Decisão sobre Coaf mostra que Bolsonaro precisará recorrer aos senadores

Bolsonaro
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Os apelos do presidente Jair Bolsonaro para que os senadores do PSL não repetissem o comportamento dos deputados que lutaram para manter o Controle de Atividades Financeiras (Coaf) nas mãos de Sérgio Moro mostraram que, quando o assunto é “de vida ou morte”, Bolsonaro conseguirá enquadrar os seus quatro votos no Senado. Na Câmara, entretanto, a influência do presidente é considerada menor, uma vez que os deputados fizeram questão de quebrar o acordo feito pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para que a votação da medida de reestruturação do governo fosse rápida.

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O cenário preocupa. É que se Bolsonaro não conseguir segurar os seus na Câmara, não será o Centrão, criticado nas ruas pelos apoiadores do presidente, que irá alegremente ajudar o governo quando surgir uma nova votação de vida ou morte na Casa. Mais uma vez, caberá ao presidente recorrer aos senadores. Para tristeza de Major Olímpio, que ontem se viu obrigado, pela primeira vez neste mandato, a trocar o desejo das ruas pela realidade.

01 na encolha

Ninguém viu uma manifestação do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) em defesa da medida provisória que fixou a estrutura do governo de seu pai. Há quem diga que há o receio de ele abrir a boca e alguém vir com um “Cadê o Queiroz?”

Bolsonaro segurou o mercado

Muitos ficaram intrigados sobre o porquê de as bolsas terem fechado em alta ontem, depois das preocupações do mercado com as críticas dos manifestantes de domingo ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia — o fiador das reformas. O humor positivo foi atribuído ao gesto do presidente Jair Bolsonaro: “O grande trigger (motivo que desencadeou o movimento) foi o café entre os presidentes dos três Poderes”, diz Rafael Furlanetti, diretor da XP Investimentos.

“Se Dilma tivesse uma oposição como essa, estaria no poder até hoje”

Da senadora Kátia Abreu (PDT-TO), referindo-se à ajuda que os oposicionistas deram ao governo ao aprovar a MP 870 sem retoques em relação ao projeto aprovado na Câmara

Hora dos recados

O DEM aproveitará a convenção nacional, amanhã, para tentar se descolar um pouco do tal Centrão, que inclui o PP, o PL (antigo PR), o PRB, o PTB e outras legendas de centro.

CURTIDAS

Renan, o discreto/ Ex-presidente do Senado, o senador Renan Calheiros só chegou para a sessão no fim da tarde, depois da reunião de líderes. Desde que Davi Alcolumbre assumiu, ele não tem participado das discussões mais acaloradas da Casa.

Moro contra Moro/ O ministro da Justiça, Sérgio Moro (foto), precisou ligar para o senador Major Olímpio (PSL-SP), a fim de dizer a ele que o momento era de pensar no país e não no Coaf sob o guarda-chuva da Justiça. Paulo Guedes fez a mesma coisa.

Tributária na roda/ Relator do crédito suplementar de R$ 248 bilhões, o deputado Hildo Rocha lança hoje o livro O Sistema Tributário que Queremos, às 14h30, no hall de café do salão verde da Câmara dos Deputados.

Ficamos assim/ Resumo da ópera política em Brasília: a votação da MP 870 no Senado mostrou que está tudo bem entre Executivo e Legislativo até a próxima crise. “Nem o presidente Bolsonaro imaginava que teria todos esses votos”, ironizou o senador Esperidião Amin.

Só papos

“O governador Ibaneis Rocha assina decreto que determina retirada de armas das mãos de policiais militares, civis e bombeiros que sejam indiciados na Lei Maria da Penha. A medida tem total apoio da SSP-DF, e é mais uma medida do Governo do DF de combate ao feminicídio”

Secretário de Segurança Pública, Anderson Torres

“Ibaneis está surfando em uma onda que não é dele. A PMDF e o CBMDF, há tempo, já recolhem o armamento do militar envolvido em qualquer crime violento, incluindo, é claro, violência doméstica”

Coronel da reserva Cláudio Ribas, ex-chefe da Casa Militar

Elogio de Bolsonaro às manifestações irrita congressistas

Congressistas Bolsonaro
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Número de manifestantes à parte, o que mais irritou os congressistas foi a fala do presidente Jair Bolsonaro elogiando as manifestações de domingo que, claramente, se mostraram contra o Congresso e o STF. Parlamentares dos mais variados partidos diziam em conversas reservadas que o presidente, apesar das ressalvas no discurso público, dá todos os sinais de que trabalha para jogar a população contra o Parlamento. E, verdade seja dita, o Congresso até aqui não se colocou contra as reformas. Ao contrário, estuda o projeto e cumpre os prazos. Os líderes estão tão desconfiados de que Bolsonaro quer mesmo é briga que nem a fala do presidente, propondo um pacto entre os Poderes, tirou essa impressão de inclinação ao confronto.

