preso, incomodado com as acomodações, delata. Se o STF resolver modular as delações, ou seja, tiver o poder revê-las, e ainda impor limites a esse trabalho por parte dos procuradores, há o risco de freio nas novas delações. Vejamos o que vem hoje à tarde. Os holofotes estarão todos voltados hoje para o STF. Vamos acompanhar.

Temer cuida das próximas fogueiras

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Antes mesmo de terminar o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aliados do presidente Michel Temer já cuidavam ontem dos próximos embates: primeiro, segurar o PSDB. Depois, uma possível denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente. A ordem é preparar a base no Congresso para as próximas batalhas. Na semana passada, por exemplo, o próprio Temer esteve em São Paulo para conversar com o governador Geraldo Alckmin. Ontem, enviou emissários para se encontrarem com o prefeito paulistano, João Doria.

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A avaliação do governo é a de que, com o PSDB na base e a preços de hoje, isto é, sem novas delações, que desequilibrem ainda mais o quadro, o presidente terá como levar as reformas adiante. Porém, sem o PSDB, o projeto de reformas terá que ser adiado. Ou seja, é o presidente devolvendo o problema aos tucanos. Eles dizem nas conversas que só ficam no governo se Temer for capaz de fazer reformas. Ocorre que, sem eles, as reformas estarão comprometidas. É por aí que se darão as conversas nas próximas 72 horas que antecedem a reunião do PSDB. Essa é a prioridade para o momento.

Põe na conta do Janot

Aliados do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, têm dito que as críticas ao ministro, em especial, as que partem dos parlamentares, são injustas, uma vez que quem negocia delação premiada, inclusive o caso da JBS, é o Ministério Público. O juiz só homologa e, antes, pergunta ao delator se ele foi coagido a falar.

“Vai que”

Como a cada dia se vive um cenário diferente em Brasília, os deputados e senadores do PSDB têm uma dúvida hoje: se o governo não cair e, ainda que aos trancos e barrancos, consiga recuperar a economia, o partido de Geraldo Alckmin perderá o discurso de baluarte do respiro econômico. E mais: o PMDB poderá sempre dizer que não completou as reformas porque o PSDB saiu. E é isso que os tucanos não querem.

Pau que bate em Chico…

Se os tucanos aceitarem que, depois da gravação de Joesley com Michel Temer não dá para ficar no governo, será o mesmo que colocar o senador afastado Aécio Neves na prancha do navio tucano.

E o PSB, hein?

A legenda de Rodrigo Rollemberg continua em litígio. Se a direção partidária insistir em punir aqueles que não topam mudar a Constituição de chofre para realizar uma eleição direta e continuam na base do governo, a porta de saída será a serventia da casa. E olha que, pelas contas de alguns, serão 16 deputados e dois senadores.

Melhor, não

Ministros do Tribunal Superior Eleitoral cogitaram reduzir o tempo de leitura do relatório e voto de Herman Benjamin ontem para acelerar a análise do processo e, assim, tentar concluir tudo ontem mesmo. Porém, nas internas, quem estava pensando nisso desistiu. Poderia parecer cerceamento ao relator. Hoje, se ele extrapolar, alguém vai pedir mais agilidade.

CURTIDAS

Fachin em Curitiba/ O ministro Edson Fachin (foto) é esperado hoje para uma palestra às 15h, no Instituto dos Advogados do Paraná (IAP), sobre “O STF e a repercussão geral na Jurisdição constitucional”. De lá, sairá ainda uma moção de apoio ao trabalho do ministro. A Ajufe, aliás, já fez uma nota em defesa de Fachin.

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Fachin com Temer?/ Calma, pessoal! Nem seria um encontro. É apenas a Ordem do Mérito Naval, hoje, no Grupamento dos Fuzileiros Navais. Ambos serão agraciados. Fachin, entretanto, não vai receber a medalha pessoalmente, por causa da palestra em Curitiba.

Uma muralha na sessão/ Herman Benjamin comentava a “muralha da China” que os delatores criaram na Odebrecht para que outras áreas da empresa não soubessem o que havia no setor de operações estruturadas, quando Luiz Fux entrou em cena: “A capacidade humana de apreensão está chegando ao limite”. E o relator retrucou que estava apenas explicando o tema e coisa e tal. Fux pegou a deixa: “É, está criando uma China Wall mental!”

Joaquim no aquecimento/ Ao dar o “ar da graça” no julgamento da chapa Dilma-Temer, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa chamou a atenção de todo o mundo político como um potencial candidato em 2018. A companhia de José Gustavo, “o menino da Rede”, como o porta-voz do partido é carinhosamente chamado, foi mais um sinal nesse sentido. Quem é do ramo da política diz que uma chapa Joaquim Barbosa/Marina Silva ou vice-versa pode até não ganhar, mas que vai dar trabalho, ah, isso vai.

