Saída de Ribeiro do cargo foi desenhada em festa de 15 anos

Publicado em Crise na Educação

A história da distribuição de Bíblias com a foto do ministro foi a pá de cal que faltava para selar a saída de Milton Ribeiro do cargo de ministro da Educação. A notícia publicada no Estadão tirou o pouco de apoio que Ribeiro ainda tinha no meio politico. Nem mesmo a bancada evangélica suportou o que classificou de mistura do “sagrado com o profano”. Na Bíblia, a foto deve ser de Jesus Cristo, conforme repetiram muitos deputados evangélicos hoje pela manhã, engrossando o coro pelo afastamento do ministro.

A saída de Milton Ribeiro começou a ser desenhada de fato pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, ainda no fim de semana, durante festa de aniversário de 15 anos da filha do ex-deputado Alexandre Baldy (PP-GO), candidato a senador por Goiás. Ali, o comando do PP avaliou que o desgaste só cresceu na última semana e que eles deveriam trabalhar para convencer o presidente Jair Bolsonaro a afastar o ministro dia 31, quando os ministros candidatos às eleições deste ano deixam seus cargos. Aliás, como leitor da coluna Brasília-DF já sabe, era isso que estava previsto desde o início da semana passada: Se Ribeiro conseguisse se explicar e estancar a crise na semana passada, ele não precisaria sair. Caso contrário, sairia em 31 de março, junto com os outros, o que diluiria a repercussão. A notícia da distribuição de Bíblias com a foto do ministro em evento do governo, entretanto, antecipou a “operação”.

Os governistas avaliam que está num ponto em que não dá mais nem para esperar a fala do ministro no Senado, onde Ribeiro deve comparecer esta semana para explicar as denúncias de favorecimento às indicações de pastores para liberação de recursos. E, agora, terá ainda que explicar a questão da distribuição de Bíblias com a sua foto. Essa mistura de sagrado e profano foi criticada até mesmo pela bancada evangélica. Ribeiro perdeu agora todas as condições de permanecer. Ainda que seja uma licença, não estará mais no governo, sangrando a popularidade da administração federal. Falta Bolsonaro pegar a sua Bic e assinar a demissão e/ou afastamento. Os dois textos já estão prontos.

União é de todos: apoiadores serão livres para defender presidenciáveis diversos, de Lula a Bolsonaro

Publicado em Política

As filiações ao União Brasil nos últimos dias foram feitas mediante o compromisso de liberdade para que os novos partidários possam escolher quem quiser para presidente da República. A legenda terá em seus palanques pelo Brasil afora apoiadores de presidenciáveis dos mais variados credos, de Bolsonaro a Lula, passando ainda por João Doria e quem mais chegar.

No DF, por exemplo, a intenção do senador Reguffe, mais novo filiado e pré-candidato ao GDF, é manter distância regulamentar da campanha presidencial, já que seu eleitorado está distribuído por várias matizes ideológicas. No Ceará, os deputados do União também planejam cuidar da própria vida. Na Bahia, conforme o leitor da coluna já sabe, já se desenha o “Luneto” — Lula e ACM Neto, que concorrerá ao governo estadual.

Duplo objetivo

A filiação do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, ao Republicanos, tira mais uma legenda da órbita do governador de São Paulo, João Doria, e da base de apoio do vice-governador Rodrigo Garcia na corrida ao Palácio dos Bandeirantes. Tarcísio ainda buscará outros apoios no entorno dos tucanos. Ele quer ampliar seu tempo de exposição na tevê aberta para tentar chegar ao segundo turno. Se conseguir, será a primeira vez que um governador de São Paulo, candidato à reeleição, ficará fora da rodada final.

Dupla vitória

A Frente Parlamentar de Energia Renovável comemorou a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de cassar a liminar que dava às térmicas a óleo o direito de participar do leilão de dezembro. “Foi uma vitória e tanto. Servirá também de argumento para questionar os jabutis incluídos na privatização da Eletrobras com relação à compra de energia das térmicas a gás”, diz o presidente da Frente, deputado Danilo Forte (PSDB-CE).