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É nesse clima que chega a hora da verdade para a Medida Provisória 870 (da reestruturação administrativa) — o primeiro teste pós-manifestações — e as negociações em torno da reforma da Previdência.

Cheiro de impasse I

Se o presidente Jair Bolsonaro quer distância dos “conchavos”, assim será. Caso o Senado mude o texto da MP 870 aprovado na Câmara , a Casa seguirá a resolução número 1 à risca. A Resolução fixa um prazo de três dias para análise da modificação feita pelo Senado Federal: o último dia será na sexta-feira.

Cheiro de impasse II

Se as ruas decretaram que nem o Centrão nem Rodrigo Maia prestam, o governo, maior interessado, que procure arregimentar os votos para aprovar a MP 870 numa sexta-feira, ligando e organizando uma maioria. Aliados do presidente, entretanto, dizem que a votação é obrigação do Congresso. E quem faltar que arque com as consequências.

“O texto só será mantido na forma aprovada pela Câmara se o presidente pedir publicamente”

Do senador Izalci Lucas (PSDB-DF), disposto a votar para devolver o Coaf ao Ministério da Justiça, onde está hoje o ex-juiz Sérgio Moro

Onde vai “pegar”

O governo monitora dia e noite os dados da economia e a ameaça de recessão técnica, visto hoje como o maior problema. Já existe o diagnóstico de que esse risco só será debelado se houver um diálogo mais harmônico entre os Poderes para levar adiante as reformas. O problema é que, com o Congresso e o STF achincalhados em manifestações pró-governo, a conversa fica cada vez mais difícil.

O desabafo da ministra/ Ao abrir a semana de orgânicos do Ministério da Agricultura, a ministra Tereza Cristina botou a boca no trombone contra aqueles que criticam a qualidade dos produtos brasileiros por causa dos agrotóxicos utilizados. “Considero um desserviço ao país, uma ação lesa-pátria, a campanha massiva de desinformação que alguns brasileiros de renome, inclusive com função pública, têm feito na internet contra a qualidade dos nossos alimentos. Nossos
concorrentes agradecem!”

O desabafo da ministra II/ Ao dizer que “a pior praga é a desinformação”, ela citou os biodefensivos, controle biológico de pragas, cada vez mais pesquisados e usados no Brasil. “Nem nós, nem o Ibama nem a Anvisa envenenamos o prato de ninguém.(…)
É uma irresponsabilidade total, ao se tratar de um assunto tão técnico, dizer que no Brasil se aplica pesticida porque se quer, aos montes, sem critério nenhum”, afirmou. “Eu fico realmente impressionada ao ver que, por mera disputa político-ideológica, se chegue a esse nível de mentira”.

Enquanto isso, no Planalto…/ A amigos, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Santos Cruz, considera a comunicação o maior desafio.

Para não ter sombra na Presidência, Bolsonaro começa a largar Moro

Moro e Bolsonaro
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Os mais atentos observadores da política acreditam que, além da manifestação desse domingo (26/5), as diferenças entre o presidente Jair Bolsonaro e seu ministro da Justiça, Sérgio Moro, serão um dos movimentos políticos que merecem ser observados. O ministro tenta arregimentar votos e apoiadores para ficar com o Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) sob a sua administração direta. O presidente, por sua vez, diante do curto prazo para aprovar a Medida Provisória 870, deixou claro, nos últimos dias, que o importante é aprovar a estrutura de governo incluída na MP, ainda que, para isso, o Coaf fique com a área econômica. Até aqui, dizem alguns, há todos os sinais de que Bolsonaro começa a largar Moro. O PSL, não.

Essa é a terceira diferença entre Moro e Bolsonaro. A primeira foi a nomeação de Illana Slabó para o conselho de Segurança Pública, vetada pelo presidente. A segunda, o fato de o presidente deixar dito nas entrelinhas que Moro aceitou ser ministro diante do compromisso de ser indicado mais adiante para o Supremo Tribunal Federal (STF). Para muitos, Bolsonaro quer Moro forte, mas não fazendo sombra à Presidência da República.

Vem pra Caixa…

… em Cancún. A Caixa Seguradora premiou gestores com uma viagem ao Caribe mexicano de 23 a 29 de maio. Sinal de que, ali, não tem crise. Só dinheiro que deixa de circular dentro do Brasil.

