De 10 Em 10

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Grandes conferências da ONU são revistas a cada 10 anos. Em 1992, o Rio sediou a Rio-92. Dez anos depois, a Rio + 10. Em 2012, a Rio + 20. Prepare-se, pois. Conjugue o verbo sediar como manda a gramática. Ele joga no time de premiar. Um e outro se flexionam do mesmo jeitinho: premio (sedio), premia (sedia), premiamos (sediamos), premiam (sediam); premiei (sediei), premiou […]

Erramos

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“O aposentado Rodrigo Alcântara, que costuma passar pelo balão, fala que o canteiro está sempre bem cuidado”, escrevemos na pág. 30. Viu? Trocamos as bolas. Falar não é dizer. O verbo declarativo é sempre dizer. Na dúvida, faça a substituição. Se couber dizer, dê-lhe a vez. É o caso: O aposentado Rodrigo Alcântara, que costuma passar pelo balão, diz que o canteiro está sempre bem cuidado.

Troca de galho 5

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  Sabia? O substantivo também pode mudar de galho. Recorramos a Machado de Assis: “Não sou um autor defunto, mas um defunto autor”, explicou. Viu? Ele brincou com dois nomes para se definir. Autor é substantivo. Defunto também. Qual é o substantivo? É o que vem na frente. Autor defunto (escritor que morreu), defunto autor (defunto que virou escritor). São os mistérios de Memórias póstumas […]

Troca de galho 4

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Exemplo de outra conjunção que vira casaca? Em “Disse que aderiria à campanha”, a monossílaba (que) desempenha a função para a qual foi criada — introduz oração. Mas, cansada de mesmice, faz amizade com o artigo, o pronome ou o numeral. Entra, então, no time dos substantivos. Na nova classe, ganha acento e plural: Corte os quês da redação. Esse quê me faz perder pontos […]

Troca de galho 3

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  A conjunção porque, que dá nó nos miolos de tanta gente, também pula de galho. Em “A campanha dos eus faz sucesso porque os paulistanos querem a cidade limpa”, a dissílaba é conjunção. Mas, antecedida de artigo, pronome ou numeral, vira substantivo com plural e tudo: A repórter explicou o porquê da campanha. Este porquê é mais fácil que aquele. Cinco porquês me quebram […]

Troca de galho 2

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  São Paulo é uma das cidades mais iluminadas do mundo. Que tal torná-la uma das mais limpas? Nada melhor que campanha pra lá de mobilizadora. O tema: “11 milhões de eus”. A capital paulista tem 11 milhões de habitantes. Cada paulistano é responsável pelo lixo que produz. Se cada eu fizer a sua parte, a soma dos eus tornará a locomotiva do Brasil exemplo […]

Troca de galho 1

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Português é língua pra lá de permissiva. Deixa que as classes gramaticais mudem de time. Basta antecedê-las de artigo, pronome ou numeral. Pobres, em “populações pobres sofrerão mais com o aquecimento global”, é adjetivo. Qualifica o substantivo populações. A mesma criatura vira substantivo em: Os pobres sofrerão mais com o aquecimento global. Estes pobres sofrerão mais com o aquecimento global. Dois pobres sofrerão mais com […]

Sem vida própria

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Como identificar o substantivo abstrato? Ao pensar no assunto, estudantes tremem na base. Chutam. Nem sempre acertam. É que a Lei de Murphy, atenta, entra em cena. O que pode dar errado dá. Como prevenir? Guarde isto: o substantivo abstrato não tem existência própria. Precisa de alguém para existir. Você já viu a alegria saltitando no jardim? Não. É necessário que alguém esteja alegre para […]

Pau-de-arara e pau de arara

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“O Correio Braziliense publicou bela matéria sobre as sessões de tortura a que foi submetida a jovem Dilma Rousseff em Minas Gerais. Chamou-me a atenção a grafia de pau de arara. Ora o trio aparece escrito com hífen. Ora sem. E daí?”, pergunta Cândido Boaventura. Pau de arara joga no time de pé de moleque, mão de obra, tomara que caia, bicho de sete cabeças. […]

Adjetivos e substantivos

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“É preciso acabar com o adjetivo, não o substantivo”, clamam ONGs presentes à Rio + 20. A repórter ouviu. Achou a proposta interessante. Ao apresentá-la aos telespectadores, traduziu-a assim: “É preciso acabar com a pobreza, não com os pobres”. Ops! Cadê o adjetivo? Pobreza é substantivo sim, senhor. Mas, como na língua nada se perde, tudo se aproveita, vale relembrar uma regrinha pra lá de […]