Lula com Khalil

Pré-candidato ao governo de Minas Gerais, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Khalil, conversou com Lula esta semana. O apoio do PT às pretensões eleitorais do mineiro está cada vez mais perto.
Vai você
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Dos deputados federais presentes aos eventos do presidente Jair Bolsonaro no Ceará — gente do calibre de Domingos Neto e Capitão Wagner, os mais votados —, o escalado para falar foi um suplente de 10 mil votos, Jairo Bezerra. É que nenhum dos outros quer acoplar a imagem ao presidente na terra onde Ciro Gomes e Lula têm a preferência do eleitorado. Jairo, porém, cumpriu a missão e arrancou gargalhadas da plateia ao dizer que seguiria Bolsonaro até se fosse para a Ucrânia.
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Até aqui, todos iguais/ A pesquisa desta semana foi vista pelos presidentes dos partidos como um sinal de que a tal terceira via ainda não tem um candidato que obrigue os demais a sair do páreo. E a contar pela posição, não dá para desprezar Sergio Moro (foto) como opção viável para representar este segmento.
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Por falar em Doria…/ Os 2% que ele apresenta na pesquisa do Datafolha desta semana reforçam a tese do grupo que tenta apeá-lo da disputa presidencial. Afinal, como governador de São Paulo e comandante de um governo bem avaliado, deveria estar melhor.
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Esperteza não/ O presidente do MDB, Baleia Rossi, e Simone Tebet, pré-candidata à Presidência da República, jantaram com Doria e deixaram claro que não é hora de falar em vice ou algo que o valha. Definição mesmo só lá para final de maio, início de junho. Quem for afoito para tratar qualquer coisa nesse sentido desde já, vai terminar isolado.
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Marília Arraes e Lula/ Em Pernambuco, a deputada Marília Arraes se filiou ao Solidariedade, mas não abandonou o candidato petista ao Planalto. Suas imagens de pré-campanha mostram uma foto dela ao lado de Lula, informa o site de Ricardo Antunes. Só tem um probleminha: os petistas acenam com o apoio a Danilo Cabral (PSB) e, se for formalizada a coligação, ela não poderá usar a imagem do ex-presidente.

PT marca data para desfile de Lula e Alckmin

Publicado em Lava Jato, Lula
A largada de Lula-Alckmin
Com Geraldo Alckmin filiado ao PSB, os petistas já marcaram o 1º de maio, Dia do Trabalho, para o desfile, Brasil afora, de Lula e do escolhido para vice. Inicialmente, haverá um ato na Avenida Paulista, a ser transformado numa espécie de ensaio geral do programa de governo para os trabalhadores. Até aqui, tudo deu certo para os planos do PT em relação a Lula, o primeiro pré-candidato que, hoje, já tem chapa completa.
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Em tempo: Lula quer antecipar tudo o que for possível, obviamente, sem ferir a legislação eleitoral, porque sabe que, quando o jogo começar oficialmente, o PT será cobrado dos escândalos que abalaram seus governos. E, quanto mais apoios o petista angariar antes que isso aconteça, melhor.
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Discurso anti-CPI
O pedido de inquérito feito pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, para investigar o ministro da Educação, Milton Ribeiro, tem um objetivo prioritário: dar discurso à base aliada do governo para evitar a instalação de uma comissão parlamentar de inquérito. É que, neste momento pré-eleitoral, qualquer investigação com plateia e transmissão ao vivo pela tevê é desgaste certo.
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Melhor ficar do que abrir uma guerra
O presidente Jair Bolsonaro, conforme o leitor da coluna já sabe, não pretende substituir Milton Ribeiro. Com isso, quer evitar uma disputa pelo posto. A bancada evangélica reduziu o tom das cobranças em relação ao ministro, mas, se a vaga abrir, vai reivindicar o cargo. O Centrão, idem.
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Perde, mas ganha…
Márcio França foi aclamado por seu partido como candidato a governador de São Paulo. O PT queria o PSB ao lado de Fernando Haddad, mas, depois de fazer as contas, acha melhor que os socialistas concorram ao governo do maior colégio eleitoral do país.
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… no final
Os petistas calculam que a tendência é de Márcio França tirar votos do vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), pré-candidato ao governo paulista. Assim, conforme as contas feitas pelo PT, o segundo turno em São Paulo tem tudo para ser entre Haddad e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que deixa o cargo na próxima semana para se apresentar como candidato a governador com a bandeira de Jair Bolsonaro. Nesse cenário desenhado pelo PT, França apoia Haddad no segundo turno e, quem sabe, ainda vira ministro de Lula, se o ex-presidente for eleito.
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Noves fora…/ A 10 dias do fim do prazo de filiação partidária, quem mais ganhou deputados foi o PL do presidente Jair Bolsonaro. Sinal de que ele não está morto eleitoralmente, como espalham seus adversários.
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Novela tucana/ O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (foto), hoje está no modo permanência no PSDB. Ele já esteve com os dois pés no PSD de Gilberto Kassab, mas os apelos dos tucanos fizeram a balança pender para que ele fique no partido. O PSD, porém, ainda não desistiu de levá-lo.
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Efeito Matarazzo/ Os tucanos têm usado como argumento junto a Eduardo Leite o caso de Andrea Matarazzo. Em 2016, Matarazzo foi para o PSD como pré-candidato à Prefeitura de São Paulo. Em julho, virou candidato a vice na chapa encabeçada por Marta Suplicy, postulante do MDB.
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Por falar em PSDB…/ A contar pela entrevista do deputado Aécio Neves (PSDB-MG) ao CB.Poder (veja íntegra nas redes sociais do Correio Braziliense), o governador de São Paulo, João Doria, não terá uma pré-campanha sossegada. A pressão para que desista de concorrer será enorme, com ou sem Eduardo Leite no partido.