Coincidências da vida

O destino do Coaf estará em discussão no Senado justamente agora, que o caso de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, ganha novos contornos. Muitos senadores prometem registrar todos os movimentos e expressões de 01 no Plenário da Casa.

Bons vizinhos?

Até aqui, o presidente Jair Bolsonaro e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, não tiveram aquela conversa para estabelecer a parceria numa política de boa vizinhança. Nesses cinco meses, os encontros foram protocolares, em solenidades oficiais. Em todos os governos anteriores, os comandantes do GDF e da União trataram de se aproximar logo na largada.

CURTIDAS

No popular/ Para que todos entendam, tem gente dividindo os bolsonaristas assim: Quem compareceu à manifestação é Bolsonaro Raiz. Quem não foi, é Bolsonaro Nutella.

Os incomodados/ O governador de São Paulo, João Doria, aproveita esse momento pré-convenção tucana convidando quem não estiver satisfeito a deixar o partido. Se forçar muito a barra, corre o risco de terminar com uma legenda bem menor, o que não vai ajudar seus planos.

Batman & Robin/ Aliados de Rodrigo Maia começaram a acompanhar o número de acessos das fotos e vídeos do presidente com seus visitantes. Até agora, quem mais “bombou” foi o ministro da Justiça, Sérgio Moro. Ganhou até do presidente Jair Bolsonaro.

Mais um partido/ Jocelin Azambuja já foi vereador na década de 1990 pelo PTB e agora peregrina pelo país atrás de apoio para a criação de outra sigla: o Partido da Educação Brasileira (PEB). Nos últimos dias, conversou com prefeitos e agora vai atrás de órgãos como CNTE e Andes, sempre com o discurso de que a educação deve estar acima de ideologias.

Ministério da Justiça e PSL ameaçam MP que tirou Coaf de Moro

Coaf
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Restabelecida a possibilidade de os auditores da Receita compartilharem informações com forças-tarefas como a da Lava-Jato, o único risco, agora, à Medida Provisória 870 vem do Ministério da Justiça e do PSL. Embora o presidente Jair Bolsonaro diga que tanto faz o Coaf ficar no Ministério da Economia ou da Justiça, o senador Major Olímpio (PSL-SP) está pronto para abrir guerra em favor do ministro Sérgio Moro no plenário do Senado. E, se conseguir mudar a MP, o texto voltará para a Câmara, onde uma nova votação na semana que vem não está garantida. “O Bolsonaro está resignado. Nós, não. Duas bandeiras elegeram o presidente: combate à corrupção e segurança pública. Tirar o Coaf de Moro é um desmantelamento de uma das bandeiras”, disse o senador.

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A posição de Major Olímpio gera constrangimentos inclusive no Ministério da Economia. E o que técnicos ligados ao ministro Paulo Guedes mencionam, em conversas reservadas, e alguns deputados falam em público é: “Se vão insistir no Coaf com Moro, então, estão dizendo que o Paulo Guedes é desonesto e não é confiável”, comenta o deputado Hildo Rocha (MDB-MA), que tem estado em contato com grande parte da equipe econômica por causa do pedido de crédito de R$ 248 bilhões, do qual ele é relator.

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Moral da história: Se a Medida cair, Bolsonaro terá que reclamar a quem lhe é leal. A oposição está no papel de querer criar confusão na hora de votar a MP. Governo, não, dizem senadores em conversas reservadas.

Mira ali

A diferença de apenas 18 votos na votação em que os deputados garantiram o Coaf na Economia levou o governo a mapear aqueles com quem pode tentar jogar para fazer uma lipo no Centrão. O PSD de Gilberto Kassab está no topo da lista.

Quanto mais demora, pior fica

Até agora, o governo não enviou oficialmente à Comissão Mista de Orçamento qual o valor real que precisará emitir de títulos para cobrir as despesas inscritas no crédito de R$ 248 bilhões. Enquanto a informação não vier, o relatório sobre o pedido não sai e, consequentemente, não tem votação. Até aqui, são 23 vetos para votar antes do projeto. Daqui a pouco, o governo vai achar que o prazo de tramitação da MP 870, que vence em 2 de junho, está uma maravilha.

Posso ajudar?

Do Planalto, o único que telefonou para o deputado Hildo Rocha (foto) a fim de perguntar o que estava faltando para o relatório do crédito de R$ 248 bilhões foi o ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Santos Cruz.

CURTIDAS

O chefe não dorme/ Auxiliares do presidente Jair Bolsonaro têm sido acordados algumas vezes por volta das 2h da matina com mensagens do chefe. É que ele, de vez em quando, acorda no meio da noite com uma ideia e, para não esquecer, manda logo para quem interessa.

