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Machado de Assis, Eça de Queirós, Graciliano Ramos e José Saramago (in memoriam), Marina Colassanti, Lígia Fagundes Telles, Milton Hatoun e todos os cultores da boa linguagem cumprem o doloroso dever de comunicar o falecimento do futuro do subjuntivo. Vítima de abandono e maus-tratos, ele deixa a família verbal enlutada. Os jornais esnobam essa forma verbal. A TV provoca um arrepio depois do outro. Os […]
Centenas de motoqueiros que fazem entrega de comida cruzaram os braços por um dia. Querem mais segurança e proteção da legislação trabalhista. Ao escrever sobre o assunto, pintou uma dúvida. Eles são entregadores de aplicativos ou entregadores por aplicativos? São entregadores por aplicativo. A mesma questão vale para motorista. Profissional que trabalha para a Uber e similares é motorista por aplicativo. Tira-teima Na dúvida, basta […]
Tampouco / tão pouco Tampouco = também não, muito menos: Maria não fez a prova e tampouco deu explicações. Tão pouco = muito pouco: O deputado falou tão pouco que surpreendeu. Comeu tão pouco que deixou a mãe preocupada. Peço tão pouco! Onde / em que Onde indica lugar físico: A cidade onde nasci tem 2 milhões de habitantes. A gaveta onde guardou os […]
Eta família maltratada! Ela sofre mais que escravo no tronco. Apanha na grafia e na conjugação. Mas, como nesta vida tudo passa, o martírio do clã pode chegar ao fim. Basta aprender duas regras: Só o s tem vez. As formas em que soa o fonema z escrevem-se com s (pus, pôs, pusemos, puser, pusesse, compuser, depuséssemos). Por quê? Sem aparecer no infinitivo (pôr), a […]
Dúvidas. Dúvidas. Dúvidas. Qual a saída? Só há uma. Lembrar-se de que os tempos verbais têm pai e mãe. O futuro do subjuntivo nasce da 3ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo sem o –am final. Assim: Pôr Pretérito perfeito: eu pus, ele pôs, nós pusemos, eles puser(am) Futuro do subjuntivo: se eu puser, ele puser, nós pusermos, eles puserem Se eu puser […]
Na cidade, existem os ônibus. Eles conduzem 42 passageiros sentados e outros tantos de pé. Na língua, há palavras-ônibus. Elas se parecem com o transporte coletivo. Com montões de significados, os polivalentes servem pra tudo. Coisa, por exemplo, é um minhocão. Assemelha-se a ônibus papa-fila. As cinco letrinhas comportam todo o dicionário. “Comprei uma coisa pra você” pode ser… qualquer coisa. Há verbos que se […]
A reforma cassou acentos diferenciais. Foram-se os das paroxítonas. Pêlo, pélo, pára, pólo, pêra ficaram mais leves. Assim: pelo, para, polo, pera. Exceção? Só duas. Mantém-se o chapéu de pôde, passado do verbo poder (eu pude, ele pôde). E o verbo pôr fica com o circunflexo. A razão? Ele é monossílabo tônico. Escapou da facada.
Há três acentos em português. Um: agudo (café). Outro: grave (vou à cidade). O último: circunflexo (lâmpada). Ao se debruçar sobre eles, a reforma ortográfica foi pra lá de tímida. Só atingiu as paroxítonas. As oxítonas, as proparoxítonas e os monossílabos tônicos não sofreram nenhum arranhão. Continuam como dantes no quartel de Abrantes. O que mudou? 1. O circunflexo do ditongo ôo diz adeus. […]
O verbo pôr tem um sósia. É a preposição por. Mas ele não gosta de confusão. Tem o maior cuidado para o nome dele não cair na boca do povo. Nem no Serviço de Proteção ao Crédito. Por isso usa acento. Com o chapeuzinho, fica diferente. Ele e o pôde (do verbo poder) são as únicas palavras que têm acento diferencial. Compare: Vamos pôr os […]
A locução através de pertence à família do verbo atravessar. Deve, portanto, ser empregada no sentido de passar de um lado a outro, ou passar ao longo de: Vejo o jardim através da janela (meu olhar atravessa a janela e chega ao jardim). O conceito de beleza mudou através dos tempos (ao longo do tempo, o belo foi adquirindo significados diferentes). Evite usar através de […]