Ele é cavaleiro. Ela é amazona. Por quê?

Publicado em Deixe um comentárioportuguês

  A língua homenageia guerreiras pra lá de feministas. Armadas de arco e flecha, elas enfrentavam os inimigos montadas em cavalos. Os outros povos as chamavam de amazonas. Sabe por quê? Em grego, mazos quer dizer seio. A significa não. Coladas, as duas partes dão o recado. Amazonas são mulheres sem um seio. Elas arrancavam o peito direito pra segurar melhor o arco. No país […]

Time plural: férias, óculos & cia.

Publicado em Deixe um comentárioportuguês

Oba! As férias chegaram. Xô, escola! Xô, trabalho! Xô, seriedade! Sombra e água fresca pedem passagem. Abram-lhes alas. Com um cuidado — a palavra férias só se usa no plural. Artigo, adjetivos, pronomes e verbos a ela relacionados concordam com a boa-vida: Minhas férias escolares começaram mais cedo porque fui dispensado das provas. Vão longe as férias que passei no Rio. Gosto das férias natalinas. […]

Demais ou de mais?

Publicado em Deixe um comentárioportuguês

O jornal publicou esta passagem: “O presidente Bolsonaro passou por um procedimento dermatológico. Foi realizada uma cauterização de sinais na região próxima à orelha. Os sinais estariam trazendo preocupação, mas, segundo avaliação médica, não seriam “nada demais”. Demais ou de mais? Demais = muito, em excesso: Comi demais. Trabalhou demais antes de viajar. De mais = a mais, opõe-se a “de menos”: Não seriam nada […]

Xô, cacófato

Publicado em Deixe um comentárioportuguês

“A boca dela é esquisita”, comentou alguém a respeito de Greta Thunberg, a pirralha. Soou esquisito. A razão: formou-se baita cacófato. A última sílaba de boca se juntou à palavra seguinte — dela. Ouviu-se, então, cadela. Por falar em cacófato… Eis exemplos de penetras indesejados: Não me preocupei, já que tinha (jaquetinha) terminado o trabalho. Uma mão (mamão) estava na mesa; a outra, no bolso. […]

Viger: conjugação

Publicado em Deixe um comentárioportuguês

“A Lei Anticrime não está vigindo”, disse o repórter. Bobeou. Vigir não existe. A forma é viger. O dissílabo tem um defeitão. É intolerante. Detesta o a e o o. Só se conjuga nas formas em que essas vogais não aprecem depois do g. A 1ª pessoa do singular do presente do indicativo (eu vigo) não tem vez. Nem o presente do subjuntivo. Que eu […]