Quando dorme, apaga/ Bolsonaro conta que dorme muito bem nos voos. Dia desses, chegou a dar um susto na equipe, ao tomar um remédio por engano. Nem viu a hora que o avião pousou.

Termômetro/ A presença de Jair Bolsonaro hoje em Pernambuco será o primeiro teste na região. Já tem gente interessada em fazer pesquisa de opinião depois, para saber se a população, no geral, gostou da visita e dos programas a serem anunciados.

Governo vai passar pelo primeiro teste no Senado

senado
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Destravadas as votações na Câmara, a próxima semana será a hora do jeitão entre governo e Senado em matérias mais cruciais para o Poder Executivo. Uma parcela expressiva dos senadores vai para o plenário hoje pedir, por exemplo, que o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), rejeite de ofício o dispositivo da Medida Provisória 870 que tira da Receita os poderes de compartilhar dados com a Polícia Federal. “Isso é matéria estranha ao texto, uma vez que tratou das atribuições da Receita e não da estrutura de governo”, diz o senador Major Olímpio (PSL-SP). Ainda que não haja quórum para concluir a votação ainda hoje, o senador considera que esse assunto pode ser resolvido com uma canetada. Alcolumbre ainda não se manifestou a respeito. Primeiramente, ouvirá os técnicos da Casa.

Quase lá

Para uma primeira tentativa, a pressão via redes sociais quase dá certo para manter o Coaf no Ministério da Justiça. Foram 228 votos a 210. Sinal de que, na reforma da Previdência, os “caçadores de pokemóns”, como os congressistas mais antigos chamam os novos colegas eleitos pelas redes sociais, podem fazer a diferença.

Encastelado

O evento do presidente Jair Bolsonaro no Recife foi transferido das cercanias da universidade federal para um castelo, onde funciona o Instituto Ricardo Brennand. Todos que vão trabalhar na reunião foram obrigados a fornecer todos os dados para que pudessem passar pelo controle da segurança.

Por falar em Nordeste…

Nem a reunião da bancada nordestina nem o novo decreto das armas vão resolver os problemas de Bolsonaro. Nenhum coordenador de bancada estadual compareceu. Tudo para mostrar que nada está bem. Quanto às armas, vem por aí nova ação para sustar seus efeitos.

Os recados de Rodrigo

Comandante supremo da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia foi direto na veia durante seminário do Correio Braziliense sobre a reforma da Previdência: “Não podemos aceitar que nenhum brasileiro, que nosso Estado de direito, nem em frase, sejam colocados em risco”. Referia-se aos arroubos antidemocráticos que, invariavelmente, estão no cardápio de parte dos bolsonaristas.

Tudo no papel I

Em evento na Bolsa de Xangai para promover o mercado financeiro brasileiro, o vice-presidente Hamilton Mourão ouviu do empresário Jackson Wijaya, acionista da Paper Excellence, que a empresa pretende injetar nada menos que R$ 27 bilhões na economia brasileira, assim que a compra da Eldorado for concluída. Os recursos serão utilizados na construção de uma nova fábrica, em reflorestamento e em logística.

Tudo no papel II

Somado esse valor ao já desembolsado na transação, o montante destinado pela multinacional de papel e celulose ao Brasil chega a R$ 31,4 bilhões — cifra próxima à previsão de investimentos de toda a indústria automotiva no Brasil até 2022.

Curtidas

Agora é assim/ Um parlamentar, Filipe Barros (PSL-PR), na tribuna, discursando, e seus colegas de partido, todos atrás dele, de celular em punho, transmitindo ao vivo para suas redes. Todos fazendo pose. Se perguntar o que foi dito, vão precisar recorrer ao Google.

Centrão, eu?!!/ O líder do PP, Arthur Lyra, pedia a todos com quem conversava que lhe indicassem uma só votação em que foram contra o país: “Diga-me: qual o ato que fizemos contra o Brasil? Ministro fecha acordo, líder do governo diz que não aceita, e a culpa é nossa?”

E o doido, hein?/ Feliz da vida com a viralização do vídeo em que dizia que ia conversar com o presidente porque só um doido para conversar com outro doido, o deputado Pastor Sargento Isidoro (Avante-BA) comentava: “Bolsonaro diz que a classe política é problema, e ele não só entrou como colocou os três filhos. Só doido!”

Pedido de mãe…/ … É ordem. O líder do Novo, Marcel Van Hatten, do Rio Grande do Sul, planeja ir à manifestação de domingo. “Vou apenas defender a posição a favor das reformas, em especial, a da Previdência”, diz, ao comentar sobre a pressão de grupos favoráveis apelando por sua presença. Até a mãe dele está cobrando.