Bolsonaro não pretende afastar Milton; se for para sair, será em meio a reforma ministerial

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Dedicado a percorrer o país em entregas de programas e obras governamentais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tentará contornar a denúncia de favorecimento na distribuição de verbas da educação ao grupo ligado a pastores evangélicos. Embora a ala política considere arriscado manter o ministro da Educação Milton Ribeiro, o presidente não cogita afastá-lo. Se for para sair, será em meio a reforma ministerial, daqui a nove dias, quando saem os ministros-candidatos. Assim, a saída fica diluída em meio aos pré-candidatos aos governos estaduais, Senado ou Câmara.
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No governo, prevalece a visão de que faz parte do jogo a oposição acionar o Supremo Tribunal Federal (STF), pedir CPI e por aí vai. O governo cogita abrir uma investigação interna antes de qualquer medida mais drástica. O que vai pesar nesses nove dias até a saída dos ministros-candidatos é a posição da bancada evangélica que, até aqui, não pediu o afastamento de Milton Ribeiro.
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Bolsonaro, hoje, se manterá focado no que lhe interessa: irá a Quixadá, no Ceará, para uma solenidade de abastecimento de água a pequenos municípios. E em todas as oportunidades, ele tem dito que, no seu governo, não tem corrupção.

Bloco do eu sozinho

O ingresso de Geraldo Alckmin no PSB, hoje, em Brasília, não terá muitos ex-colaboradores do ex-governador paulista. Seus maiores aliados dentro do PSDB não devem acompanhá-lo na empreitada.

Deixa quieto

Lula, que deve ser representado pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, não está nem aí para a turma de Geraldo. O que o ex-presidente deseja mesmo é a imagem do ex-governador paulista ao seu lado. Considera que isso é suficiente para dizer que o PT ampliou seu alcance junto ao eleitorado.

Enquanto isso, no PSDB…

Embora uma ala do partido tente balançar sua pré-candidatura ao Planalto, o governador de São Paulo, João Doria, já tem até marqueteiro. O publicitário Eduardo Fischer tem colaborado com a pré-campanha da mesma forma que as economistas Zeina Latif, Ana Carla Abrão colaboram na formatação do programa econômico junto com Henrique Meirelles nesta fase inicial.

Limão e limonada

Deltan Dallagnol não vai baixar o tom. Condenado a pagar uma indenização R$ 75 mil a Lula por causa do PowerPoint em que colocava o ex-presidente como o grande chefe do Petrolão, ele irá para a campanha de deputado federal com o discurso de que o Brasil está indo no caminho errado ao punir quem combateu a corrupção de “poderosos”.

CURTIDAS

Horário político/ A tal indenização que Deltan terá que pagar a Lula vai virar discurso no PT. Já tem petista pensando em pedir um cheque assinado por ele para exibir no horário eleitoral.
Michele na pré-campanha/ A viagem a Porto Nacional para o lançamento do DNA Brasil no Tocantins marcou a estreia da primeira-dama, Michele Bolsonaro (foto), na pré-campanha pela reeleição do marido. Ela recebeu flores pelo aniversário, conversou com crianças e ainda pediu silêncio para ouvir a oração feita por um jovem portador de necessidades especiais.
As lembranças de Pedro/ Para quem garante que não é candidato, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, não perde a oportunidade de fazer os comerciais do governo. Em Porto Nacional, lembrou que, no passado, tinha gente na CEF com milhões escondidos em apartamento e até com a mãe. Referia-se ao ex-vice-presidente da Caixa e ex-ministro Geddel Vieira Lima, que serviu aos governos Lula, Dilma e Michel Temer e, agora, vive em prisão domiciliar.
Economia/ Hoje tem lançamento de livro no Instituto de Direito Público (IDP). A nova regulação econômica, trabalho da subsecretária de Defesa Comercial e Interesse Público da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Amanda Athayde Linhares Martins Rivera, do consultor legislativo do Senado Fernando Meneguin, do professor de Direito da FGV e do IDP, Luciano Timm, e da advogada Maria Carolina França, sócia do escritório CMT Advogados.

