Maia suspende antecipação do 13º de servidores da Câmara

Publicado em Política

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, suspendeu a antecipação do 13º salário de 2018 dos servidores da Casa. Desde 2016, a Câmara antecipa de junho para janeiro o pagamento de parte do 13º. Os servidores estão revoltados, uma vez que muitos contavam com a antecipação para pagamento de impostos e outros compromissos. Muita gente sai de férias, gasta e não se planeja para as contas do início do ano.

O deputado Rogério Rosso (PSD-DF), que está no estúdio da TV Brasília para participar do programa CB.Poder, conta que recebeu vários telefonemas de servidores pedindo ajuda, para que ele conversasse com o presidente da Câmara e apelasse para que ele revisse a decisão. Rodrigo informou ao parlamentar que não recuará. “Lamento essa decisão, porque pegou muitos de surpresa, pessoas que já contavam com esses recursos para suas despesas”, afirmou.

Há risco de a mesma medida ser tomada por outros poderes.

“Lula não pode ser impedido”

Publicado em Política

Vice-presidente do Tribunal de Contas da União, o ministro José Múcio Monteiro saiu em defesa da candidatura de Lula. Em entrevista à rádio Jornal, em Recife, ele afirma que “líder não pode ser impedido” de se candidatar: “Se Lula não for candidato é ruim para a democracia. SE ele for impedido sem prova inconteste, quem ganhar terá muita dificuldade de governar”, avalia. José Múcio defendeu ainda a reforma da Previdência proposta pelo governo Michel Temer: “Tem que mexer. É feito remédio ruim, tem que tomar, senão morre”, compara, citando inclusive a situação do Rio de Janeiro, onde o governo estadual parcelou o pagamento das aposentadorias.

A posição de José Múcio, de defesa da candidatura de Lula, começa a ganhar corpo em outros setores. Até mesmo entre os adversários do PT, já existe que o melhor é derrotar o ex-presidente nas urnas, de forma a evitar que mais tarde os movimentos sociais ligados ao PT tentem tumultuar a vida de qualquer outro que seja democraticamente eleito em outubro. Essa discussão, aliás, promete ganhar corpo nesses dias em que o julgamento se aproxima. A sessão do TRF-4 que analisará o recurso de Lula contra a sentença do juiz Sérgio Moro no caso do tríplex no Guarujá está marcada para 24 deste mês.

Da parte do governo do presidente Michel Temer, entretanto, não se ouvirá muitas vozes defendendo de público a candidatura do ex-presidente. O próprio Temer estará em Davos, na Suíça, quando houver o julgamento. A data do forum econômico mundial não podia ser melhor para tirar Temer de cena, enquanto Lula estiver em julgamento no TRF-4, em Porto Alegre.

Jefferson detona candidatura de Meirelles

Publicado em Política

Além de dizer que vai lutar até o fim pela posse da deputada Cristiane Brasil no Ministério do Trabalho, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, falou ao CB.Poder sobre outros temas, de reforma previdenciária a cenários para 2018. De antemão, ele avisa: “Não dá para o Meirelles fazer a reforma da Previdência pensando em ser candidato. Ele não tem o charme de Fernando Henrique Cardoso e, portanto, está longe de repetir o que o Fernando Henrique fez em 1994”, diz. Jefferson considera que o melhor nome do centro da politica é o do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que trem experiência administrativa. “É disso que o país precisa”, comenta, descartando todos os demais postulantes.

Jefferson, porém, avisa que não deixará de votar a reforma por causa do desfile pré-eleitoral do ministro. Apenas considera que Meirelles não deve ser candidato, porque precisa cuidar da economia. O petebista aposta inclusive que o comandante do PSD, Gilberto Kassab, não apoiará a candidatura de Meirelles por causa dos interesses que tem em São Paulo. “Ele não vai contar com o Kassab”, diz, com uma segurança de quem sabe exatamente a posição da cúpula do PSD sobre uma candidatura do ministro.