Um dedinho de juízo, outro de confusão

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A decisão do presidente Jair Bolsonaro de não comparecer ao ato marcado para o próximo Domingo e a perspectiva de recuo em pontos do decreto que ampliou o porte de armas são iniciativas que caminham no sentido de amortecer os problemas. Porém, dada a relação cada vez mais difícil entre o Congresso e o Planalto, os parlamentares consideram que é melhor o país “já ir se acostumando”: A condução será conturbada, porque o código genético do atual governo é o do confronto. Há quem diga inclusive que Bolsonaro foi eleito para cumprir esse papel, de jogar a culpa no Congresso. Isso vai até o último dia de governo do presidente.

Sem pressa

Não contem com o senador Esperidião Amin (PP-SC) para reduzir de imediato o poder do presidente Jair Bolsonaro editar medidas provisórias. “O governo Bolsonaro está editando menos da metade das medidas provisórias que os outros fizeram. Até agora, foram 17. A média dos demais governo era 28 por semestre”, diz ele, relator da proposta de emenda constitucional que pretende limitar a edição de MPs.

PT e PSDB

Até aqui, o governo do presidente Jair Bolsonaro conseguiu o que parecia impossível: PSDB e PT voltaram a conversar e não só em reuniões em São Paulo, como publicou o jornal O Estado de S.Paulo. Jaques Wagner e Tasso Jereissati trocam figurinhas toda semana.

Pontos nevrálgicos

Dois temas da Medida Provisória 870 prometem criar muita polêmica no Congresso hoje, quando a MP for a votos. Os aliados do Planalto vão insistir no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para a Justiça. Outro item que vai dar o que falar é o que tira poderes dos auditores da Receita Federal de compartilhamento de dados. “Isso é pior do que o Coaf. Vamos destacar para votar separadamente e repor o poder dos auditores”, diz o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE)

Recife, 40 graus

Os petistas querem aproveitar a presença do presidente Jair Bolsonaro na capital pernambucana, nesta sexta-feira, para promover um ato a fim de mostrar que, ali, a turma do presidente não conseguirá mobilizar muita gente para 26 de maio. A segurança presidencial será reforçada.

Deu ruim para os dois

A briga entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo, não foi boa para ninguém. Vítor Hugo, a partir de agora, falará sozinho. Saiu da reunião com fama de quem acha que para negociar com o Congresso é preciso um saco de dinheiro, por causa de um meme antigo que ele compartilhou. Para completar, os líderes consideram que Maia se excedeu.

Frase

“Não dá para ele ir lá fora e tratar o Brasil como lixo, inclusive a casa dele”, afirma o senador Jaques Wagner (PT-BA), ´que quer interpelar o ministro da Economia, paulo Guedes, para que ele explique o discurso proferido em Dallas, onde disse que venderia até o Palácio presidencial

CURTIDAS

Centrão, eu?!!/ O líder do PP, Arthur Lyra, pedia ontem a todos com quem conversava que lhe indicasse uma só votação em que foram contra o Brasil: “Me diga: qual o ato que fizemos contra o Brasil? Ministro fecha acordo, líder do governo diz que não aceita e a culpa é nossa?”

Foi bom, mas foi ruim/ Alguns deputados saíram do Planalto ontem à tarde embevecidos com a solenidade de doação da imagem de Nsa. Sra. de Fátima ao governo. Porém, logo que chegaram no Congresso, alguns integrantes da bancada católica receberam reclamações de fiéis, porque o presidente não falou na solenidade, nem defendeu Nsa. Sra. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, nem compareceu.

Ele é de todos/ Bolsonaro não discursou e fez questão de ficar sentado na plateia por um simples motivo: Não quer briga com os evangélicos. O presidente está cada vez mais ecumênico.

Pensando bem…/ O presidente Jair Bolsonaro tem café previsto para hoje com a bancada do Nordeste. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) que perde o amigo, mas não a piada, brincou: “Aí, não é conversa, é… comício!”

Bolsonaro não quer que ato do dia 26 seja contra o STF e o Congresso

Brasil ato do dia 26
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O presidente Jair Bolsonaro tem dito a interlocutores que jamais apoiará ações fora do jogo democrático, algo que tem sido pregado por alas mais radicais de seus apoiadores, que citam o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro tem, inclusive, procurado evitar os “doidinhos” que chegam com essas ideias antidemocráticas. Não por acaso, seus mais fiéis escudeiros têm se referido ao ato do dia 26 como algo que vem em defesa da reforma da Previdência e da medida provisória 870, a da reforma administrativa.

