Coluna Brasília-DF
Os aliados do presidente Jair Bolsonaro percorrem o plenário em conversas com outros deputados, no sentido de formar maioria para afastar o deputado Delegado Waldir (GO) do cargo de líder do partido na Câmara. A avaliação do grupo é a de que ele passou dos limites ao obstruir a votação da medida provisória da reforma administrativa e, de quebra, ainda tirou o líder do governo, deputado Major Vitor Hugo (GO), da comissão especial que analisa a aposentadoria dos militares.
A ordem é tentar obter o controle da legenda na Câmara. E, se possível, até mesmo conquistar o comando do partido de Luciano Bivar, no embalo da operação da Polícia Federal de ontem, que teve o presidente do PSL como alvo. Se não for possível, aí sim aproveitam a “visita” da PF a Bivar para deixar a legenda. Mas nada é para já. A data-limite estabelecida pela Justiça para que Bivar apresente as contas partidárias dos últimos cinco anos é a próxima segunda-feira, quando Bolsonaro já estará em viagem à Ásia. Até lá, a guerra continua.
Preparem o espírito
Quem conhece a cabeça dos juízes da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal aposta que a tendência é a condenação de Geddel Vieira Lima e de seu irmão Lúcio, por lavagem de dinheiro e associação criminosa, por causa dos R$ 51 milhões encontrados no apartamento em Salvador.
Empacou de vez
Senadores estão cada vez mais resistentes a aprovar o nome de Eduardo Bolsonaro para embaixador do Brasil em Washington. Essa visão começa a contaminar também a perspectiva de trocar o nome de Eduardo pelo do atual chanceler, Ernesto Araújo. Nos bastidores, afirmam que esse preço vai subir tanto quanto o do petróleo.
R$ 500 verde a amarelo
O que levantou o governo do presidente Jair Bolsonaro na pesquisa da XP Investimentos, divulgada ontem, foram as ações na economia, mais precisamente a liberação de R$ 500 das contas do FGTS.
Pinta de candidato
A entrevista do ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB) ao programa CB.Poder, segunda-feira, foi lida pelos adversários como um ensaio de quem deseja concorrer ao GDF. A preços de hoje, a centro-direita irá dividida. Há quem diga que, se o PT for inteligente, deve trabalhar o apoio ao socialista.
Comparações/ Quem pergunta ao senador major Olímpio como está o PSL, ele responde de bate-pronto: “Uma maravilha. Melhor que isso, só pão com b…”.
Por falar em PSL…/ O senador Flávio Bolsonaro aos poucos vai se soltando. Ontem, foi à tribuna do Senado falar sobre o projeto de cessão onerosa dos recursos do pré-sal e agradecer aos colegas pelo tratamento dado ao Rio de Janeiro na distribuição dos valores. Aproveitou para fazer os comerciais do presidente Jair Bolsonaro: “Ele é generoso, não quer o poder pelo poder”, disse, aplaudido por alguns.
O pacificador/ Hélio Lopes, também conhecido por Hélio Bolsonaro, tomou a frente das conversas para tentar pacificar o partido. Ontem, puxou Felipe Franceschini num canto do plenário para um longo bate-papo. Há quem diga que está realmente aprendendo a fazer política.
Livro & eleições/ O consultor político Osmar Bria lança hoje, às 16h, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, o livro A fórmula do voto – Vença a eleição com Inteligência Emocional. Especialista em programação neurolinguística, Bria revela em sua obra estratégias emocionais para treinar pré-candidatos a mandatos eletivos, algo que já deu o que falar na eleição passada. Vale a leitura.