Oba! Hoje é a festa do cinema. Atores, atrizes, diretores & cia. disputam a estatueta oferecida pela academia de Hollywood. Ganhá-la é a glória. O Oscar na mão abre portas, multiplica os convites, engorda a conta bancária. Explica-se, assim, a curiosidade pela origem do nome. Em 1931, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood instituiu prêmio para filmes e profissionais da sétima arte. […]
Há quem ambicione receber a estatueta mais de uma vez. Vale, pois, a questão: Oscar tem plural? Tem. É Oscars.
Cinema já foi cinematógrafo. Imagine a cena: — Maria, vamos ao cinematógrafo? Valha-nos, Deus! Não há romantismo que suporte. Melhor apelar para a lei do menor esforço. Ela é tão forte que, ao contrário de muitas leis que não pegam, pegou. A grandona virou cinema, que virou cine. Viva!
Filme baseado em fatos reais? É senhor pleonasmo. Todo fato é real. Basta fato. Se quiser usar o adjetivo, mude o substantivo: filme baseado em história real.
“O homem comum fala, o sábio escuta, o tolo discute.”
A língua é um conjunto de possibilidades. Oferece vários caminhos para chegar ao mesmo lugar. Um deles é a estrutura fechada — este…aquele. A duplinha é charmosíssima. Por duas razões. Uma: evita a repetição de nomes. A outra: dá show de pontuação. Paulo e João estudam na UnB. João cursa direito, Paulo cursa economia. Feia, não? O período ficou pesado. Tem muitas repetições. Paulo aparece […]
Luíza vai publicar um livro de crônicas. Ao revisar os textos, pintou a dúvida sobre o emprego dos demonstrativos. Ela explica: “Gostaria de ver a explicação sobre o uso de este e esse, que provavelmente esclarecerá também o deste e desse. Estou tão insegura que troco seis por meia dúzia. Substituo os termos. Mas quero aprender. Pode ajudar?” A dúvida não é só da Luíza. […]
“Chegam hoje em Anápolis os aviões com brasileiros repatriados da China”, escreveu o site do jornal. Ops! Tropeçou na língua. Bateu sem piedade na regência do verbo. Aviões chegam a algum lugar: Chegam hoje a Anápolis os aviões com brasileiros repatriados da China. O navio chegou a Santos. O presidente chegou a Brasília. A repórter chega ao gabinete do ministro.
O professor de Brasília que tomou um suco de uva e sentiu fortes dores foi para o hospital. Lá, mandou um áudio para o amigos. Falou de mal-estar crescente. Ao transcrever o diálogo, jornais escreveram mal estar. Bobearam. Mal-estar se grafa com hífen. Bem-estar também.
O juiz rejeitou a denúncia contra Glenn Greenwald no caso das interceptações telefônicas de autoridades. Entre elas, do então juiz Sérgio Moro. Mas a decisão não é definitiva. Na sentença, disse que o faz “por ora”. Leitores perguntaram se não seria “por hora”. Não. As duas soam do mesmo jeitinho, mas têm significados diferentes: Por ora = por agora: Gosta de mudar de emprego. Por […]