Quanto à filha Cristiane, Jefferson saiu do estúdio direto para a sede do PTB, onde trabalharia com os advogados em duas frentes: Uma no Rio de Janeiro, no sentido de derrubar por lá mesmo a liminar que impede a posse da ministra e, ainda no Supremo Tribunal Federal. A ideia é entrar com uma reclamação direta ao STF, uma vez que a nomeação e posse de qualquer ministro é privativa do presidente da República. Perguntado se o caso de sua filha poderia ser comparado ao de Lula em 2016, quando o petista nomeado ministro da Casa Civil de Dilma, Jefferson foi direto: “Achei uma injustiça não deixar o Lula assumir. Se a Dilma nomeou =, ele deveria ter assumido. É tarefa privativa do presidente da República”, disse. É essa a tese que o PTB pretende levar ao STF ainda hoje. Essa novela da posse ainda terá vários capítulos.

Deputado Pedro Fernandes (PTB-MA) é o novo ministro do Trabalho

Publicado em Política

Sai Ronaldo Nogueira, entra Pedro Fernandes no Ministério do Trabalho.A troca foi selada hoje à tarde, numa reunião entre o presidente Michel Temer, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, o líder da bancada, Jovair Arantes, e o ministro que deixa o cargo. Temer conversou com Pedro Fernandes por telefone. Combinaram a posse para 5 de janeiro, a primeira quinta-feira de 2018. Nogueira já havia pedido para sair desde o início de dezembro. Porém, decidiu ficar para que seu partido pudesse chegar a um nome de consenso para assumir o comando da pasta. A saída agora foi combinada com os petebistas justamente para que o partido pudesse escolher um sucessor. Deixar para março, poderia levar o governo a optar por um técnico e não por um nome mais partidário.

Fernandes não será candidato a deputado federal no ano que vem, porém não ficará longe do Congresso. Ele abrirá espaço para que o filho, Pedro Lucas Fernandes, seja candidato a deputado federal. Pedro Lucas preside a Agência Metropolitana do governo Flávio Dino no Maranhão. A agência é responsável pela coordenação das ações do governo estadual com os 13 municípios mais próximos de São Luís. Ou seja, o sucessor tem muitas ferramentas para alavancar uma campanha para deputado federal. Além de presidente da Agência, terá um pai ministro.

A inteligência de 2018

Publicado em Política

O presidente Michel Temer determinou aos ministros Torquato Jardim, da Justiça, e Raul Jungmann, da Defesa, que procedam a união dos serviços de inteligência do país. Hoje, o Planalto tem um, a Polícia Federal tem outro, e, na Defesa, cada Força tem o seu. Foi numa viagem internacional que o presidente descobriu que nenhum desses serviços conversa com os demais. Onde houve uma certa harmonia no trabalho foi na Copa do Mundo, e olhe lá. A ordem agora é ver se esse espírito natalino se prorroga pelo menos até o início de 2018, para que possa haver mais parceria entre todos os setores de inteligência.
Está cada vez mais claro para todos os setores do governo que a única forma de tentar ganhar do crime organizado no Brasil é se antecipando às ações dele. É nesse sentido que o Poder Executivo pretende trabalhar para ver se consegue aumentar a sensação de segurança no país no ano que vem. Faz sentido.

Olho nele I

Antes de qualquer novo movimento mais incisivo em relação ao presidenciável Henrique Meirelles, o PSD vai avaliar a evolução do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Se o tucano continuar com problemas em casa e não obtiver índices positivos espalhados pelo Brasil, Meirelles se colocará ainda mais na cena pré-eleitoral.

Olho nele II

Para você, leitor que acompanha a política, fica a dica: se Meirelles começar a desfilar muito em encontros partidários Brasil afora, é sinal de que o governo Temer não vai de Geraldo.

Haddad na resistência

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad tem se esquivado de fechar desde já uma candidatura ao Senado pelo estado mais populoso do país. Há quem diga que ele ainda não perdeu as esperanças de ser o plano B do partido à Presidência da República, caso Lula não consiga ser candidato.

A culpa foi dele

Nas reuniões internas, o PT fechou a narrativa que usará na campanha para explicar ao eleitor por que Dilma Rousseff não recuperou a economia. Todas as propostas que ela apresentou foram bombardeadas pelo então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, hoje inquilino do sistema carcerário.

Por falar em sistema carcerário…

O clima na Papuda entre os detentos ilustres não está nada bom nesse período de Natal e de reflexão. O choro tomou conta de muitos. Que seja de arrependimento.

Ela não quer/ O sentimento de muitos petistas é o de que a ex-presidente Dilma Rousseff (foto) não vai concorrer a um mandato eletivo no ano que vem. Há quem diga que ela não está com muita vontade de fazer campanha.

