Põe a camiseta na mala se couber. Põe a camiseta na mala se caber. Qual a forma nota 10? Caber é cheio de irregularidades. Respeitar as manhas de tão instável criatura exige atenção plena. A mais importante é o cuidado com a conjugação. Guarde as formas: presente do indicativo (caibo, cabe, cabemos, cabem), pretérito perfeito (coube, coube, coubemos, couberam), pretérito imperfeito (cabia, cabia, cabíamos, cabiam), […]
Cada aluno só tem um nome. O complemento “dos alunos” dá a ideia de plural. É o caso de: O mestre de cerimônia anunciou a presença do governador e de três senadores. O presidente entregou medalha aos ministros (cada ministro recebeu uma medalha). Prestou homenagem aos presentes.
Reavivar se conjuga como analisar? Sim. Reavivar é filhote de avivar. Pai e filho jogam no time dos verbos regulares da primeira conjugação como cantar, analisar, pintar: eu reavivo, ele reavive, nós reavivamos, eles reavivam. E por aí vai.
“Minha Pátria é minha língua. Pouco se me dá que Portugal seja invadido, desde que não mexam comigo.”
Nádia Dalariva, de BH, escreve: “Sempre ouvimos muitas confusões gramaticais que acabam quase virando regra. Com isso, pomos em risco a qualidade da mensagem, seja ela escrita seja oral. Agora, por exemplo, fiquei na dúvida sobre o emprego das expressões de encontro e ao encontro”. Ops! Uma expressão é o contrário da outra. Trocar as bolas é o passaporte para confusões, adiamento de promoção, perda de amores. […]
Mais tem quatro letras. Mas tem três. Pois a grandona é o contrário de menos. Na dúvida, substitua a palavra por menos. Se a declaração ganhar sentido contrário, não tenha dúvida. Dê passagem ao mais: Comi mais (menos) do que Maria. Paulo é mais (menos) educado que Luís. Acordei mais (menos) disposto. Mas introduz ideia contrária. É conjunção adversativa. Joga no time de porém, todavia, […]
Janeiro se chama janeiro porque homenageia um deus pra lá de poderoso. É Jano. Ele tem duas caras. Uma olha pra trás. Vê o passado. A outra olha pra frente. Enxerga o futuro. Quando termina o ano, com uma cara, o senhor do calendário mira dezembro. Despede-se. E fecha a porta do ano velho. Com a outra, observa o ano que chega. Abre a porta […]
Olho vivo, marinheiro de poucas viagens. Eles são 12. Repetem-se ano após ano. Uns têm 30 dias. Outros, 31. Só um se conforma com 28. De quatro em quatro anos, ganha um de presente. Fica com 29. Apesar das diferenças de tamanho, os meses têm um denominador comum. Escrevem-se com a letra inicial mixuruuuuuuuuuuuuuca: janeiro, fevereiro, março, abril, maio.
Ops! Ao escrever os números, usamos ponto a cada três algarismos – 1.426, 12.122, 3.342.600. Mas, ao indicar o ano, a história muda de enredo. Vem tudo coladinho. Assim: Ele nasceu em 1946. Trabalha em São Paulo desde 2000. Em 2014, o Brasil foi sede da Copa do Mundo. O ano de 20202 promete boas notícias.