Eduardo Leite está fadado a encontrar um partido dividido

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Jogada de risco

Independentemente da decisão que tomará nos próximos dias, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, está fadado a encontrar um partido dividido. O esforço de um grupo do PSDB para que ele permaneça no partido fez ressurgir o clima de guerra que antecedeu a prévia de novembro. A contar pelos discursos de bastidores das duas alas, nada levará os tucanos a se aglutinarem em torno de um nome, seja João Doria, escolhido candidato da legenda, seja Leite.
Para completar, no PSD, onde há um grupo simpático a Jair Bolsonaro e outro interessado em apoiar Luiz Inácio Lula da Silva, a união também não será tão fácil, embora haja uma vontade do presidente do partido, Gilberto Kassab, em conseguir ampliar esse apoio. Nesse sentido, qualquer decisão que Leite tomar hoje será arriscada. Porém, na política, vale o ditado: “Quem não arrisca não petisca”. A contar pelos telefonemas que recebeu, Leite decidiu reavaliar seu ingresso no PSD e vai aproveitar esses 10 dias para refletir.

Pressão por reajustes, o maior desafio

A prevalecer o reajuste dos policiais previsto para este ano, o governo terá que encontrar, ainda, recursos para atender as categorias que se mobilizam para garantir a correção inflacionária. Na lida, estão os servidores da Receita Federal, que fazem um ato, hoje, em Brasília, os do Banco Central e outros.

Mais um tijolinho

De grão em grão, João Doria trabalha para tentar tornar sua candidatura irreversível dentro do PSDB. Na filiação de Alessandro Vieira ao partido, por exemplo, o senador mencionou a necessidade de cumprir “compromisso”. Entre os tucanos paulistas, a declaração foi vista como um recado ao gaúcho: foi feita uma prévia, ele foi escolhido e brigar com o PSDB de São Paulo não fará bem a ninguém que pretenda representar o partido numa corrida presidencial.

A dupla missão do general

No papel de candidato a vice numa chapa encabeçada por Jair Bolsonaro, o quase ex-ministro da Defesa, Walter Braga Neto, terá dupla função: primeiro, manter a comunidade militar fechada com a reeleição do presidente da República. Em segundo, garantir que, independentemente do desenrolar de um possível futuro governo Bolsonaro, não terá impeachment pela frente.

Conservadores divididos em Goiás

O apoio de Bolsonaro à candidatura do deputado Vitor Hugo (PL-GO) ao governo goiano deixa o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) com a missão de unir os demais partidos de centro em torno do seu nome. Até aqui, essa unidade não se confirmou.
Briga alagoana respinga no Congresso/ Pegou mal o fato de o senador Renan Calheiros (MDB-AL) respaldar as críticas de Lula ao Parlamento. Renan, porém, tem uma meta para este ano: derrotar Arthur Lira em Alagoas. O senador fará tudo o que estiver ao seu alcance para derrubar o adversário. Até criticar o Parlamento do qual faz parte, com os canhões voltados para a Câmara dos Deputados.
Terreno no céu I/ Assim os petistas se referem à possibilidade de o PT apoiar Guilherme Boulos (PSol) para a Prefeitura de São Paulo, em 2024. Se nem quando o PT estava mal nas pesquisas o partido desistiu, não será agora que tem esperança de eleger Lula presidente mais uma vez.
Terreno no céu II/ Desde que Boulos anunciou que não correrá ao  governo de São Paulo este ano, circula no PSol a notícia de que Lula teria oferecido apoio do PT para que Boulos concorra à Prefeitura, daqui a dois anos. O ex-presidente, porém, só se esqueceu de combinar com o diretório paulistano de seu partido, que é quem decide sobre a candidatura local.
A volta de Delcídio/ O ex-senador Delcídio Amaral (foto) circulou por Brasília dia desses. Num passeio pela cidade, foi parado para tirar as tradicionais selfies. Absolvido, no ano passado, de todas as acusações relacionadas à suspeita de organização de fuga de Nestor Cerveró, Delcídio é candidato a deputado federal pelo PTB de Mato Grosso do Sul.

Bolsonaro distribui a ministros cartilha sobre condutas vedadas a agentes públicos nas eleições

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Publicado em Política

Cumpram a lei

Desconfiado em relação à Justiça Eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro distribuiu, via Advocacia Geral da União (AGU), uma cartilha aos presentes à reunião ministerial. Ali, constam todas as condutas vedadas aos agentes públicos em período eleitoral. Na avaliação do Planalto, todo cuidado é pouco no sentido de evitar uso da máquina, inclusive e-mails, e atos de campanha no horário de expediente. Embora o presidente possa disputar eleição no cargo, o governo considera que é preciso ter muita atenção para não dar margem a ações judiciais que possam colocar a campanha ou pré-campanha em xeque nos tribunais eleitorais.

 

A cartilha foi distribuída aos ministros que ficam e também àqueles que deixam o governo em 31 de março, conforme fechado na reunião. Hoje, haverá um encontro no Planalto de um representante da AGU com todas as assessorias de comunicação dos ministérios para que sejam informados sobre as condutas vedadas no período eleitoral.

 

Não convenceu

Dentro do governo, as áreas técnicas são contrárias ao afastamento do general Joaquim Silva e Luna da presidência da Petrobras. Alegam que uma mudança com viés puramente político provocará insegurança no mercado. Porém, Bolsonaro e a área política consideram que, do jeito que está, não dá para ficar.

