Categoria: Política
Pesquisa favorável aumenta pressão interna pelo auxílio emergencial
Os números do Datafolha levam os aliados do presidente Jair Bolsonaro a entoar a velha máxima do futebol para o cenário atual: Em time que está ganhando, não se mexe. No caso, eles não se referem nem à equipe de governo e sim aos programas em curso, em especial, o auxílio emergencial. A pesquisa que indicou uma recuperação da popularidade presidencial no Nordeste, onde o auxílio emergencial aumentou e muito a renda dos beneficiários do Bolsa Família. Lá, a rejeição do presidente caiu 17 pontos percentuais, de 52% para 35%. O volume dos que consideram o governo ótimo e bom subiu para 33%, seis pontos em relação a junho.
A festa da popularidade, porém, terá um preço, ou seja, o aumento do gasto público. E é aí que mora o perigo para o ministro da Economia, Paulo Guedes. Bolsonaro, por enquanto, joga nas duas frentes: Defende o teto de gastos, o ministro e diz que não é possível manter o auxílio emergencial por muito tempo. Porém, Rogério Marinho, ministro do Desenvolvimento Regional, já está a postos dizendo que é preciso manter o teto, mas sem deixar de mostrar serviço.
Para os mais observadores, não há mais dúvidas: Quanto mais o governo for aprovado pela sociedade com base em gastos ampliados, mais pressão haverá para que esse gasto continue. E, nesse sentido, o espaço de Guedes dentro do governo, vai ficar a cada dia mais apertado.
A decisão do ministro Felix Fischer, de mandar o ex-assessor Fabrício Queiroz para a cadeia deixa seu antigo chefe, o senador Flávio Bolsonaro, novamente sob tensão. Embora Queiroz já tenha dito que “não há o que delatar”, sua mulher, Márcia, que estava foragida e também foi para a prisão domiciliar, vem sendo pressionada a falar por pessoas próximas. Hoje, mais cedo, Flávio achou que estava tudo resolvido. Queiroz estava em casa e a Justiça do Rio foi informado de que o MP perdeu o prazo para recorrer da decisão de lhe conceder foro privilegiado no estado. Agora, com a volta de Queiroz para a cadeia, o senador volta uma casa na esperança de se ver livre dessa investigação.
A informação de que Felix Fischer tinha a tendência de colocar Queiroz novamente atrás das grades, cassando a liminar do presidente do STJ, João Otávio Noronha, que havia concedido a prisão domiciliar ao ex-assessor da Alerj, foi publicada há vários dias pela Coluna Brasília-DF. O ministro-relator é considerado um dos mais rigorosos da corte. A defesa de Queiroz tem dois pedidos de habeas corpus pendentes de julgamento, um no Rio, outro no Supremo Tribunal Federal. São as esperanças de Flávio Bolsonaro, no sentido de reduzir a pressão sobre o ex-assessor e seus familiares.
O caso do desvio de recursos de servidores da Alerj está a cada dia mais complicado para o senador, uma vez que o volume de depósitos e pagamentos de contas, associado também aos depósitos na conta da primeira-dama Michele Bolsonaro ainda carecem de explicações plausíveis. Pelo visto, o sonho de tranqüilidade do clã Bolsonaro não se realizará tão cedo.
O presidente Jair Bolsonaro reuniu os líderes há pouco para avisar que não deixará de lado a responsabilidade fiscal e nem o teto de gastos. Nesse sentido, a ordem no momento é manter o ministro da Economia, Paulo Guedes, como o condutor da politica econômica. Ao mesmo tempo em que volta a fazer mais um afago em Paulo Guedes, o presidente abre mais espaço para o Centrão, com a troca de comando na Liderança do governo na Câmara. O alerta de que, se seguir pelo caminho de “liberou geral” podia dar em impeachment, tal e qual ocorreu com Dilma Rousseff, ajudou nesse embalo. Se tem algo que Bolsonaro não quer de jeito nenhum é repetir o PT.
