A reunião dos poderes constituídos tenta dar um “freio de arrumação” na gestão a pandemia no Brasil, sob a liderança do presidente da República, Jair Bolsonaro, que se juntou ao discurso “vida em primeiro lugar”. Os pronunciamentos, porém, mostram que ainda teremos dificuldades em chegar a uma uniformização do atendimento e dos protocolos. O presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, falou em “tratamento precoce”, algo controverso na medicina, enquanto o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, lembrou que preciso entender que em caso de “situações críticas, também se faz necessário o isolamento social”, sendo o único a abordar esse tema em seu discurso.
Ficou claro também que, quem tentará fazer a ponte entre a medicina e a política, de forma a tentar buscar um consenso maior no país será o Congresso Nacional. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, será o canal direto com os governadores, enquanto o da Câmara, Arthur Lira, fará uma reunião com os líderes para tratar dos projetos que podem ser aprovados para agilizar a entrega de equipamentos aos hospitais, para que se dê um basta nas mortes nas filas dois hospitais e por vias na UTIs.
Esse comitê, com governadores, Pacheco, Lira, sob a coordenação de Bolsonaro, começa já e terá reuniões periódicas. Se isso resultará em uma politica uniforme de tratamento da pandemia ainda não se sabe. Assim como as vacinas, esse comitê chega atrasado, num cenário de três ml mortes diárias. O maior consenso da reunião é a necessidade de agilizar a vacinação. Já é um avanço.