Eles não querem/ O estado onde Dilma aparece melhor nas pesquisas internas é em Minas Gerais. Mas tem um problema. Embora a presidente seja amiga do governador Fernando Pimentel, os petistas mineiros têm outros planos para as vagas ao Senado em 2018.

À la FHC/ Michel Temer tem se inspirado em Fernando Henrique Cardoso, na linha de um presidente que ri de si mesmo e das coisas que não estão tão boas. Em relação aos 6% de popularidade registrada na última pesquisa, ele brincou: “Vejam só, a minha popularidade dobrou!”.

No mais…/ O momento é de balanços e de muita oração por um Brasil melhor. Que Deus nos ilumine hoje e sempre! Feliz Natal!

Bernardinho livre da multa diária de R$ 40 mil

Publicado em Política

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral Admar Gonzaga acaba de conceder liminar favorável ao ex-técnico Bernardinho, possível pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro. Bernardinho foi acusado de promover propaganda eleitoral antecipada, com o número de seu partido. O Tribunal Regional Eleitoral do Rio aplicou ao ex-técnico uma multa diária de R$ 40 mil.
Em sua defesa, Bernardinho alega que não criou o perfil, nem sequer se colocou como pré-candidato. Apenas se filiou ao partido Novo. Porém, não pode impedir manifestação da imprensa, que o citou como candidato.

Com a liminar, ele fica livre do pagamento da multa. Em sua decisão o ministro Admar anotou que o TRE do Rio afrontou a liberdade de manifestação política e de imprensa.

Trem-bala da alegria em marcha no Judiciário

Publicado em Política

A Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União têm encontro marcado nesta terça-feira com a presidente do STF, Carmen Lúcia, a fim de convencê-la a enviar ao Congresso um novo projeto para elevar ao nível superior 85 mil técnicos judiciários de nível médio. A Fenajufe alega que isso não terá impacto financeiro, porque é apenas para elevar a escolaridade de ingresso na categoria. Porém, as contas de analistas judiciários indicam que não é bem assim. Agora, querem participar da audiência para expor seus cálculos.

Estudos feitos pela Associação e pelo Sindicato Nacional dos Analistas do Poder Judiciário e do Ministério Público da União (Anajus e Sinajus) mostram que a legislação obriga o aumento de remuneração de acordo com o nível de escolaridade. Calculam que o impacto financeiro mensal seria de pelo menos R$ 347.265.650,00. Ou R$ 4,5 bilhões por ano, o que daria para construir 30 mil casas populares do programa Minha Casa, Minha Vida.

“A conta ainda pode ser maior, uma vez que se provoca um efeito cascata nos estados e prefeituras. Quem quiser mudar de patamar, que preste concurso”, diz o presidente da Associação dos Analistas Judiciários (Anajus), Daniel Amorim. Faz sentido.

A volta de Marcelo
Tempo não vai faltar. A partir desta terça-feira, quando começará a cumprir dois anos e meio de prisão domiciliar, o empreiteiro Marcelo Odebrecht vai se dedicar a juntar documentos para reforçar as denúncias que fez contra políticos. Esse é o plano para a rotina de trabalho no tempo em que não estiver na companhia da mulher e das filhas.

Semana do perigo
A Câmara dos Deputados planeja sessão de votação de medida provisória para esta segunda-feira, quando os deputados ainda virão a Brasília em busca dos recursos liberados na última sexta-feira pelo Tesouro para os ministérios. Todo o cuidado é pouco. É a hora daqueles projetos que saem aprovados e, depois, ninguém assume autoria.

Ou uma coisa, ou outra
Quem conhece a lógica congressual avisa aos técnicos do Judiciário: a pressão para mudar de nível médio para superior nessa hora de reforma da Previdência não terá muito espaço. Sabe como é: ou as categorias negociam alguma mudança na reforma previdenciária ou insistem nesses artifícios, para beneficiar quem fez concurso para um determinado nível e agora deseja pular para outro.

CURTIDAS
Mal na fita/ Uma pesquisa da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte com o instituto Consult pediu ao entrevistado que definisse política/ políticos. “Quadrilha, bando de ladrões, bandidos” foram campeãs de citações com 37, 18%.

Por falar em bandidos…/ Nem o espírito natalino fez com que os cariocas aceitassem o pedido de perdão do ex-governador Sérgio Cabral. Afinal, ninguém acreditou nessa história de que o dinheiro era todo de caixa dois de campanha. Quem está com o salário atrasado acha que era roubo mesmo.