Ministro por um fio

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O ministro interino da Cultura, João Batista, está a um passo de perder o comando da pasta.  A gota d’água foi o Ministério ter confirmado mais cedo que a advogada e produtora de cinema Débora Ivanov, indicada para a diretoria colegiada da Agência ainda no governo Dilma, seria efetivada na presidência da Ancine, desconsiderando o nome de Sérgio Sá Leitão, cuja indicação tinha sido enviada pelo ministro Antonio Imbassahy, que cuida de encaminhar as indicações.  O anúncio foi feito sem combinar com o Planalto, algo que é considerado inadmissível em qualquer governo. Afinal, se cada ministro começar a desconsiderar o que for pedido pelo Planalto, a unidade governamental fica comprometida. Essa unidade é algo que Temer ainda mantém na equipe, apesar da crise.

Ns bastidores da política, já se fala inclusive no nome da deputada Laura Carneiro, do PMDB do Rio, para substituir o ministro João Batista.

Tendência do TSE é absolver Temer

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A onda de pedido de vistas que prevaleceu na semana passda no Tribunal Superior Eleitoral será substituída hoje pelo acelerador. A tendência da corte eleitoral é, se houver condições, concluir o julgamento ainda hoje e com placar favorável ao governo, o mais provável, 4 a 3.  Aliás, há quem defenda, inclusive que Herman Benjamin dispense a leitura das mais de 500 páginas e faça um resumo do voto. Afinal, ele mesmo disse que “não tem glamour”.

Por que os ministros mudaram e pretendem acelerar? Porque não dá mais para ficar com essa espada relativa à eleição de 2014 na cabeça de um governo que já está enfraquecido. Assim, sairá de cena ainda o caminho considerado mais fácil para o afastamento de um presidente da República que a cada dia é levado a dar uma explicação. Encerrada a votação no TSE ainda esta semana, devolve-se ao Congresso o papel de resolver a crise, conforme apuração que você pode ler hoje, na coluna Brasília_DF do Correio Braziliense, que vocês pode ler abaixo. Boa quinta-feira! E que Deus nos proteja!

 

 

 

Temer e os planos,
com ou sem tucanos

Confiante na absolvição no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente Michel Temer centra hoje seus esforços na manutenção dos votos no Congresso Nacional. É ali que está a chave para escapar de qualquer denúncia que venha a ser oferecida pelo procurador-geral, Rodrigo Janot. Nesse sentido, Temer trabalha com duas hipóteses, obviamente mantido o cenário atual (sem levar em conta novas delações): uma com o PSDB e outra sem os tucanos. A avaliação do Planalto é a de que se o PSDB sair da base — como o PMDB fez no governo Dilma —, Temer não ficará com “ministros sem-voto”. Dilma, quando o PMDB deixou seu governo, manteve os ministros peemedebistas, confiante de que eles tinham os votos, portanto, não precisaria reconfigurar a Esplanada para se manter no cargo. Desse erro, dizem os situacionistas de hoje, Temer não padecerá.

Em tempo: o presidente acredita ter hoje, pelo menos, 230 votos a seu favor, o que seria suficiente para permanecer.  Se os tucanos saírem do governo, as contas palacianas indicam que Temer pode perfeitamente recompor os 47 com os pequenos partidos. Obviamente, a situação ficará bem melhor com o PSDB acomodado no governo. Afinal, dizem até alguns tucanos, se houver garantia de reformas e recuperação da economia, o partido terá discurso para os que desejam a permanência. Se Temer não garantir as reformas, aí sim, terá problemas.

Falta combinar com os italianos…

Lula conta com uma candidatura a presidente, sem levar em conta o que pode dizer Antonio Palocci. Da mesma forma, Michel Temer planeja permanecer sem levar em conta o que pode dizer o doleiro Lúcio Funaro. Ontem, Funaro dispensou seu advogado para trabalhar uma delação. É mais um imponderável na linha da vida do governo Temer.


…E com os Poderes

Há quem diga que, se Michel Temer vencer logo a batalha no TSE, ou seja, sem que haja pedidos de vistas que possam postergar o julgamento, terá que ter equilíbrio e não partir para cima de Edson Fachin ou mesmo Rodrigo Janot. Se for na batida de enfrentar Fachin e esfolar adversários do Ministério Público, o país descambará para a crise institucional.

Quem cala…

A coluna quis saber do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, se ele tinha participado de um jantar em Brasília numa casa que era mantida pelos irmãos Joesley e Wesley Batista e, se nesse encontro estava o então candidato a ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin. A informação foi publicada dia desses no blog do jornalista Reinaldo Azevedo.  Resposta de Renan: “Não vou comentar”.

