Terminada a entrevista do presidente-candidato Jair Bolsonaro ao Jornal Nacional, apoiadores do chefe do Executivo separaram a gravação para uma pesquisa qualitativa, a fim de saber a impressão dos eleitores de vários segmentos sociais sobre o que foi discutido nos 40 minutos. Eles querem ver se confirmam as suspeitas de que os entrevistadores ultrapassaram a mesma linha fina que, em 1998, Cristovam Buarque cruzou num debate com Joaquim Roriz, que terminou “vitimizado” e ganhou pontos.
A avaliação geral, logo depois da entrevista, foi de que ele se saiu melhor do que seus apoiadores imaginaram. No que interessa à população, os mais críticos de seus simpatizantes consideraram que ele foi seguro ao dizer que não faltou vacina e que criou um auxílio para evitar que as pessoas morressem de fome na pandemia, esquivando-se muito bem de perguntas que tentavam obter como resposta a admissão de que cometeu algum erro. Quanto ao meio ambiente, porém, assessores consideram que ainda é o calcanhar de Aquiles e um tema que, nos próximos dias, a campanha pretende trabalhar melhor.
A “colinha” …
O que estava escrito na mão do presidente não era bem uma “colinha” de quatro palavras. Nicarágua, Argentina e Colômbia, governos de esquerda que ele, se tivesse tempo, citaria para atacar a esquerda, como fez em outras ocasiões.
…e o recado de Bolsonaro
O quarto nome era Dario Messer, “o doleiro dos doleiros”, preso em 2019, que disse ao Ministério Público do Rio de Janeiro ter feito repasses à família Marinho, dona das Organizações Globo. Ficou ali, para o caso de, durante a entrevista, alguém querer ligar o governo à corrupção.
Volte uma casa
O PT cogitou uma “retratação” de Lula por causa da frase: “Quer bater em mulher? Vá bater em outro lugar, não dentro de casa ou no Brasil”, dita durante comício no fim de semana. Até as 20h de ontem, a resposta tinha ficado a cargo da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que divulgou em suas redes sociais que o que vale é a prática e não uma frase mal colocada.
A roupa conta/ O ex-presidente Lula trocou a roupa mais informal pelos ternos na maioria dos compromissos de campanha. Foi assim, por exemplo, com a entrevista aos jornalistas estrangeiros. O ar mais presidencial será usado.
Caiu na rede I/ Depois de soltar um “Flávio, por favor, desintoxica” para o empresário Flávio Rocha, dono da Riachuelo, Ciro Gomes ganhou nas redes o apelido de “Ciro detox”. Os pedetistas gostaram: “Melhor do que tchuchuca do Centrão”, comentaram aliados de Ciro.
Caiu na rede II/ Faltando menos de uma hora para o início da entrevista ao Jornal Nacional, o senador Flávio Bolsonaro postou em suas redes o “Bolso Jackson”, com o presidente Jair Bolsonaro saindo do estúdio do JN e se transformando em Michael Jackson, com a música Billie Jean.
Homenagem a Grossi/ O advogado José Gerardo Grossi recebeu uma homenagem póstuma, ontem, com o lançamento de um livro na Trattoria da Rosário. Organizado por Nilo Batista, a publicação traz vários artigos sobre a advocacia de Grossi, sob o título José Gerardo Grossi — alguma advocacia.