Aliados do Planalto pretendem fazer chegar ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que é melhor os dois pararem com a troca de farpas, sob pena de prejudicarem a votação da reforma da Previdência. Intramuros na base, amigos do presidente Michel Temer têm dito que é melhor os dois tomarem consciência de que “os inimigos estão fora do governo” e, a preços de hoje, atendem pelos nomes de Lula e Jair Bolsonaro.
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A preocupação de parceiros do governo é a de que os dois terminem jogando para escanteio a reforma previdenciária, vista como crucial para dar mais sustentabilidade ao ambiente de recuperação econômica. Afinal, se há um consenso entre os partidos que dão lastro ao governo do presidente Michel Temer, é o de que a reforma acelera o quadro de recuperação da economia e isso terminará ajudando os candidatos que a apoiarem. Portanto, o momento é de deixar as rusgas para depois de março. Faz sentido.
Eles têm a força I
As novas regras eleitorais, que dão poderes quase que totais aos presidentes dos partidos e seus tesoureiros para distribuição do fundo que custeará as campanhas, começam a ser vistas como um ingrediente para ajudar o governo na reforma da Previdência. A ideia é só dar dinheiro a quem votar a favor.
Eles têm a força II
A estratégia é a seguinte: o partido fecha questão em favor da reforma e, na hora de distribuir os recursos do fundo eleitoral, aqueles deputados que votarem de acordo com a orientação partidária terão uma fatia maior. Falta, entretanto, combinar com os presidentes das legendas e seus tesoureiros.
Está rolando solto
Até aqui, ninguém falou diretamente em punição para quem votar contra a reforma. O PSDB, por exemplo, fechou questão, mas avisou que não castigará os deputados que discordam da proposta. Os demais também fizeram cara de paisagem para eventuais punições.
Aldo, o retorno
Enquanto o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa pensa se será candidato a presidente da República, o ex-deputado Aldo Rebelo avisa ao PSB que está pronto para essa missão. Logo, se Barbosa demorar muito, quando voltar, a cadeira de candidato estará ocupada.
Ele vai bem/ Na última semana, o presidente Michel Temer ia almoçar em casa e ficava trabalhando no Jaburu. Ontem, até para baixar as especulações sobre uma licença médica, ele voltou ao Planalto depois do almoço.
Quase petebista/ O ex-prefeito de Curitiba Gustavo Fruet (PDT) cogita mudar para o PTB e concorrer a um mandato de senador. E desta vez, Fruet considera que tem mais chances de vitória. Em 2010, quando concorreu
ao Senado, ele perdeu para Gleisi Hoffmann (foto), a mais votada, com 3,1 milhões de votos; e Roberto Requião, que obteve 2,6 milhões.
Fruet ficou com 2,5 milhões.
Por falar em Gleisi…/ Desta vez, ela não será problema para Fruet. Como presidente do PT, está dedicada mesmo à defesa de Lula, voltada para a reconstrução do partido e não concorrerá a mandato eletivo. Ontem, ela declarou que o povo será julgado no dia 24 pelo TRF-4. Menos, senadora, menos.
Livres e soltos/ O movimento Livres incluiu até a Rede, de Marina Silva, entre os destino em que pode aportar para 2018.
Colaborou Rodolfo Costa