O novo líder Ricardo Barros é o PP do Paraná, foi ministro da Saúde do governo Michel Temer. Assim como o ex-líder do governo no Senado Romero Jucá (MDB) esteve em praticamente todos os governos. E mais um do Centrão a ascender e que toca de ouvido com o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB_TO), algo que o deputado Victor Hugo não fazia. Agora, o trio de líderes tem sintonia e fala a mesma língua para busca de votos para os projetos que o governo deseja e para ajudar na defesa em caso de impeachment, a palavra que faz Bolsonaro mais uma vez respaldar a posição de Paulo Guedes. Vejamos os próximos capítulos.
Coluna Brasília-DF
A fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, em prol da manutenção do teto de gastos, prometendo, inclusive, brigar contra quem se posicionar em sentido contrário, é lida até dentro do governo como um recado direto ao ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. Marinho defende a ampliação do gasto e recursos para infraestrutura como forma de alavancar o crescimento para sair da crise. Não chega a pregar a irresponsabilidade fiscal, mas está numa posição bem diferente de Guedes.
O árbitro dessa disputa será o presidente Jair Bolsonaro, que, até aqui, entregou toda a política econômica de seu governo nas mãos de Guedes, e não deu sinais de que fará diferente. Resta saber se Bolsonaro vai se manter nessa posição ou ceder àqueles que, segundo o próprio Guedes, querem levar o presidente a uma “zona sombria, das incertezas, do impeachment”. Essa é a batalha do momento.
Lastro I
O aval do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao teto de gastos e sua presença ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, afastou leituras de que o governo abrirá mão da gestão fiscal e de um estado mais leve.
Lastro II
O mercado também entendeu que o ministro terá os votos para aprovar, ao menos, parte das propostas enviadas ao Congresso. Para completar, a presença do deputado Arthur Lira (PP-AL) teve a leitura de que o Centrão também apoiará algumas medidas.
Primeira prova
A votação dos vetos presidenciais, hoje, é visto como um dos grandes testes para o governo Bolsonaro. O Planalto até aceita deixar derrubar aqueles relativos às dívidas do setor rural, mas não admite rever os vetos à desoneração da folha de pagamentos, nem ao marco regulatório do saneamento.
Cada um com o seu MDB
Da mesma forma que, em seu tempo de presidente, Lula se aproximou do ex-presidente José Sarney e fez dele seu conselheiro, Bolsonaro tem agora laços com Temer. Muitos apostam que, dessa aproximação, pode sair um olhar mais simpático do governo à candidatura de Baleia Rossi (SP) para a sucessão de Maia.
CURTIDAS
Perdoar, jamais/ Os petistas não se esquecem do impeachment da presidente Dilma Rousseff e, sempre que podem, alfinetam Temer. Ontem, por exemplo, o deputado Alexandre Padilha (PT-SP, foto) saiu-se com esta: “O primeiro-ministro do Líbano, quando soube que o Temer iria representando o Bolsonaro, já pediu demissão para se antecipar a articulação golpista”.
E vem mais/ A ordem é aproveitar a campanha municipal para explorar todas as compras em dinheiro feitas por parentes do presidente, sejam filhos ou a ex-mulher, Rogéria, mãe dos filhos parlamentares do presidente. Nessa linha, a primeira-dama Michelle Bolsonaro já é chamada pelos petistas de “Micheque”.
Incógnita/ Depois que o jornalista José Luiz Datena recusou o convite para compor a chapa do prefeito de São Paulo, Bruno Covas, à reeleição, o governador João Doria responde assim quando alguém lhe pergunta quem ocupará essa posição: “Nem o Bruno sabe”.
O “bolhão” do futebol/ A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) forçou uma volta dos jogadores aos campos e, agora, alguns times estão paralisados pela covid-19. Nos Estados Unidos, por exemplo, as estrelas da NBA voltaram aos ginásios, na “bolha” da Disney, em Orlando. Por aqui, não houve esse cuidado.
