“Pra frente, moçada”, dizem cartazes que animam os estudantes que vão fazer o Unem. A preposição aparece com duas caras. Uma: pra. A outra: prá. A duplicidade deu nó na cabeça dos candidatos. A palavra usa grampinho ou deixa o cabelo livre e solto?
Na língua descontraída, o para fica preguiçoso que só. Dispensa uma letra. Por isso, o hedonista faz uma súplica: “Não me deem o peso de um acento. Livrar-se de um fardo e ganhar outro? Seria trocar seis por meia dúzia. Nada inteligente”: Pra frente, moçada. Trabalha pra burro. Gasta dinheiro pra chuchu. Acende uma vela pra Deus e uma pro diabo.