O problema é que, no início, falou -se num ato de protesto, pelo impeachment de ministros do STF e contra o Parlamento. É o governo procurando modular o discurso e o ato, para ver se não perde apoiadores. Afinal, não dá para ficar apenas com os “doidinhos”.

Entre a cruz e a espada

A manifestação marcada para o próximo domingo foi considerada um erro estratégico do governo. Se estiver lotada e prevalecer o mote contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal, o presidente se fortalece, mas ficará marcado como quem insuflou a população contra os outros dois Poderes constituídos.

Entre a cruz e a espada II

Na hipótese de a população como um todo não atender ao chamado, a leitura será de fraqueza. Não por acaso, muitos aconselharam o presidente a não se misturar muito com o evento. Afinal, governo que é forte não precisa convocar ato de apoio.

Previdência, a ordem dos fatores

O relator da reforma previdenciária, Samuel Moreira (PSDB-SP), vai preparar seu parecer apenas depois de ouvir tanto o governo quanto os partidos. A ordem é negociar o mérito antes da apresentação do substitutivo, que tomará por base o projeto do governo. Assim, quando chegar a hora de votar, espera-se que já haja um consenso.

Sarney

A entrevista do ex-presidente José Sarney ao Correio foi vista pela classe política e parte do Planalto como um alerta do que pode ocorrer, se não houver um “muita calma nessa hora”. Há tempos, dizem governistas e oposicionistas, um político brasileiro com tanta experiência não colocava os pingos nos is com tamanha propriedade.

A classe de Bolsonaro/ Pegou mal até entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro ele dizer no Rio que o problema do Brasil é a sua classe política. Ele não só é político, como colocou os filhos na carreira.

Penso, logo existo/ O ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, foi visto na Livraria Cultura, do Shopping Iguatemi, no último domingo. Ficou bastante tempo olhando os títulos de filosofia. Para um governo que fala em tirar verbas dessa área, o gesto vem a calhar.

Perigo/ A ida de Jair Bolsonaro a Recife para uma reunião da Superintendência do Nordeste é vista com preocupação por apoiadores. Afinal, Recife é berço do PT.

Previdência em debate/ Será amanhã, no auditório do Correio Braziliense, o seminário sobre por que a reforma da Previdência é necessária. Diante das dificuldades nas contas públicas, a importância da mudança só aumenta.

Nova posição / Torquato Jardim, ex-ministro da Justiça, foi nomeado vice-presidente da Agência Paulista de Promoção de Investimento e Competitividade (Investe São Paulo).

Congresso age para ter controle total do orçamento de investimentos

Orçamento de 2020
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Cientes de que, na atual conjuntura, uma emenda para implantação do parlamentarismo seria um golpe num presidente eleito e com tão pouco tempo de mandato, o Congresso vai levar adiante outras medidas. A primeira delas é só votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020 depois de aprovar o orçamento impositivo para emendas de bancada. A medida serviria para deixar todo o orçamento de investimentos nas mãos do Legislativo, sem muita margem de manobra para que o Executivo elencasse seus projetos prioritários na proposta orçamentária do ano da eleição de vereadores e prefeitos. Sobrará para o Poder Executivo, nesse caso, cuidar das “despesas da casa”, ou seja, salários dos empregados do poder público, aposentadorias, pensões, dívidas e fazer a “feira” com muita parcimônia.

A verdade libertará I

Em todas as conversas políticas prevalece a certeza de que, enquanto houver essa névoa sobre as transações imobiliárias do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), as dificuldades do presidente não vão cessar. Até aqui, as explicações sobre compra e venda de imóveis deixam a desejar.

A verdade libertará II

O senador será aconselhado a ir à tribuna tentar convencer seus pares de que é inocente. Só há um receio: aparecer um novo Pedro Simon (MDB-RS), que deixe 01 tão constrangido que o filho do presidente saia do plenário pior do que entrou. Simon, quando senador, era conhecido como o “derruba ministros”.

A verdade libertará III

O Ministério Público não se convenceu da explicação de Agostinho Moraes, ex-assessor de Flávio Bolsonaro. Agostinho recebia R$ 6 mil de salário e repassava R$ 4 mil para Fabrício Queiroz comprar e vender carros. Ficava com R$ 2 mil para passar o mês.

Haja carta

O presidente Jair Bolsonaro precisará de muito malabarismo para lotar praças e avenidas no dia 26 a seu favor. A manifestação foi convocada contra o Supremo Tribunal Federal e, entre aqueles que elegeram o presidente, há uma maioria que não aposta na derrocada das instituições. O MBL, por exemplo, já pulou fora.