Mourão sobre garimpo em áreas indígenas: “temos que parar de tapar o sol com a peneira”
Em debate virtual hoje de manhã, tanto o vice-presidente Hamilton Mourão e o ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo cobraram dos congressistas a regulamentação do garimpo em terras indígenas, possibilidade prevista na Constituição e que há 32 anos aguarda regulamentação. “Nossos indígenas vivem em terras ricas como mendigos. Não têm acesso às conquistas materiais da humanidade, porque são preservados como se fossem animais num zoológico”, disse Mourão, acrescentando que é preciso “parar de tapar o sol com a peneira e entender que o indígena tem o direito de explorar a terra dele dentro dos ditames da legislação”, afirmou, defendendo essa exploração como forma de ampliar o acesso aos bens materiais do mundo moderno, “e não vivendo segregado de forma como os portugueses os encontraram em 1.500”, disse.
A declaração foi dada numa live promovida pela FSB comunicação. No encontro, discutiram a Amazônia e seus pontos mais polêmicos, sob a mediação do jornalista Alon Feuerwerker. O vice-presidente cobrou que é preciso discutir o assunto, porque, senão, as ilegalidades prosperam. Foi a senha para que o ex-ministro Aldo Rebelo citasse o caso recente de Rondônia, que abriga uma das maiores reservas de diamante do mundo, onde, recentemente, a Polícia Federal prendeu contrabandistas internacionais. “O garimpo acontece e da pior forma possível, porque sai tudo clandestino do país”, disse Aldo.
Ambos foram incisivos ao dizer que é preciso fazer valer a legislação brasileira para a Amazônia, que classificam como uma das mais avançadas do mundo. O vice-presidente defendeu inclusive a necessidade de melhorar a qualidade do monitoramento da região. “Nosso sistema de monitoramento, de apoio à decisão, se ressente de melhor qualidade”, disse referindo-se aos sistemas ópticos que não conseguem monitorar em períodos de chuva e de muitas nuvens.
Já o ex-ministro afirmou que o Código Ambiental, do qual ele foi relator no passado, “é o que há de instrumento mais rigoroso no mundo, em termos de proteção ao meio ambiente”, e que até ONGs que foram contra o texto, apresentam-no como fiador das metas de acordo do clima. “O problema é que o estado brasileiro agiu de modo irresponsável. Não digo governos. Digo o estado”, afirmou, ao mencionar a politica de ocupação da região no passado, que levou as pessoas para Amazônia. “O Estado as levou. Depois, foram abandonadas. Quando o estado volta, é com o Polícia Federal e Ibama para tirar de lá”, afirmou, defendendo a necessidade de se criar uma politica que equilibre a proteção da floresta com a produção. “Não dá para colocar toda a população na floresta para procurar essência para a Natura, não pode ser assim”, disse ele, com a concordância do vice-presidente.
Pela exposição de ambos, está claro que Aldo, que já foi ministro de Lula, e Mourão, do lado oposto da política, caminham hoje na mesma direção, ambos ficam com o Marechal Rondon, “proteger as tradições dos índios, preservar a integridade cultural, mas íntegrá-los à sociedade nacional. A sociedade nacional não tem o direito de relegar uma parte da sua população a viver no (período) neolítico”, disse Aldo.
Apoiadores de Moro se mobilizam em defesa de Deltan na Lava Jato
A notícia divulgada com exclusividade pela Coluna Brasília-DF no fim de semana, veja posts abaixo, levou a um movimento no Twitter em prol da permanência de Deltan Dallagnol na coordenação da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. O #DeltanNaLavajato ocupa os trending topics do Brasil nesta tarde, com tuitaço marcado para 18h.
A coluna do último Domingo revelou que o pedido de afastamento de Deltan da lava Jato, apresentado pela senadora Kátia Abreu (PDT-TO), será julgado em 18 de agosto pelo Conselho Nacional do Ministério Público. Kátia Abreu pediu o afastamento do procurador porque acredita que os processos a que Deltan responde __ e os métodos __ podem comprometer o futuro da investigação.
A data do julgamento foi definida pelo relator do processo, o conselheiro Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho. Ele já pediu para ouvir o procurador-geral, Augusto Aras e mais duas pessoas, o corregedor-geral, Rinaldo Reis Lima, e o conselheiro Otávio Luiz Rodrigues Jr, relator de processo disciplinar contra Dallagnol. Se o julgamento terminar no próprio 18, será 20 dias antes de Aras definir se prorroga a Lava jato ou arquiva tudo. Há quem considere que a saída de Deltan pode ajudar na prorrogação.
