No lugar
As orações adverbiais não fogem à regra do adjunto adverbial. Quando vêm depois da oração principal, estão no lugar delas. Nada de vírgula:
• O TSE pode interferir na eleição / para evitar confronto.
• Paulo retirou-se / quando o presidente entrou.
• O carro agradou a todos / porque apresenta design moderno e bom desempenho.
Deslocadas
Se mudarem de lugar, usurpam a casa dos outros. Vírgula, pois:
• Para evitar confronto, o TSE pode interferir na eleição.
• O TSE, para evitar confronto, pode interferir na eleição.
• Quando o presidente entrou, Paulo retirou-se.
• Porque apresenta design moderno e bom desempenho, o carro agradou a todos.
• O carro, porque apresenta design moderno e bom desempenho, agradou a todos.
Obrigatoriedade
No deslocamento da oração adverbial, a vírgula se impõe. No do adjunto, há concessões: se ele for pequeno, é facultativa (as gramáticas consideram pequeno o adjunto formado de uma palavra – ontem, hoje, amanhã. Os jornais, o que tem até três): Domingo Flamengo e Vasco jogam no Maracanã. Domingo, Flamengo e Vasco jogam no Maracanã.
É isso. Adjunto e oração adverbiais estão no lugar deles? Palmas. Nada de vírgula. Pularam a cerca? A vírgula denuncia. Cuidado. Não brinque com a pausa. Ao menor descuido, pronto. A frase fica manca e gaga.