 

Tal e qual

Há quem diga que, quando da entrada de Silva e Luna, o país viveu um período de estabilidade nos preços dos combustíveis. É essa estabilidade que o governo quer resgatar.

 

Entra, mas não atrapalha

O partido do ministro da Defesa, general Walter Braga Neto, ainda é uma incógnita, uma vez que tanto o Republicanos quanto o Partido Progressista não estão ansiosos por recebê-lo. Esta semana, porém, andou uma casa: A Vice-Presidência não será considerada “cota” de nenhum partido na hora de definir o ministério do segundo mandato, caso Bolsonaro seja reeleito.

 

Ele vai

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, vai mesmo para o PSD. Afinal, João Doria venceu a prévia e tem muita gente no ninho tucano dizendo que não dá para fazer uma eleição interna para, depois, não dar ao vencedor — no caso o governador de São Paulo — o direito de colocar sua campanha na rua. Afinal, a eleição é só em outubro.

 

A aposta de Márcio França/ Ao aparecer como segundo colocado na pesquisa de intenção de voto para o governo de São Paulo, Márcio França não pretende abrir mão dessa disputa. Considera mais fácil, num estado conservador, chegar ao segundo turno nessa disputa do que vencer Luiz Datena na corrida para o Senado.

 

Enquanto isso, no PT…/ Embora Fernando Haddad (foto) lidere a corrida para o governo paulista, os petistas estão preocupados, com receio de que uma união dos candidatos conservadores no segundo turno contra o ex-prefeito.

 

…e no PSDB…/ Além do próprio Doria, o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, pré-candidato ao Palácio dos Bandeirantes, tem tudo certo para concorrer à reeleição, quando Doria deixar o cargo daqui a 10 dias para ser candidato a presidente. É mais um a jogar contra a qualquer mudança no resultado das prévias.

 

Enfermagem/ Funcionou a mobilização dos enfermeiros no aeroporto e no Congresso para a apreciação do projeto que define o piso salarial da categoria. Na semana que vem, vota-se a urgência para análise da proposta. É uma sinalização que, agora, todas as demais categorias querem adotar.

PT tropeça nas próprias pernas

Lula discursa no Congresso Nacional do PT
Publicado em Eleições, Lula, Política
A liderança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas não é sinal de que está tudo às mil maravilhas no PT. Dos seis maiores colégios eleitorais do país, em quatro o partido enfrenta dificuldades em organizar a vida. Corre o risco de perder, ou já perdeu, aliados no plano estadual — em alguns locais, perde até mesmo no plano nacional. São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia estão nessa conta. Quem acompanha de perto, Pernambuco está na mesma situação.
Na Bahia, por exemplo, onde o PT comanda há 16 anos, o lançamento de uma candidatura própria tirou o PP da aliança e — como o leitor da coluna já sabe — fez jus à fama de que os petistas não são generosos na relação. Em São Paulo, o PSB não vai apoiar Fernando Haddad. No Rio de Janeiro, há dificuldades em fechar a chapa entre PT e PSB. Para completar, em Pernambuco, embora Humberto Costa tenha desistido da candidatura ao governo, ainda não está tudo resolvido.
O vice-governador da Bahia, João Leão, fechou o apoio a ACM Neto (União Brasil) ao governo estadual, e promete continuar apoiando Lula ao Planalto. Na prática, porém, muita gente duvida que esse apoio se mantenha ao longo da campanha, caso Lula sofra alguma queda nas pesquisas. Afinal, faltam sete meses para a eleição e muita gente lembra que, na campanha de 1994, por essa época do ano, Lula era favorito e os ventos mudaram. Mas nada garante que não possam mudar novamente este ano.
Não por acaso, Jair Bolsonaro estava ontem na Bahia. Sabe como é: onde o PT apresentar problemas, os adversários de Lula vão investir ainda mais pesado.
Nem vem
No Palácio do Planalto, a avaliação é de que a defasagem do preço do combustível está zerada, uma vez que houve redução do preço do barril e o valor dos combustíveis foi reajustado. Logo, para o curto prazo, o governo não quer saber de novos aumentos.
Missão difícil
As conversas do PSDB — leia-se a ala de Aécio Neves — com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, para que ele permaneça no partido, são vistas pelos gaúchos como o oferecimento de “terreno no céu”. Isso porque o governador de São Paulo, João Doria, com a responsabilidade de gerir um estado grande, ainda não conseguiu colocar os dois pés na pré-candidatura presidencial que conquistou nas prévias do partido.
Se for viável, ganhará o apoio
O presidente do PSD, Gilberto Kassab, que já abriu a porta para o ingresso de Eduardo Leite no papel de candidato a presidente da República — e ontem reforçou o convite —, tem apostado entre amigos que se o governador gaúcho emplacar, a turma do PSDB o apoiará. Assim como o MDB.
Sempre dividido I/ O MDB, todas as vezes que lançou candidato a presidente e não subiu nas pesquisas, largou-o no meio do caminho. De Ulysses Guimarães, em 1989, a Henrique Meirelles, na última eleição, o MDB jamais foi totalmente fiel a seus presidenciáveis.
Sempre dividido II/ O deputado Aécio Neves (MG) lembrou, esses dias, a vários políticos, que abriu mão da candidatura presidencial em 2010 para unir o partido em torno de José Serra. Ele não conta, porém, que o PSDB não se uniu. Em alguns estados, a campanha presidencial tucana só aparecia nas ruas quando o candidato tucano
visitava o estado.
O teste de Mourão/ Pré-candidato ao Senado pelo Republicanos, o vice-presidente Hamilton Mourão (foto) se filiou ao Republicanos sem a presença do ministro da Cidadania, João Roma, que estava na Bahia com Bolsonaro. O ministro Onyx Lorenzoni, pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul, compareceu.
Ônibus lotado/ Presidente do PL do Distrito Federal, a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, está com dificuldades de atender aos pedidos de filiação de deputados distritais. A nominata já está praticamente fechada.