Estações misturadas

No Senado, a base aliada ao governo tenta separar as reformas da crise política e, assim, tentar garantir a continuidade das votações. Na Câmara, tratam de misturá-las para dizer que o único capaz de aprová-las é o presidente Michel Temer. Enquanto essa equação continuar assim, Temer vai ficando, até segunda ordem.


CURTIDAS   

CB.Poder/ Em entrevista ontem ao programa CB.Poder, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) afirmou que, sem reformas, o governo Michel Temer “perde a razão de ser”. Assista no Facebook do Correio Braziliense.

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A aposta da oposição/ De olho nas votações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o senador Randolfe Rodrigues (foto) saiu-se com esta: “Janot não nos faltará. Logo, logo, ele oferecerá denúncia contra Temer e vamos afastá-lo”, diz. Falta combinar com a maioria das duas Casas Legislativas.

Até aqui, tudo bem/
A antessala do ministro da secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, continua concorrida. Enquanto os deputados estiverem procurando o governo, é sinal de que o presidente Michel Temer respira.

Cofres vazios/
Alagoas, do governador Renan Filho, pede há tempos a instalação da Embrapa no estado. Valor: R$ 1 milhão. O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse ao líder Renan Calheiros que não há recursos.

 

Pesos, medidas & riscos

Publicado em coluna Brasília-DF, Política
Aliados do presidente Michel Temer buscaram todas as decisões do procurador Rodrigo Janot relacionadas à presidente Dilma Rousseff para contrapor à rapidez com que o procurador age agora em relação ao ex-deputado Rodrigo Rocha Loures e ao presidente. Vão começar a martelar, por exemplo, que Janot arquivou duas vezes pedido de inquérito para investigar a presidente no caso da refinaria de Pasadena, ainda que dois delatores, o ex-senador Delcídio do Amaral e o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, tenham citado a presidente. Cerveró, por exemplo, disse que Dilma havia mentido. Já no caso da nomeação de Lula, onde se suspeitou de obstrução de Justiça, Dilma conseguiu manter o foro privilegiado mesmo depois de afastada.
Todas essas ações ocorrem em paralelo ao jogo previsto para hoje, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, onde um grupo aliado ao Planalto forçará a convocação do ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo, para prestar esclarecimentos. Há quem diga que, se essa atitude for feita de forma atabalhoada e para constranger um ministro da Suprema Corte, o efeito sobre o presidente Michel Temer será inverso. Ou seja, em vez de ajudar, vai atrapalhar. Afinal, tudo o que o país não precisa, nesse momento, é de um confronto entre os Poderes personalizado nas figuras de Fachin e Temer. Bem dizia o ex-vice-presidente Marco Maciel: “Não vamos fulanizar”.Esqueceram dele
Entre aliados do presidente Michel Temer é recorrente comentários do tipo: Rodrigo Janot se esqueceu do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, e justamente depois que o peemedebista virou uma espécie de líder da oposição. Na Procuradoria, entretanto, amigos de Janot avisam que qualquer semelhança é mera coincidência.

TSE & economia
Enquanto o presidente Michel Temer não demonstrar capacidade de levar as reformas adiante, o dólar continuará em viés de alta, conforme previsão de analistas de mercado.

Fator jurídico
O governo bem que gostaria de liquidar o julgamento do TSE esta semana. Porém, juridicamente, todos no Planalto apostam em mais num pedido de vista hoje. Aliás, o que mais preocupa o governo no cenário atual não é nem o tribunal e, sim, Rodrigo Rocha Loures, réu confesso na propina de R$ 500 mil.

Fator político
O PSDB vem sendo acompanhado com uma lupa pelo governo. E, se os tucanos saírem, restará a Temer buscar os mesmos que ajudaram o PT a compor maioria, PR, PTB e PP. O fim dessa história todo mundo já sabe.

Dia dos Namorados..?/ Os deputados tomaram um susto ao ver que o plenário terá uma sessão solene em 9 de junho para marcar o “Dia do Coração Aquecido”. Acharam que o presidente Rodrigo Maia havia enlouquecido ao permitir uma sessão para comemorar o 12 de junho.

É religião/ Quem é metodista sabe: trata-se de comemorar o dia em que o fundador da igreja metodista, John Wesley, sentiu o coração esquentar ao ouvir um comentário de Lutero sobre a epístola dos romanos. Os funcionários de alguns políticos brincavam ontem que só falta agora uma sessão solene para comemorar o Natal. O difícil é as excelências ficarem por aqui no período natalino.