A ida do presidente Jair Bolsonaro hoje de manhã à casa da deputada Bia Kicis (PSL-DF) no Lago Norte foi um sinal de que ele não pretende perder a aliada e quer, inclusive afastar possíveis intrigas de adversários. “Foi um gesto simbólico, de que desentendimentos não abalaram um relacionamento sólido de amizade e de aliança”, comentou Bia ao blog.
Bolsonaro chegou à cada da deputada por volta das 10h30. eles conversaram por quase uma hora, em que expuseram as posições de parte a parte a respeito da votação do Fundeb __ Bia votou contra, o que resultou no afastamento dela do cargo de vice-líder do governo. O tom amistoso e cordial da conversa de hoje foi para não deixar o assunto mal-resolvido e nem mágoas acumuladas. O fato de o presidente ir até a casa da deputada, em vez de chamá-la ao Palácio, foi uma deferência e um sinal forte de que ele tem apreço pela aliada, embora tenha assinado a destituição dela do cargo sem uma comunicação prévia.
Bia trata esse episódio como superado e ainda chamou a família para uma foto com o presidente. Pelo menos, esse assunto Bolsonaro resolveu logo, assim que recebeu o teste negativo da covil-19. É uma rusga que sai da intrincada articulação politica que aguarda a volta do presidente ao Planalto na próxima segunda-feira.
“Querem calar a direita, diz Carla Zambelli sobre suspensão de contas no Twitter
Deputada bolsonarista de primeira hora, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), que não teve a conta suspensa, foi uma das primeiras que reagiu à suspensão de contas de aliados do presidente Jair Bolsonaro no Twitter determinada hoje pelo Supremo Tribunal Federal. Entre os atingidos estão o ex-deputado Roberto Jefferson e o empresário Luciano Hang, sob suspeita de propagar fake news. “A quem vamos recorrer, sem as redes sociais? Querem calar a direita”, diz Zambelli, preocupada com o período eleitoral que vem por aí. Empresários e Jefferson vão recorrer da decisão da Justiça de suspensão das contas.
A suspensão das contas foi vista como um recado aos demais usuários das redes que abusam da propagação de notícias falsas e disseminação de discursos de ódio. Dia desses, numa recente entrevista a um blogueiro, o ex-deputado Roberto Jefferson fez comentários homofóbicos e chamou dois ministros do STF de “sodomitas”, com várias afirmações capazes de configurar crimes. Sinal de que não é apenas em relação às contas nas redes sociais que alguns terão problemas com a Justiça.
Nomeações do Centrão para cargos na Esplanada visam blindar Bolsonaro
Brasília-DF, por Carlos Alexandre de Souza
Há semanas a aproximação entre o Planalto e o Centrão tem mostrado resultados, com a nomeação de integrantes da composição de legendas para cargos no governo federal, em troca de uma promessa de apoio parlamentar e a construção de uma blindagem contra um eventual processo de impeachment. Na última semana, o acordo provocou mudanças na composição de vice-líderes do governo na Câmara.
Três vagas deverão cair nas mãos do insaciável apetite do Centrão. Um dos atingidos com a negociação foi Daniel Silveira (PSL-RJ), destituído do cargo. Bolsonarista atuante, disposto a enfrentar manifestantes nas ruas que divergem da política do presidente, o deputado não escondeu a insatisfação de ter sido convidado a se retirar do posto.
“Estranha essa relação de homens tão próximos manobrarem enfraquecimento da base do presidente. Ser líder só tem ônus, mas ao menos que seja alguém de honra”, disse. Deputado federal por 27 anos, Jair Bolsonaro sabe que não se constrói uma base parlamentar apenas com afinidades ideológicas. Não existe, portanto, uma nova política. É a política de sempre, no tradicional toma lá dá cá e sempre sujeita a mudanças, que está em curso para angariar estabilidade ao governo Bolsonaro.
