Tag: flexão
Cargos e funções se flexionam em gênero? Sim. Se exercidos por mulher, escrevem-se no feminino. Presidente (ou presidenta), agente administrativa, secretária-executiva servem de exemplo. Atenção ao exagero. Siga a índole da língua. Na concorrência de feminino e masculino, fique com o masculino plural. Filhos engloba filhos e filhas. Brasileiros, brasileiros e brasileiras. Amigos, amigos e amigas. Não caia no modismo irritante de discriminar — sem […]
Há um tropeço que rouba pontos e compromete reputações. Qual? Flexionar azul-marinho. A duplinha é invariável: calça azul-marinho, calças azul-marinho, sapato azul-marinho, sapatos azul-marinho; carro marinho, carros marinho, bicicleta marinho, bicicletas marinho.
Você assiste à novela O sétimo guardião? A trama tem uma liga de sete guardiões. Mas, todas as vezes que eles se referem ao fato, se denominam guardiães. Muitos estranham a flexão. Consideram-na errada. E daí? O dicionário responde: as duas formas estão corretas — guardiães e guardiões. A alternativa é acertar. Ou acertar.
Auxílio-doença, auxílio-maternidade, auxílio-paternidade, auxílio-moradia & cia. se escrevem assim, com hífen. Plural: auxílios-doença, auxílios-maternidade, auxílios-paternidades, auxílios-moradia.
Cuidado com a concordância quando o sujeito vem depois do verbo: Bastam algumas horas (algumas horas bastam), Bastam-me duas horas para concluir o trabalho (duas horas me bastam para concluir o trabalho). Seguido da preposição de, bastar é impessoal. Mantém-se na 3ª pessoa do singular: Basta de brigas. Basta de lamúrias. Basta de promessas.
Ops! Que confusão! Barato é daquelas palavras que têm o capeta no corpo. Ora entra na pele das variáveis. Tem, então, masculino, feminino, singular e plural. Ora embarca na canoa das invariáveis. Aí, mantém-se inflexível. Sem masculino, feminino, singular e plural, deixa tudo igual. Como distinguir alhos de bugalhos? Se for advérbio, barato se mantém inflexível. Na dúvida, há duas dicas. Uma: a oração se […]
Como locuções conjuntivas (terminadas em que), rezam na cartilha das conjunções (que, porque, quando). Invariáveis, não aceitam o plural de formas que, de modos que, etc. e tal.
Obrigado joga no time de agradecido. Ele diz obrigado. Ela, obrigada. Eles, obrigados. Elas, obrigadas. Ele ficou agradecido. Ela, agradecida. Eles, agradecidos. Elas, agradecidas.
Nos adjetivos compostos, preste atenção à classe gramatical das palavras que os compõem: 1. Adjetivo + adjetivo ou palavra invariável + adjetivo – só o segundo varia: olhos castanho-escuros, camisas verde-amarelas, blusas azul-escuras, paredes verde-escuras, esforços sobre-humanos, bravuras sobre-humanas. Exceção: azul-marinho e azul-celeste, que são invariáveis: sapato azul-marinho, sapatos azul-marinho; blusa azul-celeste, blusas azul-celeste. 2. Adjetivo + substantivo ou substantivo + adjetivo – ambos permanecem […]
Os adjetivos compostos que indicam cor são invariáveis. Não têm plural nem singular, masculino ou feminino: pasta cor-de-rosa, pastas cor-de-rosa; livro cor-de-rosa, livros cor-de-rosa. Preguiçosa, a língua às vezes omite o cor-de. Mas ele não morre. Fica escondido. E conta como se existisse: pastas (cor-de) rosa, livros (cor de) cinza, vestidos (cor de) palha, sedas (cor de) lilás, blusas (cor de) telha, capa (cor de) […]