Reportagens & história/ 
O jornalista Magno Martins lança amanhã seu sexto livro, Histórias de repórter, com os bastidores do que viveu no jornalismo desde 1983. São 103 histórias, inclusive algumas no tempo do jornalista Mario Eugênio, com quem Magno trabalhou no Correio Braziliense. Magno autografa a obra a partir das 19h, no bar Boteco, na 406 Sul.

(Daniel Ferreira/CB/D.A Press)


Depois da Carla Amorim…/ 
A estilista Luísa Farani (foto), de Brasília, ultrapassou o “quadradinho”, como muitos carinhosamente chamam o DF. Dia desses, dona Rosângela, mulher do juiz Sérgio Moro, apareceu com uma de suas criações.

Mais um

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A prisão do ex-deputado Henrique Eduardo Alves hoje pela manhã em Natal põe mais um potencial delator do esquema do PMDB atras das grades. Entre as acusações, feitas a partir das delações de executivos da Odebrecht, está a de empréstimo de uma conta para que Eduardo Cunha recebesse propina. Alves é mais um aliado de Michel Temer atrás das grades. Com Rocha Loures e Cunha, é o terceiro deputado do PMDB preso.

Dois Poderes em conflito

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Com o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures preso, os deputados aliados ao presidente Michel Temer ameaçam transformar a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara numa trincheira contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, relator da Lava-Jato. Eles querem saber, por exemplo, por que Fachin foi ao Congresso antes da sua sabatina acompanhado do executivo da JBS Ricardo Saud, hoje beneficiário do acordo de delação premiada que mais deu benefícios aos empresários envolvidos. Nos bastidores do Congresso, os políticos se mostram bastante incomodados com o fato de ministro ter sido acompanhado de Saud. Ok, que à época não se sabia da missa a metade. Porém, a parte da missa de uma empresa beneficiária de empréstimos bilionários e principal doadora da campanha de Dilma Rousseff já era conhecida. Portanto, dizem alguns, não caberia ao então ministro indicado circular com Saud da mesma forma que não seria de bom tom Temer receber Joesley. A discussão desse tema na CCJ está prevista para ocorre ainda hoje,. Ou seja, vem confusão ainda antes do julgamento da chapa Dilma-Temer.

Serraglio passou dois dias de pressão total

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O ex-ministro da Justiça, Osmar Serraglio, esteve sob pressão total nas últimas 48 horas. Na noite de segunda-feira, ministros e líderes do presidente Michel Temer fizeram um cerco ao peemedebista para que ele não saísse do governo. Porém, não adiantou. Serraglio sequer esperou a conversa olho-no-olho com o presidente Michel Temer. “Se o presidente não teve a elegância de conversar comigo antes de me demitir, não preciso esperar uma conversa com ele para recusar outro cargo”, comentou Serraglio, segundo relatos de amigos do deputado.

A volta de Serraglio para o Congresso está relacionada à forma com que ele foi afastado da Justiça e à recepção que o aguardava no Transparência, onde cartazes anunciam o “fora Serraglio”. Por isso, amigos do deputado deram conselhos a ele no sentido contrário, do tipo, “não aceite mais humilhação”.

Agora, resta ao governo saber o que fazer com o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, flagrado recebendo uma mala de  dinheiro.  Há quem diga que onPlanalto agora está na fase cobre um santo ( põe um especialista em direito eleitoral na Justiça) e deixa outro a descoberto. A dúvida entre aliados do presidente é se o custo-benefício dessa troca de ministros será vista como positiva no futuro próximo.

 

Operação segura tucano

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A conversa que o presidente Michel Temer pediu ontem ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o presidente em exercício do PSDB, Tasso Jereissati, foi no sentido de puxar os tucanos para o lado do governo. Temer avisou que não renuncuará ao mandato. A ordem hoje no governo é “resistir, resistir e resistir”, conforme relatam os ministros.

Por que tanta resistência? Temer considera que foi vítima de uma armação, quando seu governo ia muito bem, com redução de juros, de inflação e um número de votos, segundo o governo, suficientes para aprovar as reformas. Além disso, ainda que o presidente “se rendesse” àqueles que “armaram para afastá-lo do cargo e evitar as reformas”, não existe consenso sobre um nome, nem tampouco o país teria clima para retomar as reformas. Nesse cenário, a grande beneficiária seria a oposição, seja à esquerda, seja à direita. Em outras palavras, o governo está convicto de que “ruim com Temer, pior sem ele” e foi justamente esse o tom da conversa com o PSDB.

Falta entretanto combinar com a bancada do PSDB, que tem um número expressivo afoito para sair da base do governo. Porém, se Temer conseguir fôlego ara as reformas, há quem esteja certo de que o presidente é bem capaz de “ir ficando” até dezembro de 2018. E segue o baile.