As siglas foram as vedetes de post recente. Como uma coisa puxa outra, leitores se lembraram das abreviaturas. Descobriram, então, pormenor pra lá de importante: falta-lhes clareza sobre o limite entre ambas. Uma das questões levantadas é a grafia. As preguiçosinhas obedecem às mesmas regras? Não. Elas jogam em times diferentes. Cada uma se submete às próprias normas. O que é? “Vamos por partes”, diz o esquartejador. Nós […]
“O impacto financeiro que sobrepor o esperado pela agência deve ser incluído no cálculo do reajuste”, escrevemos na pág. 23. Ops! Tropeçamos no subjuntivo. O infinitivo tomou o lugar do sofisticado tempo que poucos empregam como manda a gramática. Melhor corrigir: O impacto financeiro que sobrepuser o esperado pela agência deve ser incluído no cálculo do reajuste.
“Vejo nas aspas uma pontinha de xenofobia, como se palavra estrangeira precisasse andar com o passaporte aberto.”
Tenho 12 anos. Sempre leio o blogue. Um dia, li na seção “Leitor Pergunta” que, quando usamos o pronome de tratamento você, conjugamos o verbo na 3ª pessoa. Então surgiu a minha dúvida: como vou saber se o sujeito da oração é você, ele ou ela? (Beatriz Motta Amat) Boa pergunta, Beatriz. Muitos têm a mesma dúvida que você. A saída? É simples como andar […]
“Segundo ele, a tendência do DEM e da oposição seguem nesse sentido”, escrevemos na pág. 5. Viu? Tropeçamos na concordância. O sujeito (tendência) está no singular. O verbo, vassalo incorrigível, vai atrás: Segundo ele, a tendência do DEM e da oposição segue nesse sentido.
O -inho é o sufixo mais popular na formação de diminutivo. Mas convive com montões de outros. Eis exemplos: rio (riacho), parte (partícula), corpo (corpúsculo), jornal (jornaleco), folha (folheto), casa (casebre), chuva (chuvisco), senhora (senhorita), engenho (engenhoca), moça (moçoila), caixa (caixote). Ufa!
Na língua como na vida, há criaturas simples e criaturas sofisticadas. Nada mal, não? Se todos fossem iguais, reinaria a monotonia. Valha-nos, Deus! A variedade torna o mundo divertido. A gramática também. Há diminutivos que exigem idas e vindas pra formarem o plural. Veja: balão (balões — balõe – balõezinhos), João (Joões — Joõe — Joõezinhos), mulher (mulheres – mulhere – mulherezinhas), colher (colheres — […]
A língua rivaliza com o coração de mãe. Pra lá de generosa, muitas vezes admite dois diminutivos. Aí, atenção plena se impõe. Vale o exemplo de pesquisa. Pode-se dizer pesquisinha e pesquisazinha. Viu? Uma forma se grafa com s, a outra, com z. Por quê? Em pesquisinha, o sufixo se cola ao s (pesquis-inha). Em pesquisazinha, não. Ele pede ajuda ao z (pesquisa-zinha).
Há jeitos e jeitos de indicar diminutivos. O mais comum é o sufixo -inho. Vira-lata, ele é popular que só. Cola-se a qualquer radical: menino (menininho), gato (gatinho), cadela (cadelinha), sapato (sapatinho), caderno (caderninho), livros (livrinhos). Socorro! Às vezes, o -inho não tem condições de se colar diretamente ao radical. Se teimar, a pronúncia esquisita machuca o ouvido. Vale o exemplo de pé. Peinho? Nem […]
“Desde a criação do disque-racismo, em 20 de março, 29 denúncias já foram feitas, um aumento de 383%. Todas as denúncias já foram encaminhadas e estão sob investigação”, escrevemos na pág. 19. Ops! Quanto gordura! Que tal uma lipoaspiração? Com ela, adeus, obesidade. Assim: Desde a criação do disque-racismo, em 20 de março, 29 denúncias foram feitas (aumento de 383%). Encaminhadas, encontram-se sob investigação.