Temer apadrinha aliança entre MDB e PL no DF

Prisão de Temer afeta MDB
Publicado em Michel Temer, Política

É bom a senadora Simone Tebet, pré-candidata a presidente da República, começar a fazer as contas para ver que parcerias conseguirá manter ao seu lado país afora numa campanha presidencial. No Distrito Federal, por exemplo, seu partido, o MDB acaba de se apresentar publicamente ao lado do PL de Jair Bolsonaro, com direito a bênçãos do ex-presidente Michel Temer.

A filiação da secretária de Justiça do DF, Marcela Passamani, ao PL serviu de palco para que Temer apresentasse como fato consumado a parceria entre o MDB do governador-candidato, Ibaneis Rocha, e a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, candidata ao Senado. Não por acaso, Temer já chegou ao evento chamando Flávia de “senadora” e Ibaneis de “governador reeleito”, o que reforçou em seu discurso. “Fico muito feliz com esta união do PL com o MDB aqui no Distrito Federal, isso certamente levará os dois à vitória”, avaliou.

Quanto à terceira via, Temer disse que ainda há sete meses até a eleição e não vê empecilhos por causa da aliança no DF. Internamente, no MDB, porém, já tem muita gente dizendo que, para sobreviver, o partido terá que dividir alguns de seus candidatos a governador com Bolsonaro e outros presidenciáveis.

Pior que ciúme de mulher
… Só o de político. Está dando a maior ciumeira na base aliada a filiação de deputados ao PL. Há o receio de que o partido de Valdemar Costa Neto fique grande demais e acabe tirando espaço dos outros aliados. A receita de Valdemar para evitar briga agora é a paciência. Lá na frente, resolve.
Lá é pior
A forma como o PT da Bahia tratou o PP do vice-governador João Leão é citada em todas as conversas dos antigos aliados ao governo Lula com o seguinte comentário: Quem apoia o PT serve apenas de “escada”, os petistas nunca cedem espaços de poder para apoiar um aliado mais ao centro. Essa é a regra, com raríssimas exceções.
A esperança de Valdemar
O presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, tem dito a amigos que não perdeu as esperanças de ter uma mulher candidata a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro. Tem defendido com entusiasmo o nome da ministra Tereza Cristina, mas sabe que a escolha depende do presidente da República. Jair Bolsonaro já declarou publicamente que Tereza será candidata ao Senado. O nome que ele quer na vice é o do general Braga Neto, como todo o mundo político já sabe. Mas, até oficialização da chapa, a pressão continuará.

CURTIDAS

A compensação do Republicanos/ O ingresso do vice-presidente Hamilton Mourão ao Republicanos hoje amenizou um pouco a ciumeira na base, mas não resolveu. É que Mourão concorrerá ao Senado pelo Rio Grande do Sul, e isso não se traduz automaticamente em votos para os deputados federais da sigla, eleição que conta para fundo partidário e tempo de tevê.

Trabalho dobrado/ O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), está “obrigando” vários deputados a fazerem duas campanhas: uma para a reeleição e outra para de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), na vaga decorrente da aposentadoria da ministra Ana Arraes, em julho.

Elas por ela/ A bancada feminina já fechou todos os votos das deputadas no exercício do mandato (são 76 hoje) para a deputada Soraya Santos (PL-RJ), na foto, a única mulher que concorrerá à vaga do TCU. A ministra Ana Arraes é hoje única mulher no colegiado e a campanha das parlamentares será no sentido de que, nada mais justo, ela seja substituída por outra pessoa do sexo feminino.

