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“O magistrado assumirá o Ministério da Justiça a convite do presidente eleito, Jair Bolsonaro, que prometeu-lhe carta branca”, escrevemos na primeira página. Viu? Esquecemos lição que aprendemos lá atrás. A gangue qu (que, quem, quando, quanto) funciona como ímã. Atrai o pronome átono. Melhor corrigir: O magistrado assumirá o Ministério da Justiça a convite do presidente eleito, Jair Bolsonaro, que lhe prometeu carta branca.
“Além do Ministério da Justiça, ele também está cotado para assumir uma vaga no STF”, escrevemos na pág. 2. Reparou no pleonasmo? Além de indica adição. Também transmite a mesma ideia. Melhor deixar a redundância pra lá: Além do Ministério da Justiça, ele está cotado para assumir uma vaga no STF.
“Com o judiciário amedrontado pelo abuso de autoridade…”, escrevemos na pág. 12. Esquecemos pormenor importante. Legislativo, Executivo e Judiciário são nomes próprios. Escrevem-se com inicial grandona. Melhor: Com o Judiciário amedrontado pelo abuso de autoridade…
“Eles também tem medo”, escrevemos na capa do Diversão&Arte. Ops! Esquecemos o acento. No plural, o chapeuzinho pede passagem (ele tem, eles têm). Melhor: Eles também têm medo.
“Ontem, votou ao lado da mulher Michele, no Rio de Janeiro”, escrevemos na pág. 3. Ops! A vírgula faz estragos. A ausência de vírgula provoca tragédia. Corremos esse risco. Dissemos que Bolsonaro tem mais de uma mulher. Ele só tem uma? O sinalzinho se impõe: Ontem, votou ao lado da mulher, Michele, no Rio de Janeiro.
“A maior dificuldade enfrentada por Haddad para virar a eleição é a sua própria rejeição”, escrevemos na pág. 3. Viu? Desperdiçamos palavras. Sua própria é pleonasmo. Melhor economizar: A maior dificuldade enfrentada por Haddad para virar a eleição é a própria rejeição.
“Ou seja, o setor segue retraído, uma postura de cautela nesse momento de transição entre o atual governo e o que assumirá em 1º de janeiro de 2019”, escrevemos na pág. 14. Viu? Tropeçamos no pronome demonstrativo. Para indicar tempo presente, o este pede passagem: Ou seja, o setor segue retraído, uma postura de cautela neste momento de transição entre o atual governo e o […]
“Os simpáticos ao PT fazem hoje um ato pela democracia no Hotel Nacional, em Brasília”, escrevemos na pág. 5. Viu? A colocação dos termos deu ambiguidade ao período. Parece que o ato é pela democracia no Hotel Nacional. Não é isso. O jeito é apelar para a vírgula ou mudar a ordem do adjunto adverbial: Os simpáticos ao PT fazem hoje um ato pela democracia, […]
“Atos pró-Bolsonaro em todo país”, escrevemos na pág. 4. Ops! Tropeçamos no pronome indefinido. Todo, sem artigo, quer dizer qualquer (todo homem é mortal). Para dar ideia de totalidade, o artigo se impõe (li todo o livro). Melhor: Atos pró-Bolsonaro em todo o país.
“No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do `light sweet crude´ (WTI) teve alta de 44 centavos”, escrevemos na pág. 12. Viu? Desperdiçamos aspas. Palavras estrangeiras dispensam os urubus do texto. Melhor: No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do light sweet crude (WTI) teve alta de 44 centavos.