Escrever e falar são verbos transitivos. Escreve-se para alguém. Quem? O leitor. Fala-se para alguém. Quem? O ouvinte. Uns e outros são pessoas atentas. Ligam-se na notícia e no jeito de apresentá-la. São também críticas. Aplaudem o bom texto e censuram a redação torturada. Nada lhes escapa. Além dos erros de grafia, concordância, regência, pontuação, apontam pleonasmos, repetições e impropriedades vocabulares. Quer ver?
Sugestão
Rômulo Resende leu a coluna de quarta-feira. Deparou-se com esta passagem: “A língua joga no time da mulher de César. A primeira-dama de Roma não só tinha de ser honesta. Tinha de parecer honesta. A língua não só tem de ser correta. Tem de parecer correta”. Não gostou. Como quem fica parado é poste, pôs mãos à obra. Escreveu texto que lhe pareceu melhor e o encaminhou para o jornal. Ei-lo: “A segunda parte de sua citação ficaria mais charmosa assim: `Tem, outrossim, de parecer correta`.” Que tal?