“O momento é de acalmar e buscar solução, e não de derrubar medidas provisórias e convocar ministros. Agora, o presidente da República e seus ministros têm que parar de provocar. Não precisa chamar as pessoas de idiotas, tampouco dizer que aqui ninguém conhece carteira de trabalho”

Do deputado Vinícius Poit (Novo-SP), referindo-se ao clima acirrado que prepondera na política.

Quem manda/ Com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, destravando a pauta do Legislativo esta semana, os deputados e senadores vão realmente assumir o protagonismo do país e das reformas. Afinal, na semana em que ele e Davi Alcolumbre (foto) estavam fora, nada caminhou. Só a convocação do ministro da Educação, Abraham Weintraub, e a manifestação contra o governo.

Continha/ Um amigo do presidente Jair Bolsonaro percorreu a Câmara na semana passada para sentir o pulso. Descobriu que, em cada 10 deputados de partidos potencialmente aliados, oito estão insatisfeitos com o governo.

Motivos/ Uma das insatisfações diz respeito a nomeações de segundo e terceiro escalões. É que em muitos casos, os cargos ainda estão ocupados por petistas e emedebistas.

Só para gaúchos/ Uma roda de deputados e senadores tentava explicar na sexta-feira as dificuldades do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, em construir pontes. “A gente chega lá e ele só oferece chimarrão!”, brincou um deles. Os drinks sempre foram usados na política para ajudar a aliviar a tensão e encorajar o interlocutor a dizer o que realmente pensa. Assim, muitos presidentes ouviram verdades e traçaram soluções. Agora, a coisa está tão confusa que nem à mesa surgem as saídas para a crise.

Por falar em aliviar a tensão…/ Hoje, tem o Balé da China em Brasília. Nada como a sabedoria e a arte milenar.

Oposição prepara representação contra Flávio Bolsonaro

Representação Flávio Bolsonaro
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Embora as denúncias sobre a compra e venda de imóveis do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) nada tenham a ver com o seu atual mandato, um grupo de oposicionistas prepara representação contra o parlamentar no Conselho de Ética. A ordem é criar mais um fato político e deixar o pai, o presidente Jair Bolsonaro, ainda mais irritado do que deixou transparecer em suas declarações de ontem — afirmações que, por sinal, ajudaram a fazer com que a bolsa de valores despencasse no Brasil.

Se esses oposicionistas seguirem esse plano de representar contra Flávio, caberá ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), decidir o que fazer com o pedido, uma vez que o Conselho de Ética da Casa ainda não foi instalado. O receio dos bolsonaristas é de que Alcolumbre repita a dose da CPI da Toga. O demista considerou a CPI prejudicada, mas recorreu ao plenário e determinou que houvesse um parecer da Comissão de Constituição e Justiça. Se agir dessa forma, Flávio terá que se defender no plenário. Há quem diga que chegou a hora de Alcolumbre demonstrar consideração com o governo e arquivar tudo com uma canetada.

Assim, não!

O Centrão fez chegar ao Planalto que a forma de garantir a Medida Provisória 870, aquela que reestrutura o governo, é com votação simbólica do texto aprovado na Comissão Especial — aquele que tem o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) no Ministério da Economia e recria o Ministério das Cidades. Se houver pedido de votação nominal por parte do PSL para vincular o Coaf à Justiça, haverá risco de a MP perder a validade.

Assim, sim!

O partido de Jair Bolsonaro, entretanto, encerra a semana disposto a comprar essa briga. A ideia é desgastar o Centrão perante a população com o discurso de que, quem não quer Coaf nas mãos da Justiça tem medo do que pode vir pela frente.

Meio-termo

A turma do deixa disso avalia que é melhor deixar o Coaf na Economia, uma vez que Paulo Guedes já se comprometeu a manter a equipe indicada por Sérgio Moro, do que perder a MP.

Dois tons de comunicação

Os políticos registraram a forma como o presidente Jair Bolsonaro e o seu vice, Hamilton Mourão, se referiram aos manifestantes. Enquanto Bolsonaro chamou todos de “idiotas úteis”, Mourão disparou: “Se era só de estudantes, por que tinha Lula Livre?”. Não desrespeitou ninguém, apenas citou um fato.

Chama o Ernesto!/ O senador Esperidião Amin (PP-SC) quer que o ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, vá à Comissão de Relações Exteriores do Senado explicar que história é essa de se reunir secretamente com autoridades israelenses interessadas em obter aval do Brasil para ações de bloqueio ao Irã. “Aqui, temos uma convivência pacífica com árabes e judeus. O Brasil não deve tomar parte nesse conflito”, diz o senador.

