Guarde isto. O emprego da vírgula independe de respiração ou de preferências. Trata-se de pausa ditada pela sintaxe. Três regras orientam o emprego do sinalzinho. Ele separa:
- Termos coordenados
- Termos explicativos
- Termos deslocados
Pré-regras
No emprego da vírgula, há dois pecados mortais:
- Separar o sujeito do verbo. Cair na esparrela é como isolar a cabeça do corpo – mata a frase. Erro grosseiro, revela falta de domínio linguístico. Para evitá-lo, localize o sujeito. Dobre a atenção se ele estiver depois do verbo: Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva (sujeito) presidiram o Brasil (predicado).
Receberam entusiasmado aplauso (predicado) os filmes que disputam o Oscar (sujeito). É a grande atração entre as estreias dos cinemas da cidade (predicado) o filme que mistura humor e crítica política (sujeito). Hoje se iniciam (predicado) as aulas na escola pública (sujeito).
- Separar o verbo do complemento. É, pois, proibido pôr vírgula entre o verbo e o objeto (direto ou indireto):A Comissão Disciplinar da Fifa aplicou(verbo) a pena de quatro jogos e mais 30 dias de suspensão (objeto direto) ao jogador Edmundo (objeto indireto). O presidente anunciou (verbo) que vai reunir os presidentes dos partidos políticos e líderes do Congresso (objeto direto). Grave problema (objeto direto) o governador (sujeito) vai enfrentar (verbo) no retorno das férias.