Tropeços com pedigree 1

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“Eu também quero”, clamaram leitores ao ler o post “Tropeços vira-latas”. Há uma semana, o blogue respondeu à curiosidade da Luciana. Ela queria conhecer os erros que nos pegam como bobos na casca do ovo. “Se há trombadas vira-latas, há trombadas nobres. Quais são?”, perguntam brasileiros curiosos loucos pra acertar sempre. Vamos a eles.   É hora “do” show começar.

O sujeito, dono e senhor da oração, manda e desmanda. Um dos caprichos do mandachuva: nunca vir preposicionado. Por isso, nem em delírio, combine o artigo ou o pronome que acompanha o todo-poderoso com a preposição. É briga certa. Dizer “é hora do show começar”? Valha-nos, Deus. Peça perdão de joelhos. E redima-se: É hora de o show começar. Antes de o galo cantar, tu me negarás três vezes. É hora de o avião chegar. Sobre a possibilidade de ele ganhar as eleições, muito se falará. É tempo de a TV diminuir a violência.  Está na hora de eu entrar. ((Viu? No caso, o sujeito vem sempre, sempre mesmo, seguido de verbo no infinitivo.)     1,35 “milhões”

A concordância com frações causa estragos. É R$ 1,34 milhões pra cá, 1,9 bilhões pra lá. Nada feito. Milhão, bilhão & cia. concordam com o número que vem antes da vírgula:1,36 milhão, 2,14 milhões, 1,4 trilhão. E por aí vai.   Prato “a” la carte

Vou ao restaurante e peço um prato à la carte. Com crase? Pra lá de certo. A expressão é francesa. Pede o grampinho.