Tira-dúvidas sobre o hífen

      O hífen, vale repetir, é castigo de Deus. Há tantas regras e exceções que ninguém, nem o Senhor, consegue guardá-las na cabeça. A única saída é a consulta. Mas a reforma ortográfica desatualizou todos os dicionários. Só agora, em 18 de março, saiu o Vocabulário ortográfico da língua portuguesa com a nova grafia. Como ele não está disponível em todas as cidades, […]

O hífen na reforma ortográfica

  O hífen é castigo de Deus? É. Se alguém tinha dúvida, a reforma ortográfica se encarregou de acabar com ela. O texto do acordo é tão impreciso que deixou perguntas, perguntas e perguntas no ar. Onde encontrar respostas? No Vocabulário ortográfico da língua portuguesa (Volp). Mas ele estava desatualizado. Finalmente a Academia Brasileira de Letras divulgou a obra. Nota explicativa ajuda a tirar grilos […]

Hífen é castigo de Deus

    A terra tinha uma só língua e um só modo de falar. Ninguém precisava estudar inglês, francês ou árabe. Todos se entendiam. “Que monotonia”, bocejaram os homens. “Vamos agitar?” Pensa daqui, palpita dali, eureca! Decidiram construir uma torre que os levasse ao céu. Lá as coisas deveriam ser mais animadas. Dito e feito.    Deus, ao ver a ousadia, irou-se. O castigo veio […]

De hifens e travessões

  Aviso aos navegantes: travessão não é hífen. Confundir os dois dá uma baita dor e cabeça. A gente pensa uma coisa. Sai outra. Mais ou menos o que se passou com o brasileiro em Portugal. “Vou à Espanha”, resolveu. Alugou um carro e ganhou o mundo. Chegou a uma encruzilhada. Qual a direção certa? O jeito era perguntar. “Companheiro, esta estrada vai para a […]

O hífen faz a diferença

    À-toa? À toa? O hífen faz a diferença. Muda o sentido e a classe gramatical da duplinha. Olho vivo!   À-toa, adjetivo invariável, acompanha o substantivo. Quer dizer fácil, insignificante, desprezível, irrefletido: Há montões de homens e mulheres à-toa na cidade. Causa preocupação criança à-toa solta nas ruas. Não se preocupe. É um trabalho à-toa.   À toa é advérbio. Tem a acepção […]

De reféns e hifens

  Viva! Numa operação marcada pela polêmica, o Exército colombiano libertou Ingrid Betancourt. A ex-senadora ficou seis anos presa na mata amazônica. O fato pegou a imprensa de surpresa. No corre-corre de escrever a notícia, pintou uma curiosidade na redação. Reféns tem acento. Hifens não. Por quê? Trata-se de velha rivalidade entre oxítonas e paroxítonas. O que acontece com umas não acontece com as outras. […]