A novela O outro lado do paraíso bombou. Foi o julgamento do delegado Vinícius. Acusado de ter abusado sexualmente da enteada, o homem se safava de depoimentos e testemunhas. Até que… se descobriu tudo. O processo trouxe à discussão palavra que desperta arrepios em gregos, romanos e baianos. Trata-se de pedofilia, irmãzinha de pedagogia.
O vocábulo nasceu na Grécia. Quando veio ao mundo, não tinha nada a ver com o significado atual. Ele foi formado de duas partes. Uma: paidós (criança). A outra: philos (amigo). Portanto, pedófilo é quem ama, quem gosta de criança — sem nenhuma conotação sexual. Mas, como não há bem que sempre dure nem mal que nunca se acabe, a greguinha ganhou nova acepção: pessoa que violenta criança.
Conclusão: o uso do cachimbo entorta a boca.
Meia-irmã
Pedagogia pertence à mesma família de pedofilia. Ambas têm um denominador comum. Trata-se de paidós (criança). E um diferente. É agogé (condução). O pedagogo dá a mão ao pequenino e o conduz rumo ao conhecimento.