Quem manda/ Antes mesmo de chegar ao PL, a deputada Bia Kicis (DF) já foi avisada sobre as regras internas da legenda. No Distrito Federal, quem fala sobre candidaturas ao governo e ao Senado pelo partido é a presidente da sigla no DF e ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda. Aliás, nesse tema, não são raras as vezes em que Flávia é bem direta a quem resolve falar sobre as candidaturas majoritárias: “Aqui, quem decide sou eu. Eu concedo a legenda e também posso tirar”.

Trio forte deixa Paulo Guedes sob pressão

Publicado em Paulo Guedes

Quando a Presidência da República, o Senado Federal e a Câmara dos Deputados se unem em torno de uma causa, é difícil perder a briga. A máxima, sempre dita em conversas políticas, vale, agora, para a crise do preço dos combustíveis e deixa claro, na avaliação de muitos, que o ministro da Economia, Paulo Guedes, não terá grande poder de manobra para evitar o subsídio governamental voltado a segurar os preços dos combustíveis.

A análise dos políticos ligados ao presidente Jair Bolsonaro é de que, se a guerra perdurar, terá de haver o subsídio para que os preços não subam ainda mais, comprometendo de vez o controle da inflação, o que atinge todos os brasileiros. E quanto mais próximo da eleição, mais a área econômica será pressionada nesse sentido e terá de arrumar dinheiro para atender a essa demanda. O preço dos combustíveis é, hoje, a maior preocupação do Planalto.

Está esperando o quê?

O governo federal já fez as contas e aguarda a redução do preço dos combustíveis na bomba em, pelo menos, R$ 0,60, por causa da nova lei do ICMS aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente da República. Esse era o efeito a curto prazo esperado pela área política do governo.

Não adianta tirar o general

Mesmo com toda a confusão e reclamações do presidente Jair Bolsonaro a respeito do preço dos combustíveis, os mais próximos do chefe do Executivo consideram que trocar o presidente da Petrobras, o general Silva e Luna, não resolverá o problema. A alta do dólar que, certamente, viria nesse momento, por causa da troca na empresa, seria mais um fator para elevar o valor dos combustíveis na bomba.

Chave de ouro

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, chega hoje ao Brasil com mais uma boa notícia para o setor: a abertura do mercado canadense para a carne brasileira, bovina e suína. Ela deixa o cargo no final deste mês com um rol de novos mercados para os produtores brasileiros.

Olhar de especialista
O governo federal abriu audiência pública, no mês passado, para a aquisição de insulina humana. O plano é comprar 66,2 milhões de canetas descartáveis ou refis (tubetes). Beleza. Só tem um probleminha: o custo é três vezes maior do que o dos tradicionais frascos do medicamento: R$ 3,39 contra R$ 1,14, segundo dados do portal de licitações governamentais o compras.net e da consultoria do setor farmacêutico. “Por que a insistência em comprar este ano, na forma de canetas e refis? É praticamente todo o volume adquirido em 2021. Por que não adquirir na forma de frascos, que são mais baratos? Quantos fornecedores são capazes de atender a essa demanda?”, pergunta o médico sanitarista Gonzalo Vecina, um dos fundadores do SUS.

CURTIDAS

 

Leão no ataque/ Ao anunciar o rompimento da aliança de 14 anos com o PT, o vice-governador João Leão avisa que não brigou com ninguém e que seu futuro político está em aberto. “Como vice-governador, posso ser candidato ao governo ou a senador. As conversas dos próximos dias dirão”, afirmou à coluna. O prazo do vice-governador é esta quinta-feira.
Hora da acomodação/ Os parlamentares Carla Zambelli (SP) e Eros Birondini (MG) se filiam, hoje, ao PL de Jair Bolsonaro. No DF, a secretária de Justiça, Marcela Passamani, também segue para a legenda. Bia Kicis marcou seu ingresso no partido para sábado, com uma nova onda de filiados.
De grão em grão…/ O poder de atração do PL, partido de Jair Bolsonaro e de Valdemar da Costa Neto (foto), nunca foi tão grande. Começou o governo com quatro senadores. Agora, já tem 10.
Grupo de notáveis/ O advogado Kiko Caputo, conselheiro federal da OAB pelo DF, assumiu, ontem, um assento na Comissão Nacional de Estudos Constitucionais da Ordem, grupo que reúne alguns dos principais nomes do direito no país, como o jurista e ex-presidente da OAB Marcus Vinicius Furtado Coêlho. A posse foi prestigiada por três ministros do STF: Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Nunes Marques.

PSD corre para lançar Eduardo Leite ao Planalto

Publicado em coluna Brasília-DF

A desistência do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de concorrer ao Planalto, praticamente selou a filiação de Eduardo Leite ao partido de Gilberto Kassab. Salvo alguma hecatombe daqui até o final do mês, o governador do Rio Grande do Sul aproveitará a oportunidade para apresentar seu nome para a candidatura presidencial. “De zero a 10 para o Eduardo Leite se filiar ao PSD, eu aposto hoje em 9,5”, diz o deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP).