Todos querem São Paulo/ Semana passada, foi Álvaro Dias, do Podemos. Hoje é Ciro Gomes, que estará por lá. São os pré-candidatos a presidente da República tentando surfar no desgaste do PSDB, em busca de uma lasquinha dos votos que Aécio Neves obteve em 2014.

É por aí/ Os adversários de Jair Bolsonaro (foto) têm um mote para tentar desidratar as intenções de voto do deputado nas pesquisas para presidente da República. É mais ou menos assim: se fosse competente, teria chegado a coronel ou general. Saiu como capitão.

Jader cobra fim do foro

Publicado em Política

O senador Jader Barbalho (PMDB-PA) contou ao blog que defenderá daqui a pouco o fim do foro privilegiado para as 55 mil autoridades que hoje têm esse privilégio. Citará inclusive ministros de tribunais superiores que hoje detêm esse benefício. O PMDB está todo no plenário para ouvi-lo. Até porque, há pouco, circulou o boato de que o discurso era para que ele renunciasse ao mandato. “Renunciar por que, se não fiz nada de errado? Vou tratar é do foro”, disse Jader ao blog.

O projeto está parado na Câmara dos Deputados. E, se os congressistas não correrem, o foro especial acabará só para eles, deixando o Judiciário de fora. Afinal, no STF, está em discussão o fim do foro apenas para os políticos. Eles querem isonomia. E, Justiça seja feita:Se for para acabar, deve ser para todos.

PSDB fecha questão. DEM será o próximo

Publicado em Política

Aos poucos, os partidos da base vão entendendo a importância de se aprovar logo a reforma da Previdência e, com ela, garantir o discurso de recuperação econômica na eleição. O PSDB, por exemplo, que não tem tradição de fechar questão em votações tomou essa decisão hoje de manhã, de olho nos números da economia e na perspectiva de não deixar o PT repetir o discurso de 2006, quando jogou no colo dos tucanos o terrorismo da privatização. Os petistas planejam repetir essa estratégia com a reforma da previdência.

Nesse momento, por exemplo, circula nas redes sociais uma notícia falsa, com a marca do PT, de que a reforma acaba com o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a pessoas de baixa renda. A reforma em análise no Congresso não mexe com o BPC.

Amanhã, o DEM adorará o mesmo recurso de fechar questão para levar os seus deputados a votarem em bloco em favor da reforma previdenciária. De ontem para hoje, o quadro mudou. O governo chega a esta tarde mais otimista. Vejamos as próximas horas.

Tendência é Marun

Publicado em Política

Com o ministro Antonio Imbassahy fora da Secretaria de Governo, o presidente Michel Temer ganha um espaço nobre para tentar fechar os votos que faltam à reforma previdenciária. A tendência é a nomeação do deputado Carlos Marun (PMDB-MT), que tem um bom trânsito no chamado Centrão. Aliás, Marun foi acusado pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL), de ter ido a Curitiba tratar com o ex-deputado Eduardo Cunha sobre o nomeação de André Moura (PSC-SE) para líder do governo. Renan chegou a se referir ao deputado como um mensageiro do ex-presidente da Câmara.

As reclamações de Renan não foram rebatidas pelo Planalto, que nomeou André Moura, sem dar satisfações aos senadores do partido e sim aos deputados da base, algo que o presidente repetirá agora com o substituto de Imbassahy. O PP, que mais reclamava de Antonio Imbassahy, não tem restrições ao nome de Marun. Há um mês, quando Bruno Araújo deixou o ministério das Cidades para que Temer pudesse acomodar melhor o Centrão, o PMDB chegou a anunciar que Marun seria ministro. A operação foi tão atrapalhada que irritou o tucano e Temer recuou.

No mesmo dia da posse de Aleandre Baldy no lugar de Bruno Araújo ficou acertado que Imbassahy sairia quando da convenção do PSDB, marcada para a amanhã. Os peemedebistas agora, como alguns setores do Centrão, aguardam a nomeação de Marun. O deputado, aliás, havia dito há um mês que abriria mão de disputar a reeleição “se fosse para ajudar o presidente Michel Temer” no governo. A disposição de Marun não mudou. Resta saber se a do presidente Michel Temer e de seus aliados continua a mesma.