Mais uma frente/ E o número de frentes parlamentares não para de crescer. Essa semana, foi instalada a Frente da Amazônia. Dia 22, vem mais uma: Desenvolvimento sustentável do petróleo e energias renováveis, da lavra do deputado Christino Áureo (PP-RJ). Já existe uma sobre Energia limpa e sustentável.

O que vem lá/ Depois das manifestações dos estudantes, grupos simpáticos ao presidente Jair Bolsonaro preparam ida às ruas em 26 de maio, para pedir o impeachment do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, e o do ministro Gilmar Mendes.

E o Weintraub, hein?/ Toda a celeuma em torno do contingenciamento dos recursos das universidades começou com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, quase que batendo no peito para dizer que contingenciaria recursos de três universidades onde havia “balbúrdia”, como se estivesse dando um corretivo. Depois, disse que todas as 63 seriam afetadas. Erro de comunicação. Nos governos passados, notícias como essas eram dadas com semblante de velório.

Governo procura um novo líder na Câmara

Líder na câmara
Publicado em coluna Brasília-DF

Coluna Brasília-DF

O governo do presidente Jair Bolsonaro já sondou alguns parlamentares para o lugar do líder na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO). Porém, até agora, não conseguiu definir um nome para substituí-lo. Até quem sonhava em liderar a bancada governista teme ser desautorizado logo ali na frente, diante do vaivém das decisões do Poder Executivo. Alguns deputados cogitados comentavam ontem, em conversas reservadas, que o maior receio é buscar um acordo, o governo aceitar e, na hora de uma votação, os deputados ligados ao governo recuarem por pressão das redes sociais. Nesse ritmo, dizem alguns, se Bolsonaro conseguir alguém para o lugar de Vitor Hugo será a troca de seis por meia dúzia.

Briga adiada

A pedido do ministro da Economia, Paulo Guedes, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas não levou ao plenário da Corte seu voto a respeito do bônus de eficiência pago a auditores e técnicos da Receita Federal. Guedes solicitou um tempo para apresentar alguns dados ao TCU e Dantas concedeu.

É bom se preparar

Até aqui, dizem técnicos do Tribunal, o voto do ministro é implacável. Dá 30 dias para o governo tomar uma decisão dentro do seguinte cardápio: ou corta uma despesa correspondente para pagar esse bônus ou aumenta imposto ou… suspende o pagamento desse plus aos servidores, que representa quase R$ 1 bilhão por ano.

A lupa do Meio Ambiente I

Entre os 103 contratos do Meio Ambiente em análise por técnicos do próprio ministério e da Controladoria-Geral da União (CGU) chama a atenção um para atender “quebradeiras de coco de babaçu”. Dos quase R$ 10 milhões, apenas R$ 2 milhões foram para a atividade-fim.

A lupa do Meio Ambiente II

O grosso dos recursos do contrato das quebradeiras de coco se perdeu em custos administrativos. Para completar, uma das instituições elencadas para receber esses valores está inscrita no Cepim (Cadastro de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas). Ou seja, não poderia receber um tostão.

Mistura explosiva

O governo tem que criar alguns fatos positivos e tentar sair da barafunda das notícias ruins. A avaliação geral é de que a manifestação dos estudantes, ontem, foi mais expressiva do que o esperado pelo Planalto. Isso, somado ao ato dos caminhoneiros no próximo domingo e à greve geral daqui a um mês, dá motivos de sobra para preocupação. Tudo deve ser acompanhado de perto, para evitar que o governo se desgaste ainda mais.

“Se o presidente não comanda e não é seguido (pelos ministros), fica difícil partir para projetos maiores”

Do líder do Cidadania, Daniel Coelho (PE), ao confrontar o ministro Abraham Weintraub sobre o descontingenciamento dos recursos do Ministério da Educação, prometidos pelo presidente Jair Bolsonaro

Enquanto isso, no mercado financeiro…/ Analistas dos maiores bancos de investimentos do país começam a chamar o presidente Jair Bolsonaro de “Dilmo”. Se a economia não se recuperar, o apelido vai se espalhar por outros setores.

Por falar em apelidos…/ O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, ganhou um, depois do episódio a respeito dos cortes/contingenciamento dos recursos da educação: grão-vizir, a mais alta autoridade depois do sultão. Tudo porque o ministro bateu o pé e os recursos da educação continuam contingenciados.

Papel passado/ A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou o projeto do senador Reguffe que fixa votação aberta para eleição da Mesa Diretora da Casa e também cassação de mandato. Agora, só falta o plenário.

Menos uma semana/ A Casa terminou perdendo mais um prazo para votar medidas provisórias. Culpa do líder do PSL, delegado Waldir, que prometeu uma aula de Weintraub no plenário da Câmara.