Valha-nos, Deus! Cadê o dinheiro? A inflação comeu. O mês ficou compriiiiiiiiiiiido e o salário, curtinho. Sem juízo, o estômago mantém o hábito. Quer as três refeições. O jeito? É dar um jeito. Um deles: trocar produtos mais caros por outros mais baratos. É o caso da carne. “A vermelhinha está pela hora da morte”, reclamou a freguesa do supermercado. Atento, o vendedor lhe apresentou alternativa: “Compre frango. Está mais barato”. Ela agradeceu a sugestão. Em casa, não deixou a peteca cair. Caprichou no tempero e na apresentação. Ao servir a delícia, perguntou ao marido:
— Você pode destrinchar o frango?
Ele engoliu em seco. Tossiu levemente. Olhou pros filhos sem pressa. Por fim, delicado, fez a correção:
— Não posso destrinchar. Mas posso trinchar.
E pôs mãos à obra. Sem pressa, cortou a carne em pedaços. Arrumou-os na travessa. Depois serviu. Quem ganhou a primeira porção? Ela, claro. A cozinheira nota 10.
A diferença
Trinchar é cortar em pedaços a carne servida na mesa. Destrinchar (ou destrinçar) não tem nada a ver com gulas, fomes e sedes. Quer dizer esmiuçar, particularizar, resolver em detalhes: Depois do debate, o comentarista destrinchou o assunto tim-tim por tim-tim . Quem consegue destrinchar a consequência das históricas manifestações? Técnicos tentam destrinçar as causas que levaram à calamidade da economia.
Troca-troca
Não gosta de frango? Parta pra outra. Que tal uma pizza jeitosa? Seja qual for o sabor, um ingrediente é obrigatório. Trata-se do queijo que derrete no forno e acaricia o paladar. A delícia se chama muçarela — assim mesmo, com ç.