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A língua é igualzinha aos falantes. Há pessoas que nasceram pra dar duro. Outras, pra ficar no bem-bom. Entre as palavras, ocorre o mesmo. Algumas mostram serviço. Outras exibem braços cruzados. É o caso dos adjetivos compostos. Nas duplinhas, só o segundo se flexiona: bandeira verde-amarela (bandeiras verde-amarelas), poetisa greco-romana (poetisas greco-romanas), romance luso-brasileiro (romances luso-brasileiros), relação euro-americana (relações euro-americanas), cooperação argentino-brasileira (claborações argentino-brasileiras).
O lobo-guará andava sossegado pelo cerrado. Sem querer, virou celebridade. O Banco Central anunciou que ele figuraria na nota de R$ 200. Notícias fizeram a festa. Numas e noutras, o nome aparece no plural. É aí que pinta a dúvida: lobos-guará ou lobos-guarás? Lobo-guará joga no time dos compostos por dois substantivos. É o caso de vale-transporte, vale-refeição, pombo-correio, salário-família, caneta-tinteiro, papel-moeda. No caso, se […]
“Bolsonaro adora um bate-boca”, disse Alexandre Garcia. Verdade? Fantasia? Seja lá o que for, manda a prudência ter o plural da duplinha na ponta da língua. Bate-boca joga no time de guarda-chuva, porta-retrato, arranha-céu e beija-flor. As palavras são formadas de verbo + substantivo. Nesse time, só o último elemento se flexiona: bate-bocas, guarda-chuvas, porta-retratos, arranha-céus, beija-flores.
A palavra pêsames pertence à família de pesar (causar dor, pena). É irmã de pesaroso. Nasceu da terceira pessoa do singular do presente do indicativo do verbo pesar + o pronome átono me: pesa-me. Mais tarde, perdeu o hífen e ganhou o s. Hoje só se usa no plural como férias, núpcias, condolências, anais, óculos, olheiras.
Denúncias de corrupção pululam Brasil afora. Malfeitos passados e presentes vêm à tona. No lamaçal sem fim, um fato chama a atenção – o envolvimento da primeira-dama no desvio do dinheiro público. O Rio é campeão com duas protagonistas. Amazonas e Piauí com uma. Elas viraram notícia. Vale, pois uma diquinha. O plural de primeira-dama é primeiras-damas.
De onde vem o nome do sanduíche adorado pelos americanos? Vem da Alemanha. Marinheiros de Hamburgo aproveitaram velha receita de povos nômades da Ásia e Europa oriental. Eles comiam carne crua cortada bemmmmmmmmm fininha. Os hamburgueses avançaram um passo — cozinharam a iguaria. Imigrantes que partiam do porto de Hamburgo levaram a delícia para a terra do Tio Sam. Os americanos gostaram da novidade. Mas, […]
Oba! Junho é mês de muitos santos. Santo Antônio, São João e São Pedro recebem homenagens e ganham festas. A mais legal é a de são-joão. Adultos e crianças se vestem de caipira e caem na farra: dançam a quadrilha, pulam a fogueira, participam do casamento na roça, pescam surpresas, comem delícias. Ali, a gula não é pecado. Ninguém precisa resistir à tentação de canjicas, pipocas, […]
Afro joga em três times: 1. Substantivos. Aí, não tem feminino nem masculino. Mas tem singular e plural: a afro, as afros, o afro, os afros. 2. Adjetivos. No caso, é invariável: cultura afro, culturas afro, cabelo afro, cabelos afro. 3. Prefixos. Pede hífen na formação dos adjetivos pátrios ou quando for seguido de h ou o. No mais, é tudo colado: afro-americano, afro-brasileiro, afro-germânico, […]
O plural de primeira-dama joga no time de primeiro-ministro, segunda-feira. As duas palavras ganham s: primeiras-damas, primeiros-ministros, segundas-feiras, terças-feiras.
Mais de 100 cidades dos Estados Unidos viraram praça de guerra. Manifestantes começam as passeatas pacificamente. De repente, alguém rompe a ordem. Começa o quebra-quebra. Vitrines, lixeiras, carros, meios-fios, tudo serve de alvo. A violência, que já dura uma semana, promete prosseguir. Vale, por isso, a diquinha. O plural de quebra-quebra é quebra-quebras. Quebra-quebra pertence à equipe dos substantivos compostos formados de palavras repetidas. É […]