AntiSupremo
Outro ponto nevrálgico na mudança é a urgência do Planalto em evitar novos confrontos com o Supremo. Daniel Silveira é investigado no inquérito que apura a organização de atos antidemocráticos. Otoni de Paula (PSC-RJ), outro vice-líder que ficou sem cargo, disparou uma sequência de impropérios contra o ministro Alexandre de Moraes — “lixo”, “esgoto do STF” e outros termos — antes de desocupar a cadeira.
Conselho a Guedes
O procurador-geral Augusto Aras enviou recomendação ao ministro da Economia, Paulo Guedes, com propostas para dar mais transparência ao recursos federais destinados ao combate à covid-19. Guedes tem 30 dias para informar se vai acatar as recomendações ou apresentar justificativa para não implementar as medidas. A Procuradoria observou que a flexibilização do regime fiscal, financeiro e de contratações adotado durante o período de calamidade pública não dispensa o governo federal de adotar políticas que garantam transparência, controle e fiscalização dos recursos gastos no combate à doença.
Pária financeiro
Defensor de uma retomada econômica verde, o ex-presidente do Banco Central, Pérsio Arida, afirma que o Brasil tornou-se um pária do investimento internacional em razão do descaso do governo federal com o meio ambiente. Um dos formuladores do Plano Real, Arida também rebate críticas do ministro da Economia, Paulo Guedes: “Ressentimento e inveja são assuntos para divã de psicanalista.”
Correspondência
Duas cartas enviadas ao governo brasileiro pela ONU e pela OEA indicam que a proposta, no atual formato, poderá violar compromissos que o Brasil assumiu com a comunidade internacional. A maior preocupação é a proteção legal ao direito à privacidade. Amanhã, a Câmara realiza a primeira audiência pública sobre o projeto aprovado no Senado. O evento será transmitido pela internet, e deve ter a participação do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Prontos para o voto
Um levantamento preliminar feito pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) aponta que 125 parlamentares — 124 deputados federais e um senador —, em exercício do mandato, podem concorrer a uma vaga para prefeito ou vice-prefeito nas eleições municipais de 2020. As legendas com maior número de pré-candidatos são o PT (13), o PSL (12) e o PSB (12). Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro concentram o maior número de concorrentes, com 15, 14 e 9 políticos aptos para a disputa eleitoral.
Imunes
A primeira-dama, Michelle Bolsonaro (foto), anunciou nas redes sociais que não está infectada por covid-19. Ela publicou seu teste com o resultado “não detectado” para o vírus. “Minhas filhas e eu testamos negativo para a covid-19. Agradeço as orações”, escreveu. Michelle é mãe de Laura, 9 anos, sua filha com o presidente Jair Bolsonaro, e Letícia Firmo, 17 anos, fruto de outro relacionamento da primeira-dama. As duas filhas residem no Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência.
Follow the money
A operação do Ministério Público do Rio de Janeiro que resultou na prisão de Edmar Santos, ex-secretário de Saúde do governador Wilson Witzel, na última sexta-feira, apreendeu um total de R$ 8,5 milhões em dinheiro vivo. Boa parte dessa bolada foi entregue aos promotores por um dos investigados. Edmar Santos é acusado de liderar um esquema de desvio de recursos em compras para atender à emergência da covid-19. Ele foi exonerado no mês de maio, em meio às denúncias de fraudes. A defesa do ex-secretário afirma que o dinheiro não foi encontrado em nenhum dos endereços do ex-colaborador de Witzel.
A base do presidente Jair Bolsonaro, está azeitada, mas agora a briga é outra. Os parlamentares foram avisados da liberação de R$ 13,8 bilhões em recursos não só para o combate à covid-19, como também outros benefícios aos municípios. Entretanto, muitos estão uma arara. Em Belo Horizonte, por exemplo, para onde foram R$ 24 milhões, alguns anunciaram como se fosse tudo da sua lavra individual deixando outros a ver navios. O valor, porém, é a soma de várias emendas e tem gente querendo faturar sozinho. A confusão já está criada.




