Brasília pede socorro. Não chove há mais de 100 dias. A umidade do ar desaba. Está abaixo de 10%. Muitos dizem que vivemos no deserto de Saara. Os técnicos discordam. Lá, 10% é festa. A umidade relativa do ar é 0%. A temperatura também faz a diferença. Lá, quando o solão diz adeus, a temperatura despenca. Chega a zero grau. É aí que mora o perigo. Não relacionado ao clima, mas à língua. O problema reside no Rio Grande do Sul. Os gaúchos, por alguma razão guardada a sete chaves, dizem “zero graus”. Assim, no plural. Nada feito. O essezinho só tem vez a partir de dois: zero grau, um grau, um grau e meio, dois graus, oito graus e meio.