Afinal, uma candidatura à Presidência pode fazer de Leite um player nacional, uma novidade no cenário e, de quebra, dentro de um partido que, sem muito alarde, constrói uma estrutura de fazer inveja a muitos. Como no Rio de Janeiro, onde além do prefeito da capital, Eduardo Paes, há pelo menos dois deputados federais previstos, Pedro Paulo e Marcelo Calero, ambos ligados a Paes.

Leite não deixará de aproveitar esse “cavalo encilhado” que passa à sua frente. E se surgir uma hecatombe, Kassab ainda tem o ex-senador e ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung para se apresentar à disputa nacional, como o leitor diário da coluna sabe há tempos. O gaúcho é, agora, o plano A e a chance de quebrar a polarização. Chega num bom momento, em que a campanha está “no aquecimento” e anima o cenário.

Como o leitor da coluna sabe, Kassab jamais cogitou apoiar Lula no primeiro turno. O presidente do PSD tem plena consciência de que, se o fizesse, o partido racharia, uma vez que não são poucos aqueles que resistem a apoiar o PT. E ao lançar um candidato ao Planalto, conseguirá manter o partido unido no primeiro turno. Se ficar fora do segundo turno, sempre haverá espaço para negociar apoios e a Presidência do Senado para Rodrigo Pacheco.

O que assombra o Planalto…

O que mais tira o sono do governo, neste momento, é a ameaça de greve dos caminhoneiros, especialmente por ser um ano eleitoral. Daí a corrida para aprovação dos projetos no Congresso e as reuniões para tentar suavizar alguns fatores que influem no preço dos combustíveis.

…e os aliados do governo
A postagem do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre o preço dos combustíveis, foi recebida com preocupação pelos aliados do presidente Jair Bolsonaro e vista como algo do tipo “apoio tem limite”. O deputado se referiu ao aumento do preço dos combustíveis como “um tapa na cara do país que luta para voltar a crescer”.

Santo Antônio sai da toca…
Depois da denúncia de Arlindo Chinaglia à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para que a entidade avalie o balanço da Santo Antônio Energia, confrontando-o com a arbitragem da dívida relacionada ao consórcio construtor da empresa e com o relatório da Deloitte, a empresa divulgou a seguinte nota: “A Santo Antônio Energia esclarece que as Demonstrações Financeiras relativas ao exercício de 2021 seguiram o habitual trâmite previsto em lei e não procede a informação de que recebeu da auditoria independente solicitação de retificação. Em relação ao Procedimento Arbitral, está em andamento o período legal de esclarecimentos. Somente após a conclusão deste período e os esclarecimentos finalizados a sentença se tornará definitiva”.

...e está pronta para a briga
Porém, a empresa esclarece que não teria como fazer essa inclusão, porque ainda não se sabe o valor exato de provisão que deveria ser incluído no balanço de 2021, uma vez que a arbitragem, segundo a empresa, está justamente na fase que pode ser equiparada nos processos judiciais aos embargos de declaração. À CVM caberá dizer quem tem razão, uma vez que as fontes da coluna mantêm a informação publicada de que o balanço deveria ter sido ajustado. Essa novela ainda terá muitos capítulos.

O ringue do Twitter I/ As mensagens trocadas entre os pré-candidatos a presidente nas redes sociais dão o tom do que vem por aí e indicam que ninguém ficará falando sozinho sem levar uma cotovelada. Lula, por exemplo, foi às redes para dizer que a gasolina, o gás e o diesel estão caros porque o governo privatizou a BR Distribuidora. Não demorou muito, Sergio Moro entrou no ar, respondendo. Moro chamará Lula para o debate sempre que for possível.

O ringue do Twitter II/ Moro entrou direto: “Sabe por que a Petrobras ainda existe, Lula? Porque a Lava Jato impediu que o PT continuasse saqueando e desviando recursos da maior estatal do Brasil. Se não fosse o nosso trabalho, talvez a Petrobras nem existisse mais. Felizmente, mudamos o rumo dessa história”.

O leque de Leão está aberto/ O PT da Bahia está com um problemão para resolver, desde que Jaques Wagner (PT) e o senador Otto Alencar (PSD) desistiram de concorrer ao governo do estado. Uma parte dos petistas resiste em apoiar uma candidatura do vice-governador João Leão (PP). Leão, uma fera nas articulações políticas, está solto. Perguntado sobre como estão as conversas com ACM Neto, do União Brasil, respondeu assim: “Converso com todos os grupos políticos da Bahia. Do papa aos evangélicos”, disse.

Adeus, máscaras…